Nove

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Jisung acordou sentindo os dedos de Minho acariciarem levemente sua pele.

Abrindo os olhos devagar Jisung notou que já estava em seu quarto e Minho olhava pela janela enquanto o acariciava.

O garoto abriu um pequeno sorriso e se esticou para deixar um beijo na bochecha de Minho, este que assim que sentiu os lábios quentes de Jisung contra sua pele sorriu virando o rosto para ele e deixando uma rápido beijo em seus lábios.

― Quer conhecer Cérbero? ― Minho perguntou para Jisung que pareceu se animar mais ainda.

― Cérbero, o cão de três cabeças? Tá de sacanagem se ele não for me engolir é claro que eu quero! ― Jisung exclamou animado se levantando e pegando a primeira roupa que viu pela frente e colocou no corpo.

Enquanto isso Minho o observava com um pequeno sorriso no rosto, aproveitou para se levantar e arrumar a cama de Jisung, assim que este terminou de se arrumar abriu um sorriso encarando Minho.

― Vai fazer aquilo de teletransporte? ― Animadamente Jisung perguntou.

Minho sorriu e pegou na mão de Jisung e então estalou os dedos, e em segundos eles estavam num campo em frente ao enorme animal.

 ― Nossa ― Jisung deixou escapar olhando o cachorro ― É um rottweiler? 

― Sim, bonito né? Eu gosto mais de gatos, mas gosto muito desse aqui também ― Minho falou e então assobiou acordando o enorme animal.

Cérbero abriu os olhos e virou os três rosto para Minho e então se levantou abanando o rabo.

 ― Nada de lambida! ― Minho exclamou assim que o animal se inclinou em sua frente ― Este é Jisung, e ele não é comida.

Cérbero se virou para Jisung e o farejou, Jisung ficou imóvel a todo momento, tenso por conta do cachorro que era consideravelmente maior que um elefante.

― Não lambe ele Cérbero ― Minho falou para o cachorro que resmungou e então ficou do tamanho de um rottweiler comum e então encarou Minho.

Minho encarou o cachorro por um tempo até que ele abanou o rabo rapidamente e pulou sobre Minho o enchendo de lambidas, e antes que Jisung pudesse reagir o cachorro já tinha o derrubado no chão e o enchido de lambidas assim como havia feito com Minho.

Quando o cachorro parou ele latiu e então correu para outra direção, Minho ajudou Jisung a se levantar e então Cérbero voltou com uma bolinha na boca.

―  Ele quer brincar? ― Jisung perguntou e Cérbero deixou a bolinha em sua frente e o encarou.

Jisung sorriu e pegou a bolinha laranja e a jogou ao longe, Cérbero correu até ela e a trouxe de volta, mas dessa vez para Minho.

Minho sorriu, e lançou a bola, tão longe que Jisung nem a enxergou.

Cérbero voltou ao seu tamanho de antes e correu, o chão tremeu quando o enorme cachorro de três cabeças correu até a bolinha, e então quando se aproximou Cérbero voltou ao tanto normal de um cachorro e pegou a bolinha.

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― Temos que voltar ao nosso trabalho ― Seungmin falou surgindo ao lado de Minho que estava no sofá de Jisung esperando ele tomar banho.

― Sei disso, já dei um jeito no primo dele, vamos passar por ele hoje, a mãe de Jisung fez um jantar e chamou ele.

― Certo, vou estar por perto, mas acho que você toma conta de tudo.

― Sai com Bang Chan, aliviar o estresse ― Minho propôs para Seungmin que sorriu.

― Certo, aproveite o jantar ― Seungmin sumiu assim que terminou de falar, e Jisung saiu do banheiro já vestido.

Os dois saíram da casa de Jisung, esse que nem sabia que Minho já havia feito algo, nesses últimos dias nem se lembrava que Minho estava ali para levar o karma a toda sua família.

Enquanto andavam, Jisung percebeu que se aproximavam da empresa onde o primo de Jisung trabalhava, Jisung ficou tenso ao o ver do lado de fora com algumas caixas.

Minho ao perceber o nervosismo do garoto pegou em sua mão e abriu um sorriso gentil, Jisung o encarou e relaxou.

O primo de Jisung o viu ao longe, e Jisung podia jurar que viu fumaça saindo de sua cabeça.

― VOCÊ! ― O homem gritou e correu na direção de Jisung.

Minho riu soprado e encarou os pés do homem, que  tropeçou nos cadarços desamarrados e bateu a boca no chão, por consequência Jisung e Minho conseguiram ver alguns dos dentes do homem no chão.

Jisung colocou a mão na boca para não rir e Minho o puxou para que seguissem o caminho, passando pelo primo de Jisung que os olhava com ódio mas não tinha forças para levantar.

Minho preferiu não ser visível quando entram na casa da mãe de Jisung, mas deixou claro ao rapaz que estaria ali.

A mãe de Jisung sorriu ao o ver entrar, sorriu como nunca havia sorrido em toda sua vida, Jisung sentiu uma dor no peito ao ver o sorriso da mulher, pois sabia que não era real, por mais que ele desejasse que fosse.

O jantar inteiro foi em completo silêncio, e Jisung sentia o tempo todo a presença de Minho ao seu lado, tentando acalmar.

Sua perna batia freneticamente no chão, e suas mãos suavam um pouco, na mesa havia um álbum em cor azul, Jisung sabia que era o álbum da família.

― Queria ver o álbum com você novamente, lembrar dos velhos momentos ― A mulher falou para Jisung que concordou.

A mulher abriu o álbum calmamente mostrando algumas das fotos, Jisung estava claramente infeliz em quase todas elas.

― Você era muito melhor nessa época, não era a decepção que é hoje ― A mulher falou irritada encarando o filho.

E dessa vez ao invés de sentir tristeza Jisung sentiu raiva e então gargalhou.

― A senhora só pode estar de sacanagem, tudo que fiz em toda minha vida foi te agradar, mas nunca era o suficiente, eu estou farto de você e dessa família insalubre ― Jisung falou se levantando e jogando o álbum longe ― Todos vocês são estúpidos se acham que vão voltar a me controlar.

― Irmão ― A outra mulher ali presente que estava calada até o momento falou se levantando.

― Não me chame de irmão se você me considera menos do que considera um cachorro ― Jisung respondeu e se afastou mais dos três que o encaravam ― Eu nem sei por quê ainda espero algo bom vindo de vocês.

Jisung falou irritado e pegou a blusa que havia deixado na cadeira, e ao seu lado sentou um calor e então viu que a cortina da janela começava a pegar fogo.

Jisung nada disse, apenas saiu da casa e então ouviu gritos da mãe tentando apagar o fogo que não parava.

Do lado de fora da casa Jisung respirou fundo e então sentiu Minho o abraçar.

Do outro lado da rua, Seungmin e Bang Chan o encaravam.

― Qual será o fim de Jisung? ― Seungmin perguntou para Bang Chan.

Bang Chan encarou um casal que vinha de mãos dadas, o número 34 e 36 em cima da cabeça dos dois.

― Algumas pessoas são destinadas a partirem cedo ― Bang Chan falou e levou os olhos até Seungmin ― e outras a esperar milênios para conseguir namorar quem ama.

― É só você pedir ― Seungmin respondeu com um sorriso e Chan abriu um sorriso.

― Vai sumir igual fez das últimas vezes e nem me deixou terminar a frase? ― Bang Chan perguntou a Seungmin que deu uma risada.

― Só vai saber se pedir.

― Seungmin, Karma dos que já se foram, você me daria a honra de ser seu namorado? ― Bang Chan perguntou e sorriu ao ver que Seungmin não havia desaparecido.

― Eu te dou essa honra ― Seungmin respondeu a Chan e o deu um beijo singelo. 

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Não foi revisada amores.

Karma//Minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora