Máfia blood

12| Eu em primeiro lugar 🔥

Vicenzo de Luca

Na minha cabeça bastaria apenas uma transa para retira-la da minha mente, para que finalmente ela saísse por completo dos meus pensamentos e devaneios. Mas não foi isso que aconteceu. Não por enquanto.

Talvez eu precisasse de algo mais, algo que realmente suprimisse a minha vontade, algo mais forte, mais duro e sem dó. Algo que eu realmente poderia libertar o meu verdadeiro eu.
Mas eu não pude fazer isso, não está noite. Era a sua primeira vez, ela merecia que eu fosse com um pouco mais de calma. Mesmo que não tenha durado tanto....

Não tinha sido nada mau, óbvio que não já que era eu quem controlava qualquer tipo de movimento. Sabia o quanto ela estava apreensiva mas mesmo assim eu também reparei que ela acabou por se entregar para mim, assim que começou a gostar.

Nos seus olhos tinham dor mas logo passaram a ter um brilho crescente de prazer e malícia.

Meu corpo deitado de barriga para cima sobre a sua cama, apenas a ouvir o barulho da sua respiração. Meu olhos e minha mente não deixavam-me descansar, sempre indo em busca dos olhos azuis como o mar. Não só os seus olhos, como também o seu corpo desnudo.

Meus olhos percorrem as suas costas lisas e morenas e por um momento desejo acordá-la e ter mais uma rodada de tudo, de dor, de prazer... mas sei que ela não aguentaria.
Volto a olhar para o teto, tentando retira-la de novo dos meus pensamentos.

Mas que merda está garota fez comigo?

Senti uma leve movimentação na cama e logo os meus olhos caem pelo seu corpo desnudo se aproximando do meu, colando os nossos corpos. Sua cabeça em cima do meu braço, próximo demais do meu pescoço, dando para sentir a sua respiração naquela área. Suas mãos abraçando o meu corpo como se eu fosse um peluche felpudo. Uma de suas pernas por cima do meu tronco, empinando um pouco a sua bunda redonda demarcada pelo lençol fino que cobria o seu corpo. Seus seios tocando o meu tronco.
E eu apenas paralisado a observar a cena se desenrolar à minha frente.

Eu nunca dormia com uma mulher ao meu lado, em poucas ocasiões isso aconteceu. Apenas quando eu estava bebado demais para conseguir pegar no carro e voltar para a merda da vida.
E agora ter uma mulher tão próxima de mim e dormindo na mesma cama que eu, era relativamente desconfortável mas não tanto quanto dormir com uma qualquer.

Ela agora era minha...

Aquela pequena mulher era minha e nada poderia-me fazer mudar de ideias...

Oiço um resmungo sair dos lábios da Katerina, mas nem me dou ao trabalho de entender, já que seria impossível.
Minhas mãos formigam para que eu possa me aconchegar aquela mulher, apertando-a um pouco mais contra mim e podendo e rezando para dormir uma noite como deve ser.

Deixo os meus pensamentos vencerem e as minhas mãos vão de encontro com o pequeno corpo de Katerina, fazendo-a se aconchegar ainda mais em mim. A aperto contra mim e deixo que o sono vença o meu corpo.

(...)

-Mas que merda tinhas na cabeça porra?- sua voz era grossa, dando a entender que estava irritado comigo

-Eu n-não fiz nad-nada pai...- eu falo gaguejando baixo mesmo sabendo que seria inútil

-Cala a porra da boca Vicenzo!- seus gritos ecoavam por todo o local, apenas a sua voz sendo ouvida

Meus olhos estavam vidrados nas minhas mãos, apenas nas pequena mãos que tremiam com medo do que o homem à minha frente poderia me fazer. Mesmo já tendo me habituado a toda a situação que sempre se repete.