Capítulo 1

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Narradora Lilyan

O DESPERTADOR TOCOU ÀS 5:50, E EU AINDA ESTAVA GRUDADA NA CAMA, RELUTANDO EM SAIR DO CALOR DO COBERTOR. Acordar cedo para ir à escola era um pesadelo, e o que mais me irritava era o fato de ter que arrastar meu irmão mais velho da cama.
Levantei-me e fui até o quarto de Arthur.
Ao abrir a porta, encontrei-o caído no chão, dormindo como uma pedra. Que preguiçoso!

— ARTHUR! ACORDE! — Gritei, jogando uma almofada em seu rosto.

— Ah, não, Lily... só mais cinco minutinhos — Ele implorou, suspirando pesadamente.

— Não, se arruma logo — Falei, saindo do quarto e ouvindo Arthur murmurar alguns xingamentos enquanto se levantava.

Fui tomar um banho rápido e me vestir com o uniforme escolar. Logo, desci as escadas e encontrei meu irmão mais velho sentado à mesa com uma expressão fechada, tomando café.

— A princesa se arrumou! Que bom — Comentei, com um sorriso sarcástico.

— Vai se foder, Lilyan — Ele respondeu, retribuindo com um leve sorriso.

— Então, hoje a gente vai para a escola a pé ou de bike? — Perguntei a Arthur, tentando puxar assunto.

— Acho que a pé. Hoje está um dia bonito — Ele disse, olhando pela janela. — Não parece estar tão frio, e a escola fica pertinho. — Continuou, enquanto terminava seu café.

Assenti e fui buscar nossas mochilas no andar de cima. Quando desci, Arthur já estava na porta me aguardando.

— Voltei — Disse, pulando o último degrau da escada e quase caindo. Arthur soltou uma boa gargalhada e pegou sua mochila.

— Não tem graça! Vai que eu realmente caísse, batesse a cabeça na quina da mesa e morresse? — Falei, dramatizando a situação.

— Ocorre, né? Fazer o quê? — Ele respondeu, rindo enquanto caminhava para fora. Eu o segui, rindo também, e fui um pouco à frente enquanto esperava ele fechar a porta.

Arthur e eu somos muito próximos. Quase não brigamos, especialmente depois da morte dos nossos pais, quando tivemos que cuidar um do outro. Ele trabalha em uma cafeteria para nos sustentar, e é um irmão incrível.

— Não vai trancar? — Perguntei, olhando para a casa.

— Não, nada de mais vai acontecer — Ele disse, bagunçando meu cabelo. Resmunguei, olhando para ele e vendo um vislumbre de sorriso.

Depois de um tempo caminhando, finalmente chegamos aos portões da escola

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Depois de um tempo caminhando, finalmente chegamos aos portões da escola. Nos despedimos, já que estávamos em salas diferentes, e entrei na escola, encontrando minha melhor amiga, Harley, na entrada.

— Oiii, amiga!!! — Harley gritou, correndo em minha direção.

— Bom dia, Ley! — A abracei, e ela riu calorosamente.

Após a primeira aula de química, que foi horrível e entediante, decidimos matar a segunda aula, que também não era das melhores. Surpreendentemente, conseguimos passar o tempo sem sermos pegas e voltamos para a terceira aula, que era de matemática.

Adorava matemática, mas quando o professor é um tagarela que não sabe explicar, fica difícil.

— Tem certeza que não quer se fingir de doente para matar essa aula também? — Perguntou Harley fazendo careta.

— Tenho, estou precisando de nota nessa matéria — Respondi, afundando o rosto nas mãos e suspirando pesadamente.

O sinal tocou, e o intervalo começou. Segurei a mão de Harley e a puxei para procurar meu irmão pela escola.

Encontramos Arthur na cantina, onde normalmente ficávamos eu, ele e Harley. De vez em quando, alguns amigos de Arthur, como Ethan e Thomas, também apareciam no intervalo.

Mas, na maioria das vezes, éramos apenas nós três. Harley era quase como uma irmã para mim e para Arthur, e o intervalo era um momento que sempre apreciávamos juntos.
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