Capítulo 14

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Capítulo 14

Zayd / Hassan Al-Banna

Acontece tão rápido que só percebo a dimensão dos meus movimentos quando estou sentindo seu corpo no meu. Por trás aproximo meu corpo do seu de forma silenciosa. Não resisto e cheiro seu pescoço, seu aroma me deixa tonto, inebriado. Percebo que ela parou de se mover, e confesso que sentir sua bunda deliciosa roçando no meu pau me deixa louco, porém não avançarei até que me dê um sinal de que posso.

Como se ouvisse meus pensamentos ela ergue seus braços e recomeça um movimento leve com os quadris balançando de um lado para o outro, em mim, consentindo de forma silenciosa e sugestiva.

Me sinto à vontade para seguir o ritmo dela, que segue o ritmo da música que agora é animada, mas sensual. Me sinto mais ousado, e pego em sua cintura de forma dura, levo minha mão até sua barriga e deixo ali, enquanto somos levados por uma melodia que nubla minha mente. Vejo sua cabeça cair para trás em meu ombro e dançamos assim. Meu pau parece que vai explodir na calça.

Não aguentando mais essa deliciosa tortura viro seu corpo e a olho. Como é linda. Seus lábios estão brilhando e silenciosamente me convidando para prová-los, ela me olha intensamente com enormes cílios, que realçam ainda mais sua beleza, seu mistério.

Como se já não bastasse me enfeitiçar com seu cheiro e seu corpo delicioso, ela foca por um longo momento em meus lábios e morde vagarosamente meu lábio inferior, é tão inesperado que fico sem ação, eu, um homem feito que já enfrentou os maiores desafios que alguém pode enfrentar, sem reação, por conta de uma mulher, não apenas uma mulher, mas uma atrevida.

Notando meu choque vejo um sorriso travesso se formar em seus lábios, ela se aproxima de mim ficando na ponta dos pés, e diz no meu ouvido alto o bastante para que mesmo que com a música alta eu consiga ouvir;

- Desculpa, eu não consegui resistir. - Surpreso com sua ousadia, digo o que quero dizer desde a primeira vez que a tive em meus braços naquele avião.

- Aqui não precisamos resistir Habbit. - Vejo seu lindo rosto se virar para cima, para mim, enquanto seus braços se enrolam em meu pescoço, e bem ali, na nuca ela faz um carinho gostoso na base do meu cabelo, o que me faz relaxar os ombros e só aí noto que estava nervoso, por causa dela.

Me aproximo dela que cola sua testa na minha, ficamos assim por um momento, até que ela toma a iniciativa, de novo, por nós, de matar o que estava nos matando.

Fernanda

Sugo seus lábios satisfazendo minha vontade, como pode eu estar tão viciada na boca de alguem sem mal o conhecer ? Esse homem acaba comigo.

Abro caminho para conhecer seu gosto com minha língua e de longe esse é o melhor sabor que já senti, é um adocicado mas marcante, não consigo distinguir, e nem preciso, esse é o gosto dele. Suas mãos estão em todos os lugares, em minha nuca, meu pescoço...as sinto em minhas costas e logo depois param em minha bunda, onde permanecem dando fortes apertões, o que só evidencia a pegada desse homem.

Ele se faz presente em cada parte do meu corpo, me fazendo ficar satisfeita e sedenta por mais a cada momento. Me sinto preenchida, adorada, completa só de ter suas mãos passeando pelo meu corpo.

Como se já não bastasse ele percebe que meu corpo amolece mais quando deixa sua enorme mão suavemente no meu pescoço como se fosse me enforcar, fazer o que ? Amo a sensação de ser domada por ele.

Ele volta a me beijar com força, é um beijo lento, gostoso, sinto sua textura, seu sabor. Sinto seu pau roçar numa dança gostosa na minha buceta, que a essa altura pinga, pulsa e implora por ele. Estou tão tão inebriada com seus toques que mal sinto quando ele me levanta do chão, pela bunda. Parece que estou em outro universo, uma nova dimensão onde só existe eu e ele.

Ele me põe no chão, e assim ficamos, só nos sentindo por longos minutos, eu mantenho meus braços em volta do seu pescoço. Até que nos separamos e nos olhamos, sabendo que não precisamos de palavras para transmitir o que sentimos um para o outro, e nem falo de amor, falo de conexão, paixão, afinidade ou sei lá o que as pessoas dizem. Esse sentimento tá aqui, eu sinto, e acho que ele também sente.

- Passe a noite comigo. - Ele diz em meu ouvido. E confesso que quero muito ir, mas estou com Cecília e vamos combinar tá na cara que esse grandão não quer nada além de uma noite. Pra mim não teria problema nenhum se ele não mexesse tanto comigo, e aí que mora o perigo.

- Eu adoraria grandão, mas hoje não vai rolar. - Vejo a decepção em seu rosto, aposto que não está acostumado a levar um não, chega a ser engraçado tadinho. Lhe dou um último beijo sem esperar sua réplica e dura mais do que gostaria, me deixando tonta, mas digo em seu ouvido;

- Se quer tanto me ver de novo, dê um jeito lindo. Sei que consegue. - Dou uma piscadinha saindo da pista de dança e indo até minha amiga.

Saio de lá com Cecília brava pois deixou seu bonitão pra trás, mas já tinha lhe dito que não ficaria tanto, ela retruca um pouco mas aceita sabendo que não é uma boa ficar só numa boate estrangeira mesmo que o boy seja um modelo de cueca. Pode dar ruim, não conhecemos o coração de ninguém.

Entramos no carro e da janela vejo as lindas ruas de Paris, que combinam o novo e o antigo perfeitamente. Me sinto feliz por meu trabalho me proporcionar isso. Olho para o lado e vejo minha amiga apagada, e por mais que não admita, está cansada e magoada pelo o que houve com o Mateus, preciso conversar com ele.

Deixo Cecília em seu quarto e sigo para o meu. Tomo meu banho e me deito pensando em como aquele cara me deixou arrepiada e mexida. Sabe aquele frio na barriga ? Aquela ânsia de o ver de novo, de sentir seu cheiro, seu gosto... mas não sou boba em pensar que vamos nos encontrar de novo. Mas sonhar não custa nada, né ?

Sempre vivi para o trabalho e para minha família em casa. Acho que por ser de comunidade, e vir de uma realidade bem diferente da do pessoal da OA, meu foco sempre foi além de viver meu sonho, mudar de vida. E acaba que quando você fica tão focada em algo você não presta atenção em mais nada, e foi isso com minha vida amorosa.

Digo, que comecei de fato a me relacionar de uns quatro anos para cá, comecei a me permitir e a entender que a vida não é só trabalho. Vovó nunca me reprimiu e mesmo meus pais antes de tudo acontecer, sempre me encorajaram a ter um namoradinho, acho que mesmo sendo bem resolvida batia uma insegurança relacionada a minha forma física.

Mas foi algo bem breve, eu sempre me amei e ter pessoas ao meu redor que sempre falaram palavras de afirmação para mim me ajudou a enxergar meu valor desde cedo. E hoje me senti tão linda. Tão gostosa e poderosa, vi desejo nos olhos dele, e isso me fez perceber a grande gostosa que sou.

Encontro nos Céus : A Aeromoça e o SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora