Encontro nos Céus : A Aeromoça e o Sheik

Capítulo 15

Capítulo 15

Fernanda

Quando Felipe me convidou para um passeio no Museu do Louvre, aceitei com um sorriso, fiquei animada com a ideia de passar o dia em um lugar tão icônico. Quando chegamos, ele parecia encantado, seus olhos brilhando de entusiasmo.

-Vai ser um dia incrível. - Ele disse, e eu retribuí o sorriso, tentando ignorar a sensação de que minha mente estava a milhares de quilômetros dali.

Enquanto caminhávamos pelas grandes galerias do Louvre, eu me esforçava para prestar atenção nas explicações detalhadas de Felipe sobre as obras de arte. Mas, inevitavelmente, meus pensamentos voltavam para Hassan. O Sheik Hassan, com seu jeito, poderoso e misterioso, era uma presença constante na minha cabeça.

Me lembro mais do que deveria da noite em que dançamos juntos . A música alta, as luzes pulsantes e a forma como nossos corpos se moviam em sincronia. A conexão entre nós era inegável, uma corrente elétrica que percorria cada toque, cada olhar. Hassan me fazia sentir desejada e viva de uma forma que eu nunca havia experimentado antes.

Felipe estava explicando a história de uma pintura famosa, mas eu mal conseguia ouvir o que dizia. Em vez disso, minha mente estava de volta àquela pista de dança, nos braços de Hassan segurando minha cintura, à sensação de sermos os únicos no mundo. Era um contraste marcante com a tranquilidade do Louvre, com Felipe, que era seguro e previsível.

-Você está gostando? - A voz de Felipe me trouxe de volta ao presente.
-Sim, está tudo maravilhoso. - Menti, tentando parecer mais animada. - É realmente incrível estar aqui.

Felipe sorriu, parecendo aliviado. Enquanto ele continuava a falar sobre as obras de arte, eu fazia um esforço imenso para me concentrar no passeio. Felipe era um cara legal, atencioso e carinhoso. Ele merecia mais atenção do que eu estava dando.

Mas, mesmo enquanto eu me esforçava para estar presente, a lembrança de Hassan estava lá, uma sombra constante em meu pensamento. Sabia que não podia continuar pensando nele – ele era um homem poderoso, inacessível. Nossa conexão, por mais intensa que fosse, não passava de um momento de paixão.

Quando saímos do museu, agradeci a Felipe com sinceridade. - Obrigada por hoje, Felipe. Foi realmente especial.

- Eu fico feliz que tenha gostado. - Ele respondeu, seu sorriso tímido aquecendo meu coração.

Enquanto nos despedíamos, prometi a mim mesma que daria uma chance justa a Felipe. Hassan era uma lembrança gostosa de uma noite mágica, mas Felipe estava aqui, no presente, disposto a fazer parte da minha vida. E isso, decidi, merecia minha dedicação e atenção.

Estávamos no meu quarto, eu e Cecília, aproveitando uma tarde preguiçosa fazendo uma sessão de skin care. Nossas máscaras faciais deixavam nossos rostos verdes e brilhantes, e na Safira tocava música suave, Birds of a Feather de Billie Eillish criava a atmosfera perfeita para fofocarmos e relaxarmos.

- Então, me conta de novo. - Disse eu, ajustando minha faixa de cabelo e me recostando nas almofadas. - O que aconteceu no encontro com o Mateus depois de tudo o que rolou entre vocês ?

Cecília suspirou dramaticamente, espalhando um pouco mais de creme nas bochechas.

- Ele apareceu na minha porta, com aquela cara de cachorro arrependido, implorando pra gente se encontrar e resolver as coisas.

- E você? - Perguntei, levantando uma sobrancelha curiosa.

- Eu disse que estava ocupada! Que precisava de um tempo pra pensar. Mas ele não desistiu, continuou insistindo pra sairmos, pra resolvermos tudo.