Montando guarda

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🎼Eu devo ficar?
Seria um pecado?
Se eu não consigo evitar
Me apaixonar por você?

Can't help falling in love - Elvis Presley

Com os ataques cada vez mais iminentes, Dumbledore e os professores estavam revezando para fazer a vigília noturna do castelo aos pares, e trocavam de turno com os próximos colegas de 2 em 2 horas, para que pudessem dormir também.
_Eu sinceramente acho isso uma grande loucura... A senhora não? - Maria perguntava à Minerva durante a vigília que fizera par com ela- Ninguém faz a MENOR ideia do que está causando esses ataques. E acredito que não temos tantas chances a mais do que quem já foi petrificado. Não devia ter ninguém nos corredores, isso sim.
_Você realmente pensa como um Sonserina... - disse ela com gentileza e até um pouco de encantamento na voz.
_E isso é ruim? - perguntou Maria, retribuindo o sorriso e a gentileza.
_Pelo contrário, eu acho até que é bem coerente... Mas se não conseguirmos achar o culpado... Vamos ter que fechar a escola.
_O que me deixa insegura é não saber exatamente como essas petrificações acontecem. Não sabemos sequer o que estamos procurando ou do que nos proteger. Ou quem estamos esperando que nos ataque...
_Infelizmente... São tempos tensos e difíceis. - completou Minerva.

Na segunda noite de vigília, Maria ficaria com Lockhart, o que ela detestou visivelmente.
O turno deles começaria as 3 da amanhã e iria até às 5.
Ele chegou atrasado, bocejando e ajeitando os cabelos trajando uma roupa verde esmeralda.
_Você está atrasado 1 hora seu irresponsável!
_Eu estava me arrumando...
_Você é inacreditável! Se bem que eu nem reclamo... Era melhor sem você.
_Como assim querida? Quem iria te proteger do monstro?
_É mais provável o monstro me proteger de você do que você me proteger dele.
Ele ficou um tempo tentando entender o que ela quis dizer, enquanto a ruiva completava:
_E é melhor você ficar calado! Não me aborreça com nada! Entendeu?
_Que mal-humor, docinho...
_Docinho é o caralho!
_Não fique nervosa, meu bem...
Mas o olhar mortal que ela lhe lançou o convenceu de ficar quieto.
Quando eles dobraram o corredor se depararam com Snape e Sprount. Lockhart soltou um gritinho fino e se escondeu atrás de Maria.
_O herói de Hogwarts... - disse Snape, em tom debochado.
_A-ha! Peguei vocês... eu estava testando um truque para poder atacar de surpresa.
_Não tem nem sentido o que você está falando. E sai de perto de mim! - disse Maria.
_Está tudo bem? Algum sinal de alguma coisa? - perguntou Snape.
_Não, nada, e vocês? Respondeu ela.
_Nada também... Lockhart, amanhã será nosso turno... Se Skywalker não te matar, nos vemos as 5... E não se atrase!
_Eu nunca me atraso, Severo...
Maria balançou a cabeça imaginando se realmente o bruxo não seria doido.

No dia seguinte ela ficou com a professora Trelawney, e no próximo dia, foi a vez de Snape.
Ele vinha evitando falar com ela ou mesmo estar na sua presença desde que se beijaram. Apenas a tratava de forma gentil como se não tivesse acontecido nada... Ela também não tocou mais no assunto. Não sabia se seria uma boa se relacionar com alguém como ele... Ele claramente a estava evitando daquela forma porque já sofreu muito por amor... E talvez ainda sofresse.
O turno deles seria as 11, e Maria o estava esperando pontualmente na porta da sala de Poções.
_Boa noite. - cumprimentou ele.
_Boa noite...
Os dois começaram a caminhar, e Snape estava um pouco apressado.
_Podemos ir mais devagar, não vamos correr uma maratona nos corredores.
_É... Tem razão. Essa situação está me deixando um pouco... ansioso. Coisa que não costuma acontecer.
_Pois é... Acho que a tensão é inevitável.
Ela não sabia o que conversar com ele... Aquela sensação era estranha. Geralmente não tinha que passar por isso com os homens. Não sabia se seria prudente tocar no assunto. Foi só um beijo, afinal.
Ele percebia um silêncio constrangedor e torturante. Ela geralmente falava bastante, sobre muitas coisas. Queria que ela desatasse a falar sobre qualquer assunto só pra quebrar aquele silêncio que parecia obrigá-lo a falar sobre o beijo.
Mas ela não falou nada...
_Tem alguma ideia...? Do que pode ser o monstro? - falou ele, já não aguentando mais o silêncio total.
_Não... E acho que não saber o que é, é muito pior do que a existência do monstro em si.
_Compartilho da mesma opinião...
Mas mesmo tendo quebrando o gelo, o silêncio voltou a pairar no ar.
Ele se perguntava por que ela estava tão quieta... Será que se arrependeu? De certo se arrependeu! Era melhor nunca mais mencionar nada sobre isso. Que mulher iria querer beijá-lo? Bom, era verdade que algumas quiseram, e ele se permitiu. Mas não eram mulheres como ela, ela era especial.
O turno acabou e ele sugeriu que ela usasse a rede de Flu para voltar em segurança para seus aposentos.
Se despediram com um boa noite formal, e ela seguiu para seu quarto.
Uns dias depois, foi a vez de fazer turno novamente com Lockhart, que novamente se atrasou e ela teve que andar sozinha, mas agradecida por ele não estar presente.
De repente ouviu um barulho, como se fosse um rastejo forte e rápido. Hesitou um pouco mas foi se aproximando devagar. Ao dobrar o corredor, se deparou com uma criatura enorme e ofídica, com enormes olhos amarelos. A criatura a encarou nos olhos, não parecia ter intenção de atacá-la mas estava se aproximando. Em poucos segundos, ela retomou o fôlego e deu um grito alto.
Os professores chegaram atônitos, e Snape se precipitou para perguntar se ela estava bem.
_E-eu estou bem... - falou gaguejando - Eu vi o monstro...
_Ele te fez alguma coisa? -perguntou ele.
_Não... Ele só me olhou e foi embora. Era uma cobra enorme, de uns 10 metros... e tinha olhos amarelos...
_Uma cobra passando pelos corredores de Hogwarts? E desse tamanho? - ponderou Flitwick.
_Eu tenho certeza do que eu vi!
_Faz sentido ser uma cobra... - completou Minerva - mas, minha querida, devo concordar que uma cobra de 10 metros... Alguém a teria visto!
_E viram professora! Eu vi... Madame Nor-rra viu, e as pessoas que foram petrificadas viram também!
Dumbledore, que só ouvia atentamente sem falar nada até então, concluiu:
_Um basilisco...
_Eu também pensei de início, - disse Snape - mas basiliscos não petrificam com o olhar... Eles matam!
_Talvez não necessariamente, se houver algo para fazer com que não tenham olhado diretamente para os olhos dele... - ponderou o diretor.
_Mas com ela não aconteceu nada. - Falou Sprount.
_Ah, é porque... Eu, hã... Só vi de relance, muito rápido. Acredito que tenha que encará-lo, não é?
Dumbledore desconversou, pois sabia exatamente por que ela era imune ao basilisco.
_Isso explica os galos mortos... Bom, acho que vamos ter que tomar medidas muito mais sérias do que ficar vasculhando corredores. E agora que já sabemos o que é, vamos ter que traçar planos para de fato encontrar a Câmara Secreta e derrotar o monstro. Vocês todos, voltem para seus aposentos e descansem, amanhã faremos uma reunião.
Após todos saírem, Snape se dirigiu até Maria:
_Você está bem mesmo?
_Sim...
_Vá pela lareira da minha sala... É mais seguro.
_Obrigada...
Mas não chegaram até a sala de Snape, no caminho, se depararam com uma frase terrível escrita com sangue, na parede de pedra:
"O esqueleto dela jazerá na Câmara para sempre..."
Todos entraram em Pânico, se organizaram para se certificarem que todos os alunos estavam em segurança em seus dormitórios, para depois se reunirem para encontrar a Câmara Secreta e o monstro, o que não deu tempo pois o trio de ouro foi mais rápido.

Após todo o fatídico ocorrido, e Harry Potter matar o monstro, ouve um alívio muito grande... mas levou um tempo até todos estarem acostumados com a segurança novamente.

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