Faltava uma semana para as férias do Natal, eu estava mesmo a necessitar de umas férias, já estava cansada de ouvir os professores, de fazer testes, trabalhos e principalmente das brincadeiras de Amanda. Todos os dias ela inventava alguma coisa para me humilhar ou outra coisa, houve umas vezes que as coisas não correram como ela planeava. Eles agora faziam sempre isso quando me encontravam sozinha e caso perguntem, claro que eu disse aos meus amigos que eles já não faziam nada comigo.
Sim pode parecer idiota da minha parte contar uma mentira assim, mas é desnecessário envolvê-los nos meus problemas.
Hoje era a última segunda feira de aulas deste período, então isso fez-me ter mais vontade de me levantar da cama. Após me vestir desci para tomar o pequeno almoço, porém hoje o meu irmão tinha ficado na casa de um amigo dele da faculdade, porque ontem eles tiveram uma festa e ele voltaria tarde, assim ele ficou mais perto da faculdade podendo descansar mais um pouco de ontem. A minha mãe estava a preparar alguma coisa e eu decidi ajudá-la.
- Bom dia mãe, precisas de ajuda?
- Bom dia meu amor, já estou quase a terminar, mas pode pegar em alguma coisa para beber.
- Tudo bem, então- eu fui pegar num sumo de laranja que eu sabia que a minha mãe também gostava e pus na mesa, enquanto isso a minha mãe já tinha terminado o que estava a fazer e também pôs na mesa. Ela tinha cortado várias peças de fruta e fez umas torradas, a minha mãe era mesmo maravilhosa a cozinhar, cada refeição que ela faz é super saborosa e tem um ótimo aspeto que ela faz questão de deixar, eu adoro a comida da minha mãe.
- Como foi a escola este período, filha? Foi bom como eu tenha dito- ela falou curiosa para saber se ela realmente tinha tido razão o que me fez rir levemente-
- Sim, mão, realmente por agora ele está ser um pouco melhor que os outros, agora pelo menos tenho mais amigos e as pessoas já não têm medo de falar comigo- eu falei com um pouco de tristeza na voz por notar o quão estranho era dizer aquilo em voz alta e por saber que aquela era a minha realidade-
- Eu sei que passaste por muita coisa e nem consigo imaginar o quão triste deve ter sido, meu amor, mas agora tudo vai ficar bem e vais puder viver feliz, vais terminar o secundário com ótimas notas, vais para uma ótima faculdade e vais-te tornar numa adulta maravilhosa que não precisa de depender de ninguém.
- Que Deus te oiça, mãe.
- Nunca te esqueças, eu tenho sempre razão- eu e ela rimos com a sua fala-
- Mãe, tu ficaste chateada por eu te ter escondido aquilo da Amanda por tanto tempo?- eu perguntei receosa-
- Claro que não, minha querida, eu nunca cheguei a ficar chateada, porque eu conheço-te muito bem e eu sei porque é que não contaste, pensas sempre muitos nas pessoas que gostas e tens receio de atrapalhar-lhes a vida ou de incomodar. Tu não me contaste porque não querias que eu gastasse dinheiro com algo que consideravas "estúpido" e eu entendo isso- a minha mãe falou de uma forma meiga-
- Obrigada por me entenderes mãe, eu sempre pensava que talvez te devia contar, mas uma outra parte de mim dizia que não o devia fazer, por esse motivo.
- Eu sei Liv, mas eu gostava de te dar um conselho, eu entendo que não querias incomodar as outras pessoas, ou que aches que os teus problemas não lhes interessam, ou que não queres envolver alguém neles, mas eu sei que a partir de um momento tu podes não aguentar mais enfrentar tudo sozinha. Tu és muito forte, não há dúvidas disso, mas até o fortes precisam de ajuda às vezes- eu fiquei a pensar um pouco nas palavras da minha mãe-
- Prometo que o farei, não precisas de te preocupar- eu sorri e a minha mãe também. A minha mãe já sofreu muito mais que eu e até hoje ela continua com um sorriso genuíno, ela já passou por muito então ela sabe o que dizer. Mas tal como ela pesar do que aconteça eu vou seguir a minha vida e se eu puder fazê-lo sem a ajuda de ninguém, eu farei, então talvez eu não cumpra a promessa-

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Eu sou invisível?
RomantizmOlívia Milani, era uma menina de 17 anos que teve a sua vida prejudicada por uma menina rica que não tem mais nada que fazer, a partir daí Olívia começou a sentir-se invisível à medida que via as pessoas nunca se lembrarem dela muito bem no início d...