🇩🇪 | Dezessete

209 19 7
                                    

Friedrich passou a manhã toda nervoso

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Friedrich passou a manhã toda nervoso. Naquele dia ele finalmente saberia se seus esforços nos últimos meses realmente tinham valido a pena, noites sem dormir direito para dar conta e incontáveis horas na frente da tela do computador trabalhando.

Claro, Doritos sempre estava por perto, o que deixava tudo um pouco mais leve, se enrolando nas pernas do seu humano de estimação, quer dizer, de Fred, miando por mais petiscos ou carinho.

A questão era que ele não tinha avisado nada a Valentim, que também estava preocupado, afinal, ele queria viver um marido troféu!

Brincadeiras à parte, Valentim torcia pelo seu falso marido, porque nesse tempo deles juntos, Friedrich tinha se tornado uma pessoa espacial para ele, havia um carinho e amizade mútua entre eles.

Então quando Valentim saiu do trabalho no início da noite daquela segunda-feira, ele ainda não tinha uma resposta para a mensagem que havia enviado de manhã perguntando se tudo tinha dado certo, o que fez ele pensar que tinha dado tudo errado.

Fazendo ele pensar que Friedrich provavelmente deveria estar deprimido, chorando em posição fetal na cama, com uma caixa de lencinhos por perto e precisando de sorvete.

Foi com esse pensamento que Valentim se dirigiu até o supermercado mais próximo, comprando sorvete de chocomenta caso tudo tivesse dado errado e uma garrafa de champanhe caso tudo tivesse dado certo. Ele queria apenas estar prevenido para as duas situações.

Hesitante, Valentim entrou no prédio onde Fred morava, sendo reconhecido pelo porteiro e sendo liberado rapidamente, repensou se realmente deveria estar fazendo aquilo, Deus do céu, Fred naquele momento deveria estar tão triste, afinal, ele não falou nada.

Ou ele estava feliz demais e tinha esquecido de falar a Valentim, já que o mesmo provavelmente não era tão especial assim para ser a primeira pessoa a receber a notícia.

Não, não, não! Valentim não queria pensar aquelas coisas, mas os pensamentos foram inevitáveis enquanto ele estava no elevador. Se ele ganhasse uma promoção no trabalho, Fred seria o primeiro a saber.

Enfim, ele balançou a cabeça na tentativa de afastar os pensamentos, caminhou até a porta e colocou a sacola com o champanhe escondido atrás do vaso de uma planta grande que ficava ao lado da porta, ele admite que estava sendo pessimista em presumir que Fred não tinha conseguido, mas ainda tinha esperança.

Valentim respirou fundo, verificou o horário no celular e tocou a campainha, esperando ouvir passos do outro lado. Ele tentou espiar pela fresta do olho mágico, mas não conseguiu ver muito além de uma leve sombra que se mexia.

Depois de alguns instantes que pareceram uma eternidade, Fred abriu a porta, com o cabelo um pouco bagunçado e uma expressão que Valentim não conseguiu decifrar de imediato. Ele vestia uma camiseta desbotada, o que só reforçou a imagem mental que Valentim tinha feito de Fred desolado em posição fetal na cama.

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