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O sol começa a despontar sobre Porto Real, lançando uma luz suave sobre as torres e muralhas do castelo

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O sol começa a despontar sobre Porto Real, lançando uma luz suave sobre as torres e muralhas do castelo. O ar está fresco, com uma leve brisa vinda do Mar Estreito. Os corvos cantam nas torres, e o movimento começa a ganhar vida nas cozinhas, corredores e pátios do castelo.

Gaya se vê acordada antes do amanhecer, sentada em uma cadeira perto da janela de seus aposentos. Ela observa o sol nascer lentamente sobre a cidade, refletindo sobre o que o dia trará. A sensação de estar de volta é ao mesmo tempo reconfortante e estranha.

Ela se levanta, veste um manto sobre suas roupas de dormir e decide sair para caminhar pelos corredores da Fortaleza antes que todos acordem. Enquanto ela caminha, os corredores de pedra parecem mais longos do que se lembrava, e o silêncio é interrompido apenas pelo eco suave de seus passos.

A princesa passa pelos salões vazios, com tapeçarias que narram as conquistas dos Targaryen. Em uma delas, o bordado de Aegon, o Conquistador, montado em Balerion, observa tudo com um olhar severo, como se avaliasse cada movimento de Gaya.

Conforme avança, ela vê a Fortaleza Vermelha começar a ganhar vida. Serviçais surgem, limpando os salões, acendendo velas e preparando os quartos. Alguns se curvam respeitosamente quando ela passa, mas poucos ousam olhar diretamente para ela.

Ao chegar ao pátio, ela encontra Aegon III e Viserys II brincando com uma bola de couro, guardados de perto por dois cavaleiros. Joffrey, o mais velho, está sentado em um muro baixo, observando-os com uma expressão de curiosidade madura para sua idade.

- Já estão acordados? Pensei que ainda estariam na cama. -Gaya diz sorrindo enquanto se aproxima.

-Estamos aproveitando o ar da manhã. Os corredores aqui são apertados demais para brincar. -Aegon responde a menina rindo enquanto chega a bola de couro.

-Bom dia, Gaya. Sentimos sua falta ontem à noite. -Viserys diz com um sorriso mas o tom sério, tão sério que fez Gaya querer soltar uma gargalhada, como uma criança de cinco anos podia estar falando sério?

-E eu senti a falta de vocês. Prometo que estarei aqui todas as manhãs, como fazíamos em Pentos. Agora, me mostrem o que aprenderam desde que chegamos. -Gaya diz se ajoelhando para ficar na altura dos meninos.

Enquanto brincam, o pátio começa a encher-se com o som de soldados treinando, aço batendo em aço, e cavaleiros preparando-se para as patrulhas. Há uma sensação de vigilância, como se a paz recente ainda fosse frágil.

O pátio logo se torna um ponto de encontro para a família. Daemon surge da entrada do castelo, seu semblante sério mas acolhedor ao ver Gaya interagindo com as crianças. Ele observa de longe, uma mão no cabo de sua espada, como sempre.

- Gaya, está aproveitando seu primeiro dia de volta? -Daemon diz em voz alta sem se aproximar muito.

-Sim, pai. É bom ver que as coisas voltaram ao normal... ou quase. -ela responde se levantando e olhando para ele.

- A guerra pode ter acabado, mas as cicatrizes ainda estão aqui. -faz uma pausa, antes de suavizar a expressão -Mas ter você aqui ajuda a curar algumas delas.

Gaya sorri em resposta, sentindo-se mais segura na presença do pai. No entanto, logo ela se vê chamada para outro encontro importante.

Ela é conduzida por um cavaleiro até a sala de audiências, onde Rhaenyra a aguarda para discutir seu papel agora que retornou. A sala, grandiosa e decorada com detalhes em ouro e rubi, parece mais imponente do que nunca.

Rhaenyra sorrindo calorosamente enquanto Gaya se aproxima diz.

-Espero que tenha dormido bem, Gaya. Sei que pode ser estranho estar de volta depois de tanto tempo.

-Dormi sim, minha rainha. Estou pronta para ajudar no que for necessário. -a princesa curva-se ligeiramente perante sua rainha.

-Muito mudou, e ainda há muito a ser feito. Agora que os Verdes foram derrotados, precisamos garantir que a paz prevaleça. E você, como futura rainha consorte de Lucerys, o futuro serpente dos mares, terá um papel vital na reconstrução. -Rhaenyra assentindo, com um brilho sério em seus olhos diz.

-Farei tudo o que for necessário, minha rainha. Estou aqui para servir.

-E saiba que não é apenas serviço, Gaya. Você faz parte desta família, e sua presença aqui é um alívio para todos nós. -Rhaenyra diz suavizando o tom.

A conversa é interrompida por um mensageiro que informa que Lucerys deseja falar com Gaya na biblioteca, um local que se tornou especial de alguma forma para o menino, logo depois de Gaya mostrar-lhe sobre as histórias de suas famílias.

Gaya se despede da rainha com uma reverência e segue para a biblioteca. Enquanto anda, ela não pode deixar de pensar como está sendo requisitada e o quanto isso soa engraçado, passou tanto tempo longe de todos aqueles que realmente gostariam de passar um tempo com ela que chega a ser estranho quando isso acontece. Quando chega, encontra Lucerys aguardando-a com um sorriso tímido. Ele segura um livro nas mãos, mas parece mais interessado em Gaya do que nas páginas diante dele.

-Pensei que poderíamos passar algum tempo juntos, se não tiver outros compromissos. -Lucerys diz olhando para ela enquanto se aproxima.

-Eu adoraria, Lucerys. Há algo em particular que gostaria de discutir? -Gaya sorri diante da proposta se sentido mais a vontade na presença do menino, que a alguns dias teria sido um enigma para a princesa.

-Talvez... Quero saber o que tem desenhado ultimamente. -o príncipe diz com um leve tom de brincadeira -Ouvi dizer que se tornou uma pintora talentosa.

Eles se acomodam na biblioteca, conversando sobre as pequenas coisas da vida. O ambiente ao redor é calmo, com o som das páginas sendo viradas ocasionalmente, e a luz suave do sol iluminando as prateleiras cheias de conhecimento. Gaya sente que, finalmente, as coisas estão começando a se encaixar novamente.

LOYALT|Lucerys Velaryon Onde histórias criam vida. Descubra agora