📝Nota da autora: A Mari é frágil, e o Snape agora esse lado frágil dela... Tão fofinho como ele cuida dela 😍
🎼Há liberdade interior
há liberdade exterior
Tentando conter o dilúvio dentro de uma taça de papel
Há uma batalha pela frente
muitas batalhas estão perdidas
Mas você nunca verá o fim da estrada
Enquanto estiver viajando comigoDon't Dream It's Over - Crowded House
.
.As coisas no castelo andavam tensas. Quase todo mundo estava com medo de Sirius Black e dos dementadores... Maria se sentia tão angustiada, que uma noite, em meio a uma crise de ansiedade, saiu de seu dormitório e foi buscar ar fresco na Torre de Astronomia. Respirou um pouco, se sentou e chorou. Um dementador que estava próximo, do lado de fora do castelo, sentindo sua profunda tristeza e buscando alimento, se aproximou e foi até onde ela estava. É claro que eles não tinham permissão de entrar em qualquer parte do castelo, mas a fome falava bem mais alto, e eles não eram lá criaturas muito obedientes.
Quando ela se virou e deu de cara com a aparência horrível do não-ser, se assustou e meteu-lhe um soco no meio do que se poderia chamar de rosto. O dementador recuou, afastando também outros que se aproximavam mais ao longe.
Maria saiu correndo e se trancou em seu dormitório.
_Por Merlin! Eu sabia que isso poderia acontecer...
Sentiu sua mão arder e doer, e percebeu que havia uma marca de arranhão, sangue e uma gosma preta por cima da pele.
_Ai, que nojo!
Foi até o banheiro e lavou, percebendo que havia uma ferida que começava sangrar cada vez mais.
_Porra! Meu Deus, essas merdas só acontecem comigo!
Pegou um pano e pressionou o local para parar o sangramento, mas nada!
E agora? Ir até madame Ponfrey? Procurar Lupin? Dumbledore? Snape?
Por mais que sua mente mandasse ir pra qualquer lugar menos procurar Snape, seu coração só queria a presença dele naquele momento.
A rede de Flu ainda estaria funcionando se ele não a tivesse trancado... Então ela se dirigiu até a lareira da sala, pegou um punhado de pó de Flu e poucos segundos depois, estava dentro da Sala de Poções. Deu graças a Deus por não estar trancada.
O sangue escorria por seu punho e já havia manchado o pano em que ela enrolara a mão, o roupão e o pijama que usava.Ela se dirigiu até o quarto de Snape, e bateu à porta. Ele acordou assustado. Ao se deparar com a ruiva, se espantou ainda mais.
_Me ajuda...
Ele a acolheu e perguntou, preocupado:
_O que houve?
_Tinha um dementador na Torre de Astronomia, eu estava sem varinha, me assustei e dei um soco nele.
_Meu Deus! Sente-se aqui.
Ele pegou alguns ingredientes e começou a estancar o sangue e cuidar da ferida.
_Eu nunca vi isso na minha vida... Uma ferida causada por um dementador... acho que ninguém nem poderia pensar que isso fosse possível.
_Acha que é grave?
_Não sei, mas... Acho que vamos dar um jeito. Já parou de sangrar e parece que vai cicatrizar. Vou fazer um curativo.
Terminando o curativo, ele lhe trouxe uma poção revigorante.
_Vamos relatar a Dumbledore e depois você vai para a ala hospitalar.
_Não... Eu não quero. Estou... estou com medo. Não quero sair daqui. Não quero ficar sozinha.
_Mas você precisa ir a ala hospitalar!
_Eu só preciso... - ela ficou triste de repente... Mais triste ainda. Não conseguiu terminar a frase. Sentia que ele a estava rejeitando, e não queria ser inconveniente.
_Está bem... Fique calma. Venha.
Ele lhe estendeu a mão e lhe levou até seu quarto.
_Deite-se, você não está sozinha.
Ela se deitou, e ele continuou:
_Me deixe limpar sua roupa.
E com um aceno de mão, seu pijama e seu roupão estavam livres do sangue.
Ele a cobriu com o edredom.
_Está quente e confortável agora. Durma. Vou ficar aqui do seu lado, na poltrona. Já está quase amanhecendo, vou ficar observando você.
_Não quero te atrapalhar...
_Não está atrapalhando. Apenas tente dormir.
_Eu não consigo. Parece que meu coração está... frio. Eu não gosto de me sentir assim, estou com medo! Isso é horrível!
_Quer conversar? - perguntou ele, com ternura na voz.
Ele entendeu o silêncio como um sim.
_O quão louca uma pessoa tem que ser para dar um soco em um dementador? - disse ele, quase sorrindo.
Ela respondeu apenas com um meio sorriso, e ele continuou:
_Acho que vou te trazer um chá com uma poção calmante. Não saia daí...
Quando ele voltou, Maria estava tremendo e com os lábios roxos.
_Meu Deus, você está congelando!
E ela estava mesmo. Literalmente!_Venha, vai ter que se sentar de frente a lareira. Eu vou ter que chamar Dumbledore! - continuou ele.
O diretor e a Prof. Minerva chegaram, preocupados.
_Nunca vi alguém nesse estado por causa de um dementador, administrar nela mais uma poção pode ser até perigoso. Não sabemos se dementadores possuem veneno. Mas o fato é que ela está congelando. Não podemos ficar sem fazer nada!
Maria apenas tremia em frente a lareira com uma sensação horrível de não se sentir amada, sensação essa que o efeito do dementador lhe causava.
_Severo, Dementadores não tem veneno.
_Não sabemos, Alvo. - completou Minerva.
_A magia deles força a pessoa a reviver seus piores momentos. - voltando-se para Maria, o diretor continuou: Querida, sinto que o que está te deixando nesse estado não é o arranhão do dementador, e nem nenhuma substância química, e sim suas próprias emoções.
_Acha que o efeito do dementador está acontecendo de dentro pra fora? - interrompeu Snape.
_Acho... Na verdade tenho quase certeza disso.
Maria se sentia tão péssima quanto seria possível alguém se sentir. Não dizia nada, parecia estar paralisada.
_Converse com ela, Alvo. - disse Minerva. - Tenho certeza que ela ouvirá você, falará com você...
_Bem, eu poderia tentar. Mas algo me diz que você terá mais jeito para isso, Severo.
_Eu? Por que eu? Acha que faço o tipo que dá ótimos conselhos e é um bom ouvinte? Pelo amor de Merlin, fale com ela você! E rápido, você não está vendo que ela está literalmente congelando?
_Ela procurou você, não a mim. Acho que ela confia em você... - disse piscando o olho.
_O quê...
Snape tentou recusar, mas foi interrompido.
_Minerva, vamos deixar que conversem...
E saíram.
_Eu estou congelada, não surda, ou invisível... ou morta...
Ele foi até ela, e disse:
_Ham, o diretor...
_...tem razão.
Ela direcionou o olhar a ele e continuou a falar, com o corpo curvado em direção a lareira, os lábios roxos e a pele muito alva. As várias cobertas que Snape colocara em volta dela não parecia fazer efeito.
Ele se sentou a sua frente, como se sentisse que precisasse fazer isso.
_Eu procurei você porque confio em você.
_Acho que está confiando na pessoa errada. - ele fez uma pausa, e continuou: Mas... Queria poder te ajudar.
_Não se preocupe... já está ajudando.
_Não o suficiente, você ainda está congelando.
Ele fez um longo silêncio, e meio sem jeito, continuo:
_Me diga... Do que você lembrou? Qual a lembrança ruim que você está tendo agora?
_Eu estou parecendo uma múmia fantasma, não estou? - ela desconversou, rindo.
_Não está.
_Sério?
_Não. Está sim...
Ela riu. Ele também.
_Não faz diferença. - disse ele.
_O quê?
_Você seria uma múmia fantasma aceitável.
_Aceitável? Está querendo dizer que eu seria uma múmia fantasma bonita?
_Não disse isso, não seja convencida.
Ela riu em meio aos tremores.
_Você é engraçado...
Snape arqueou uma sobrancelha. Se tem uma coisa que ele não era, é engraçado.
_Eu não estava sem varinha. - confessou ela. - Não consigo conjurar um patrono há alguns anos. Por mais que eu tenha tentado negar isso durante todo esse tempo... ou fingir que não importava... na verdade importa... não me sinto amada pela única pessoa no mundo que deveria me amar.
Ele ficou pensativo por um tempo, imaginando de quem pudesse se tratar. Seria... Não... Lupin?
_O amor é complicado... -disse ele, finalmente.
_Você acha?
_Certamente.
_Já amou alguém? - perguntou ela.
_Vai ficar fazendo perguntas, senhorita? Achei que falaríamos do seu problema.
_Vai me ajudar a melhorar...
_Não me venha com essa.
_Você já respondeu. Se a resposta fosse não, já teria dito.
_Não...
_Não acredito.
_Pois deveria... E continue falando sobre você.
Ela respirou fundo, bebeu um pouco de chá, levou as costas até o encosto da poltrona e ajeitou as pernas em cima da mesma, e disse:
_Sabe, eu amo minha família... Mas as vezes... Eu penso que não sei o que é amor de verdade.
Ele não sabia o que dizer, e ela continuou:
_E se eu não souber amar? E se eu nunca amei ninguém de fato?
_Você não amava a pessoa que devia ter te amado? - perguntou ele, com receio de saber a resposta.
Ela respirou fundo novamente.
_Eu achava que sim, mas ela me disse que não me amava... Aí eu entendi que também não poderia amá-la... Porque amor é sempre correspondido.
_Bela filosofia...
_Não é filosofia, é um fato.
_Desculpe... mas, "ela"... quem? - ele se surpreendeu.
_Não vai me dizer que é preconceituoso... - brincou a ruiva.
_Claro que não. - disse ele, rápido, mas num tom meio desesperançoso.
Maria riu.
_Não estou falando de amor romântico... E se te interessa, eu gosto de homens.
_Não me interessa. - apressou-se.
_Está muito vermelho, professor. - disse ela, rindo.
_Continue...
_Estou falando da minha mãe.
_Como? Esteve com ela?
_Sim...
_Mas ela não estava...
_Sim, desaparecida. Deveria ter continuado assim.
_Quer falar sobre ela?
_É complicado... Tem certas coisas sobre mim que nem eu entendo, nem eu acredito, então não posso dizer. E infelizmente ela está muito envolvida em questões muito delicadas da minha vida.
_Entendo...
Uma pausa se fez.
_Por que acha que sua mãe não te amava? - ele perguntou finalmente.
_Por que ela disse. Mas não é isso que me dói. O que me dói é pensar que eu me enganei, pensei que ela era alguém que não é. Me dói o fato de eu não ter contado pro meu pai que a vi. E me dói pensar... que posso ser como ela.
Ele se levantou, percebendo que ela começara a chorar, e foi em direção a um armário próximo.
_Sabe... Slughorn me falou sobre você, pouco antes de se aposentar. Ele disse "Sorte sua que a filha de Sérgio Volturi se forma esse ano, pois ela é um pesadelo!"
_Ele deveria me odiar...- falou ela, rindo. - Apesar de que ele sempre foi muito bom comigo.
Ele se aproximou com um lenço e entregou-a.
_Ele não te odiava, e só de não ter te expulsado, já é prova suficiente disso... Ele só achava que você era a aluna mais indisciplinada que ele já teve... Ele me contou algumas coisas sobre você. Como por exemplo as dezenas de vezes que você ameaçou matar alguém pra defender seus amigos. Isso fora as vezes que eu mesmo vi isso acontecer, não é? E também tem o fato de que você ameaçou Lúcio Malfoy de morte se chegasse perto do seu pai novamente... é... essas e outras.
_Seu amigo foi fazer fofoca...
_Ele não é meu amigo. - disse, se referindo a Lúcio.
Ela assumiu uma postura mais descontraída na poltrona, e ele pôde perceber que estava mais corada.
_Isso não é amor? Estar disposta a correr riscos, até mesmo ameaçar pessoas de morte, por causa dos seus amigos e sua família? Acho que é um amor estranho, mas ainda assim, amor.
_É, talvez... Você pode ter razão. Tá vendo como entende de amor?
_Não entendo e nem quero.
_Sei...
_Não é culpa sua. Não tem nada de errado com você. Mas... chore, se quiser. Talvez faça bem...
_Meu nariz fica vermelho quando eu choro... Fica parecendo um nariz de palhaço. Eu fico muito feia. - deu uma desculpa. Ela não queria chorar mais... Não queria parecer frágil na frente dele.
_Seria impossível você ficar feia, se serve de consolo.
Ela sorriu.
_Não fique se achando, Skywalker. E não é pra sorrir, é pra chorar, lembra?
_Você me dá um abraço?
_Não!
_Sem um abraço não fica dramático o suficiente.
_Nem pense nisso.
_Você é um chato.- disse ela, se desvencilhando de algumas cobertas. Sentiu uma vontade enorme de beijá-lo, ele estava tão sexy naquela noite, mais do que o comum, sem suas habituais roupas pesadas, apenas com um pijama preto e um roupão.
_Você não está sentindo mais frio?
_Não tanto quanto antes, pra falar a verdade.
_Está mais corada.
Ele colocou os dedos em seu rosto, checando sua temperatura, e pode perceber que não estava mais gélida.
_Acho que está melhorando. Beba mais chá.
_Uma dose de whisky seria melhor.
_Vai ter que se contentar com o chá, não sabemos se os efeitos do álcool podem prejudicar sua saúde agora.
_Tudo bem, você fica me devendo. - disse ela com um sorriso maroto.
Conversaram mais um pouco até que ele percebeu que ela estava melhor, tirou as ataduras da mão da ruiva para trocar os curativos e viu que a cicatrização já estava muito boa.
_Precisa passar um tempo de observação na ala hospitalar.
_Eu estou bem.
_Não seja teimosa, isso não é negociável.
_Está bem... Você pode pedir a Dumbledore que não conte pro meu pai que estou doente? Não quero preocupá-lo.
_Claro...
_Obrigada... Por tudo.
Ele respondeu o agradecimento com um olhar. E depois disse:
_Conte a ele...
_O quê?
_Sobre sua mãe... acho que ele merece saber. Talvez isso seja a permissão que ele precisa pra seguir em frente.
Ela ficou pensativa. Ele tinha razão. Seu pai precisava saber.
_Se quiser, - continuou ele - pode ficar aqui até de manhã. Faltam poucas horas pro amanhecer.
_Acho que Dumbledore tinha razão. - disse ela, como se tivesse concluído algo naquele momento. - São os sentimentos. Os sentimentos é que fazem com que eles me afetem tanto. Eu não costumo sentir medo...
_Tudo bem sentir medo... Coragem é coisa de grifinórios mesmo... - disse ele, brincando.
Ela sorriu, se levantou e foi até ele. Por um momento foi tomada por um forte impulso de coragem, de desejo, de euforia...
_Vou voltar pro meu quarto. Amanhã vou até a Ala Hospitalar.
_Tem certeza?
_Sim.
_Eu te acompanho... Não seria melhor ir direto para a Ala Hospitalar hospitalar?
_Não! Não preciso da Ala Hospitalar agora... E estou bem, não precisa me acompanhar.
Ela apanhou o pó de Flu, entrou na lareira, e poucos segundos depois estava novamente na sala dos seus aposentos, na Torre de Astronomia. Tomada por um impulso, buscou sua varinha em seu quarto e desceu as escadas, indo até o lado externo do castelo. Andou sem rumo até chegar na floresta proibida, havia largado seu roupão pelo caminho e sentia o ar gelado contra seu corpo.
Se sentia livre e viva como não se sentia desde que chegara ao castelo. Queria gritar, queria gritar muito alto! Mas apenas murmurou:
_Vem cá seus filhos da puta, vem aqui...
Ela sentiu o ar cada vez mais gelado e uma horda de dementadores se aproximou. Havia pelo menos 50 deles.
Ela não teve mais medo. Apenas certeza.
Posicionou sua varinha, fechou os olhos, e o que veio não foram necessariamente pensamentos, ou lembranças, mas sentimentos... Sentiu todo o amor que recebera de sua família, não era justo se importar com sua mãe... eles sim a amavam! Sentiu o calor da lareira nos dias de inverno, onde ela, seu pai e seu irmão conversavam animados, tomando chá ou vinho. A brisa leve das tardes de pôr do sol na varanda onde se sentava com seu pai e seus tios para cantar e tocar violão. Pôde ouvir o riso alto de seu avô toda vez que ele descobria uma coisa científica nova e surpreendente... Sentiu o abraço de sua falecida avozinha... A companhia dos seus amigos, as conversas... E quando veio e sensação dos lábios daquele homem nos seus, suas mãos, seu abraço, seu corpo... Parecia que seu coração iria explodir... De sua varinha saiu uma luz ofuscante envolvendo uma raposa prateada que varreu os dementadores do caminho.
Ela sorriu, e sentiu seu poder voltar para si com todo vigor.
Snape foi atrás dela pois ficou preocupado, usou a rede de Flu para chegar até a Torre de Astronomia mas antes de procurar por ela, viu um jorro de luz prateada vindo da Floresta Proibida. Imaginando o que era, voltou pela lareira até sua sala, e de lá rumou para a floresta.
Correu o quanto pôde em direção a floresta, e encontrou o roupão da bruxa jogado pelo caminho. Temendo pelo que pudesse ter acontecido e se culpando por não ter ido atrás dela no momento em que saiu de seus aposentos, ele corria cada vez mais. Alguns metros a frente ele a viu.
_Maria!
Se aproximou, eufórico.
_Você ficou maluca?
_Eu consegui! Eu conjurei um patrono! - falou ela, com um olhar ofuscante de vitória e orgulho.
_O quê? Isso é... incrível, mas... Por que você entrou na Floresta Proibida sozinha a essa hora?
_Eu precisava confrontar meus medos.
_E não podia fazer isso sem arriscar sua vida? Meu Deus, está frio!
Ele lhe entregou o roupão que encontrara no caminho, para que ela vestisse, depois tirou o próprio roupão e colocou por cima das costas dela.
_Tome, vista... Vamos voltar pro castelo.
Mas ela fez o improvável, o puxou pelas golas da camisa e lhe deu um beijo.
Mesmo no frio congelante da quase alvorada, o beijo foi quente e irresistível. Ele a abraçou forte e correspondeu o beijo apaixonadamente. Quando pararam pra respirar, ele disse:
_Ah meu Deus, o que te deu?
_Vamos entrar? - disse ela, animada.
E passou em sua frente, o puxando pela mão. Chegaram na masmorra, em seus aposentos, e ele foi para perto da lareira, tremendo e pegando um casaco para vestir.
_Coloque o roupão, você vai morrer de frio! - resmungou ele.
_Pare de mandar em mim porque você não é meu pai. E não estou com frio.
Ela se aproximou novamente dele...
_Pelo contrário, eu sinto um calor intenso agora...
_Não faça isso...
_Diga que não quer, e eu não faço.
_Não posso dizer que não quero. Mas também não posso...
_Shhhh
E mais um beijo aconteceu. Dessa vez ele se entregou sem pensar em mais nada... Passava as mãos pelo corpo da ruiva sentindo a carne macia e suculenta coberta apenas pelo fino tecido do pijama. Sua boca passeava pelo rosto, pescoço e orelha de Maria, que gemia baixo e deixava o homem atordoado de desejo. O frio pareceu desaparecer por completo. Ele sentia os seios da ruiva por cima da blusa sem sutiã, enrijecidos de prazer... lhe deu uma enorme vontade de arrancar aquele pijama e levá-la para sua cama... Apertou seu corpo contra o dela permitindo que ela sentisse seu membro rígido roçar-lhe por cima das roupas. Os beijos foram se intensificando cada vez mais.
_Não... Por favor, não. - disse ele, se afastando.
_O que foi?
_Eu não posso!
_Por que? Por que você pode?
_Você não entenderia... Além do mais você e Lupin... Eu sei que estão...
_Que estamos o que? Sendo amigos?
_Acho que são mais que amigos...
_Achou errado. Agora não sei se eu estou errada também.
_Do que está falando?
_Da Morgan.
_Não temos nada.
_Por que você me ignora, então? Desde que cheguei aqui esse ano... e desde o ano passado você está estranho comigo.
_Não posso me envolver com você!
_Por que não, Severo? Por que não? - disse ela, brandamente.
_Por favor, volte pro seu quarto, deite-se e não faça mais besteiras por hoje.
_Só se você me der um beijo de boa noite...
_Não chegue perto de mim, menina, por favor.
_Não sou uma menina, sou uma mulher... E você é um homem. Somos adultos. Estamos sozinhos...
_Ah, é... tudo certo pra dar errado... Me dê uma trégua... Não me provoque, por favor.
Ele estava atordoado de desejo, tudo que queria naquele momento era se ver livre dela, mas seu membro estava pulsando e dizendo o contrário.
_Está bem... estou indo... Sonha comigo. - disse sensualmente enquanto ele se virava tentando esconder a ereção.
Ao chegar em seus aposentos, ela foi tomar um banho quente, mergulhou debaixo das cobertas se sentindo feliz como nunca, e acordou já era quase meio dia.
Já Snape não teve a mesma sorte. Não conseguia parar de pensar em todas as sensações que havia tido. Por mais que já tivesse beijado e até transado com outras mulheres, aquilo foi diferente. Agora ele realmente sentia vontade... Como nunca! Era um desejo irremediável, uma urgência em tê-la perto de si. Geralmente ele conseguia controlar e disciplinar suas emoções com muito sucesso, mas dessa vez... dessa vez não.
Ele não conseguiu dormir sem antes aliviar aquela tensão sexual com as próprias mãos.
"Estou parecendo um adolescente! Nem sei quando foi a última vez que fiz isso..." - pensou.
Deitou-se, mas não conseguiu dormir mais. P
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Um amor de outro mundo
Fanfiction1- Essa fanfic já foi várias vezes reescrita, portanto qualquer semelhança com alguma outra que você tenha lido, não é coincidência. 2- Apesar de haver menções sobre as jóias do infinito e Thanos, ou outros assuntos relacionados aos Vingadores, essa...