Lestappen pt.2

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Ice cream body shot 2

Depois daquele final de semana, um tanto quanto animado, digamos assim. Charles e Max continuaram se encontrando esporadicamente. Com o tempo, os intervalos foram diminuindo e eles passaram a se ver quase todos os dias. Nos finais de semana, revezavam entre os almoços de família. Estavam sempre juntos, não importava como. Eles até mesmo se denominavam "amigos com benefícios", mesmo que os encontros não acabassem na cama como no começo.

Todos ao redor deles tinham certeza de que havia algo a mais entre eles, mas Charles e Max insistiam em se enganar. E por causa dessa teimosia, Charles estava jogado no sofá, extremamente frustrado com a data comemorativa.

— Não acredito que vou passar o Dia dos Namorados sozinho — disse Charles, atirando o celular no sofá e olhando para seu amigo Gasly.

— Amigo, mas não é só hoje, né? Você passou todos os dias sozinho — Pierre riu da expressão indignada de Charles ao seu lado. — Nem me olha assim, você está sozinho porque quer.

— Eu estou te fazendo companhia — Charles abraçou o amigo de lado, tentando prendê-lo no sofá.

— Ih, nem vem — Pierre se soltou dos braços de Charles e se dirigiu à porta. — Vou sair com minha morena, tchau.

Mais uma vez naquele dia, Charles bufou e se jogou no sofá. Ele não tinha nada para fazer nem ninguém para conversar. Sabia do que Pierre estava falando, mas não podia confundir as coisas. Max era alguém com quem conversava e, às vezes, transava, só isso. Pelo menos, era isso que queria acreditar para que seu coração não sofresse tanto quando Max encontrasse alguém bom o suficiente e fosse embora.

Era assim que Charles pensava, ele não se sentia suficiente por morar em um apartamento pequeno com poucos móveis enquanto Max vivia em uma casa de luxo. Enquanto ele era um balconista em uma sorveteria, Max era CEO de uma grande empresa e tinha carros de luxo enquanto ele andava de bicicleta. E assim, ele passava noites e mais noites pensando sobre isso, ele encontrava os motivos mais banais para esconder que no fundo ele não tinha coragem de conversar com Max.

Enquanto isso do outro lado da cidade, Max rodava em sua cama com Charles pairando em sua mente. Para ele, Charles era tudo que desejava. Ele admirava sua força de vontade, sua história, ele amava o senso de humor e o estilo sem papas na língua e era completamente encantado pelos olhos claros e manchinhas claras no rosto.
Max se perguntava o que o outro estava fazendo, se ele estava com alguém e principalmente, se ele aceitaria a ideia maluca de jantarem juntos.

- Max, eu tô indo - sua irmã apareceu na porta com um buquê de flores na mão.

- Quem foi o cego que comprou isso pra você?

Sua irmã mostrou o dedo do meio e caminhou até a sua cama.

- Se você quer chamar ele, é melhor se apressar. Ele não vai esperar a vida toda.

Dito isso, ela saiu do quarto batendo o cabelo em sua cara antes de jogar um beijinho e fechar a porta.

Max riu da sua ousadia, ele ponderou. Valeria a pena o risco? Ele tinha medo de tentar algo e afastar quem tanto queria perto.
Por fim decidiu chamá-lo.

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Tá atoa? Quer vim jantar aqui? :

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