I still want you
Por que o nosso coração dói todas as vezes que pensamos em alguém que amamos? Mesmo que essa pessoa esteja presente em nossa vida, às vezes o sentimento é tão forte e intenso que machuca o nosso peito, querendo transbordar em vida.
É dessa forma que Lando se sente todas as vezes que olha para seu ex-companheiro de equipe, Daniel Ricciardo. Eles correram juntos pela McLaren, foi lá que descobriram que sentiam mais do que carinho de amigos um pelo outro. Quando ele saiu da equipe, experimentaram pela primeira vez a dor da saudade e da separação. Mesmo que continuassem tendo contato esporadicamente durante a temporada de corridas, não era a mesma coisa.
Enquanto estavam no mesmo "time", podiam sair juntos sem se preocupar em dar explicações para a imprensa. Foram meses de agonia na frente do celular, esperando os horários coincidirem para fazerem uma chamada de vídeo ou trocar uma simples mensagem. As poucas vezes que se encontravam geravam tantos rumores que lhes causavam dor de cabeça.
Simplesmente, eles se cansaram de viver separados, de deixar que a opinião pública determinasse como deveriam agir. Daniel esperava o momento perfeito para chamar Lando para sair e conversar sobre os dois, mas então percebeu que esse dia nunca chegaria. Enquanto ele continuasse esperando uma oportunidade surgir do completo nada, a vida continuaria correndo e eles estariam cada vez mais afastados.
Tremendo de ansiedade e cheio de pensamentos concretos sobre o seu futuro, ele convidou Lando para jantar. Os dois se encontraram em um restaurante na Grécia; ambos estavam aproveitando o início das férias de verão. O restaurante tinha uma arquitetura neoclássica, com vista privilegiada para o vasto e calmo mar. O céu estava limpo, em um tom de azul intenso, e o brilho da luz prateada fazia companhia às luzes amarelas do ambiente.
Lando sentia todo o peso da ansiedade encher seus pulmões e trancar suas vias respiratorias. Sua mente a todo momento imaginava tantos cenários possíveis da conversa que teria com Daniel, no fundo ele esperava que pudessem começar tudo de novo, sem o peso da mídia sobre si e somente aproveitar a companhia alheia.
Na porta do restaurante, Daniel entrava com a cara e a coragem para sentar em frente ao seu grande amor. Ele estava cansado de se prender aos padrões e as expectativas alheias, ele não queria mais ser um extensão da ilusão popular e seguir tudo que mandavam. Ele só queria uma boa taça de vinho tinto e aproveitar a Grécia com seu amor sem se preocupar com as pessoas a sua volta.
Sentaram-se em uma mesa, um em frente ao outro. Seus corações pareciam conversar pelos batimentos; sem dizer uma palavra, eles transmitiam que estavam com saudades. O jantar foi tranquilo, repleto de conversas boas e risadas discretas. Quando finalizaram, Daniel segurou a mão de Lando e o guiou até um barco que estava no cais.
Enquanto o barco era levado pelas águas frias e misteriosas, Daniel decidiu que era o melhor momento para se abrir. Durante todo o jantar, ele percebeu como Lando parecia esperar por um posicionamento seu, e sabia que ele merecia isso. Lando devia ter alguém ao seu lado que o apoiasse e o fizesse sentir-se seguro, mesmo agora, no meio de uma completa escuridão, onde o barulho mais alto era o do remo batendo contra a água.
— Sabe, Lando — ele começou, com a voz mansa, deixando o remo de lado —, eu pensei muito e cheguei à conclusão de que nós não devemos explicações para ninguém. Tentamos guardar nossos sentimentos todo esse tempo, mas, no final, somos nós que estamos machucados com isso. Eu te amo demais para fingir que não temos nada. Eu quero segurar a sua mão quando você subir naquele pódio. Quero ser o primeiro a te abraçar e beijar na frente de todos.
— Dani — Lando disse, sorrindo em meio às lágrimas que escorriam em seu rosto —, eu te amo tanto que dói, mas eu não sei se é hora de mostrar isso ao público; o mundo ainda é complicado — ele disse, suspirando e se encolhendo por causa do vento frio que soprava da costa.
Ambos estavam com os sentimentos à flor da pele. Lando sentia que estava soltando a mão de Daniel ao recusar se assumir, e Daniel sentia que estava segurando com força a mão de Lando, pressionando-o para se assumir. Mas essa não era sua intenção.
— Eu sei — ele disse, sorrindo fracamente —, acho que nem eu estou pronto para algo assim. O que eu quero dizer é que isso deve acontecer de forma natural entre nós e, para isso, precisamos estar alinhados, sem nos preocupar em satisfazer as expectativas alheias — Daniel dizia, com os olhos brilhando e o sorriso majestoso de sempre. Ele sentia que poderia explodir de expectativas.
— O que você está tentando dizer, Daniel? — Lando perguntou, confuso com a situação, ao mesmo tempo que sua mente o preparava para diversas situações imaginárias.
— O que estou tentando dizer é: quer namorar comigo, Lando? — ele puxou uma caixinha do bolso. — Obviamente eu não ia comprar alianças e todo mundo ver de cara, mas podemos usar algo mais singelo, como esses colares — então ele abriu a caixinha, mostrando duas correntinhas prateadas com medalhas de metade de um coração gravada em cada.
— Eu realmente espero te entregar tudo o que você merece, eu por completo, sabe. Eu queria te pedir isso ainda quando estávamos na McLaren, mas não tive coragem suficiente e isso nos afastou tanto. Eu não quero sentir isso novamente; quero saber que, no final do dia, terei você ao meu lado — Daniel completou, com os olhos brilhando.
Lando se esticou e abraçou o corpo de Daniel; ele sentia que finalmente iria viver o que tanto sonhava com ele. Seus olhos, já molhados pelas lágrimas, piscavam sem acreditar no que estava acontecendo. Era o momento perfeito no lugar perfeito.
— Eu aceito, meu amor, é óbvio que eu aceito. Você não tem ideia do quanto é difícil passar por você e fingir que nada aconteceu entre nós. A ideia mais idiota da minha vida foi achar que um dia eu poderia viver fingindo não sentir tudo o que sinto por você.
Lando disse, e então sua cintura foi puxada para um beijo frio, mas carregado de paixão e cumplicidade. A saudade que sentiam do contato diário se esvaía enquanto suas bocas confidenciavam seus desejos. Daniel acariciava sua bochecha, fria pela brisa noturna e vermelha, destacando as sardas que tanto gostava de admirar. Enquanto isso, Lando enfiava os dedos nos cachos macios e bagunçados pelo balançar do barco.
Ambos sentiam que era um bom começo. Quando se separaram, Daniel colocou a corrente no pescoço de Lando, deixando um beijo em sua nuca. O ato foi retribuído com Lando fechando a correntinha nele e também deixando um beijo casto em sua bochecha.
Daniel passava a mão pelos fios ondulados do britânico; o vento suave os deixava cheios de frizz, o que o tornava ainda mais meigo. Era como aqueles ursinhos de pelagem solta que você guarda desde a infância e ama o cheirinho que emana deles. Ele se sentia reconectado com suas origens e desejos.
Enquanto isso, Lando apoiava sua cabeça no peito de Daniel e sentia o movimento de sua respiração. Essa sensação era sua sensação de lar; ele estava em casa, calmo e seguro naquele abraço.
Ambos pensavam em como seria no futuro, talvez um dia iriam sair de seus carros e entregar o beijo mais apaixonado em um ambiente tão acelerado como as pistas dos autódromos que todos iriam parar por segundos observando a cena e aplaudindo. Por hora, estavam contentes em ter a companhia um do outro.
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> @__Liaahh_04, muito obrigado pelo pedido meu bem, espero que tenha gostado 🫶 fiz sem hot por já ter uns quatro seguidos de baixaria kkk> Desculpa pela demora pra postar🥹, tinham outros pedidos na frente por isso o atraso.
> Boa semana meus amores :)
Beijinhos de luz 💋✨
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One Shot F1 🏎️🏁
FanfictionPaixão e amor, raiva e ódio dispostos em um capítulo. Histórias românticas que podem beirar a luxúria e ceder ao desejo carnal, ou, simplesmente, palavras de uma imaginação fértil demais para focar em um só cenário e um só shipp e as vezes fugindo d...