༒ 08 ༒

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Depois da reunião que tiveram com a recém coroada rainha Rhaenyra, todos foram dispensados com uma movimentação esquisita do lado de fora

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Depois da reunião que tiveram com a recém coroada rainha Rhaenyra, todos foram dispensados com uma movimentação esquisita do lado de fora. Os mais jovens ficaram dentro do castelo enquanto o pequeno conselho foi com Rhaenyra resolver o que quer que fosse que estivesse acontecendo.

Gaya se sentiu mais uma vez na obrigação de confortar Lucerys. Na hora do funeral da irmã de ambos ela se manteve distante, percebeu desde o jantar da noite passada que menino não estava confortável em sua presença, tiveram vários momentos antes disso e depois que eles se encontraram e Lucerys simplesmente ignorou Gaya por completo. Ela não iria atrás dele mas esperava que o garoto estivesse bem e de alguma forma gostaria de se fazer presente mas sentia o impasse se deveria ou não ir a sua procura.

Enquanto ela estava andando pelos corredores a procura de algo para ocupar sua mente ela vê em um canto um pouco mais escuro, Jacaerys e Baela abraçados, Jace chorava silenciosamente nos braços da menina que por sua vez, afagava seus cabelos para se fazer presente. Ela encara a cena e decide que talvez a seja o momento de dizer que o espaço de Lucerys acabou e que agora ele iria falar com ela nem que fosse apenas para chorar em seu colo. A menina caminhou por alguns minutos, decidida enquanto perguntava aos criados que passavam por ela onde ficava o quarto do príncipe, com um guarda na porta ela o cumprimenta silenciosamente e bate na porta. Sem escutar nenhuma resposta ela resolve entrar.

-Gostaria que não fôssemos incomodados. -ela diz para ele em um ordem silenciosa de "não deixe ninguém entrar" e entrou no recinto, ouvindo a porta ser fechada logo em seguida.

A menina se deparou com a cena do pequeno príncipe deitado em sua cama, logo que ele escutou e percebeu toda a movimentação ele se levantou de súbito se sentando, com um olhar calmo e sereno ela andou até a ponta da cama do príncipe e nada disse, ele a olhou de maneira curiosa e não conseguiu se manter neutro.

-O que você quer? -ele diz seco e sem cerimônia, claramente magoado com a menina e talvez até com raiva de sua presença repentina em seus aposentos.

-Vim ver como está, meu príncipe. -ela responde simples e ele se levanta ficando de pé na frente dela, claramente irritado e magoado. Como ela não percebeu que ele não queria a sua presença? O tratamento de silêncio direcionado a ela não fora o suficiente?

-Eu não quero falar com você, por favor se retire princesa. -o menino diz decidido enquanto se mantém na frente dela, dessa vez com as mãos atrás das costas e a voz mais controlada.

-Você não precisa falar... -Gaya responde e vê a raiva brilhar nos olhos do menino fazendo um pedaço de Gaya sentir prazer pela reação dele, pelo menos ele não se debulhava em lágrimas ou a ignorara por completo -...só precisa se permitir sentir.

-Eu não entendo o que você quer dizer... -ele não consegue terminar a frase pois Gaya o envolve em seus braços em um aperto quase maternal.

O menino entra em conflito consigo
mesmo  no começo mas depois de alguns segundos se rende ao ato e a abraça de volta. Com o aperto forte de Luke em seu corpo Gaya entende que isso era tudo que ele precisava nesse momento, talvez ela não teria sido a primeira pessoa em que ele pensaria para recorrer mas era ela quem estava lá agora e isso foi o suficiente para que ele se derretesse em seus braços se rendendo completamente ao carinho.

Eles nada disseram durante os cinco minutos seguintes em que passaram naquela posição. Gaya fazia um carinho terno em suas costas enquanto ele  a apertava cada vez mais forte, como se ela fosse capaz de se soltar e fugir dele a qualquer momento, a garota dá uma risadinha e diz no pé do ouvido  com a voz baixa.

-Se me apertar mais acho que ficarei sem ar príncipe. -ele dá uma risada nasalada e afrouxa um pouco o aperto de seus braços mas ainda sim, não solta a garota, Gaya percebe que ele não quer desfazer o abraço dos dois e fica mais um tempo assim mas logo seu desconforto vence e ela decide perguntar -Por que me ignorou?

Ele não diz nada durante longos segundos que Gaya sente como se fossem uma tortura, seus pés e costas doíam pela posição mas ela não desfez o aperto entre eles até que o garoto se sentisse confortável para desfazê-lo ele próprio. E como se os deuses tivessem ouvido seu pedido silencioso ele se solta e olha nos olhos da menina em uma sincera confusão, agora com os braços livres ele se sente desconfortável por não saber o que fazer com o próprio corpo, olha para os lados inseguro como se estivesse prestes a dizer a maior besteira de sua vida.

-Eu fiquei irado! -ele responde por fim dando um basta na clara confusão de sua mente - Você defendeu Aemond aquela noite a caminho do fosso e eu fiquei...

-Ah então é por isso. -ela o interrompe e revira os olhos diante da confissão.

Ele se cala e Gaya se condena por não manter a boca fechada enquanto o garoto dizia o que lhe afligia para ela, se arrependendo a menina apenas da um sorriso ladino pela situação e estende suas mãos até o rosto do garoto decidindo apenas ceder.

-Me desculpe se você ficou chateado... -ela diz sincera com a voz mais baixa e mais calma que antes, tentando de todos os jeitos confortar o menino de alguma forma, que por sua vez olha diretamente nos olhos de Gaya no instante que ouve o que queria -... mas eu não defendi ele Luke, eu apenas disse a verdade, sei que não era o que você queria ouvir devido a sua atitude em relação a isso, mas é a verdade, e quanto antes você aceitar isso, melhor será para você.

Ele baixa o olhar e naquele instante Gaya entende que ele sabe que o que ela disse aquele dia  fora uma semente plantada  em sua mente. Ele com certeza parou para pensar sobre o assunto depois, e isso fez Gaya se sentir genuinamente feliz pois, se ele parou para pensar ele com certeza ja entendeu que estava errado, não  de ter rido de Aemond por causa do porco, mas pelas atitudes do passado que por mais que tivessem sido feitas quando eles eram apenas crianças se perduravam até  os dias de hoje.

-Eu sei mas ele... -ele suspira e continua -Ele e Aegon ficaram dizendo aquelas coisas para nós e isso me irrita profundamente! -ele diz sincero levantando seu olhar e se irritando conforme dizia.

-Você tem que aprender a se controlar, deve entender que não passam de insultos e o que importa é que o rei, seu avô, os legitimou e diante disso ninguém pode dizer mais nada!

-Eu sei, mas todos eles nos tratam com diferença, Vaemond é um exemplo claro disso. -a menina sente a mágoa dele na voz, era claro o quanto aquilo o afetava.

-E ele perdeu a cabeça! -ela diz para ele com os olhos um pouco mais escuros que antes -Nunca mais ninguém o insultará daquele jeito, eu te prometo! E se o fizer... terão suas cabeças separadas ao corpo para que nunca mais nem possam pensar em alguma ofensa ao futuro serpente dos mares.

Ele sorri com a promessa selada entre eles e se sente confortável diante da menina novamente, se sente seguro ao seu lado. Com todas as incertezas e os conflitos que o afligem ele pode sentir um pouco de paz com o calor das mãos dela coladas a sua bochecha. Lucerys sentiu vontade de beijar a menina mas se conteve, conteve por medo de sua reação e por tudo que lhe fora ensinado sobre o comportamento de um cavalheiro diante de uma dama. Com um beijo em sua testa ela se despediu dele e estava prestes a sair do cômodo quando ele pegou em sua mão a impedindo, ela se vira para ele para perguntar o que houve e ele apenas diz rápido demais para a sua própria compreensão, ele quase riu de como as palavras só saíram de sua mente.

-Fique... -ela sorri fraco para ele que da mesma maneira retribui -Fique comigo mais um pouco, eu gostaria de ter a sua presença.

Ela assente com a cabeça e com a mão presa à sua ele se senta no chão com ela ao seu lado, os dois escoram as costas na grande cama e começam a conversar calmamente, como se o mundo fora daquele quarto não estivesse prestes a colapsar.

LOYALT|Lucerys Velaryon Onde histórias criam vida. Descubra agora