Máfia blood

17| É a minha mulher que está a punir-me 🔥

Katerina de Luca

Todas as vezes que suas palavras vinham à minha mente, dava-me vontade de rir, porque ninguém tem coragem de chamar Vicenzo de Luca de burro. Por ele ser o que é e pelo que ele é perfeitamente capaz de fazer.

Se Emy soubesse que chamou um mafioso de burro, ela com certeza nunca mais colocaria os olhos em mim ou ficaria perto de mim. Talvez ela até se mudasse de cidade ou até mesmo de país. Já que Vicenzo tem um bom controle sobre Itália em si.
Mas, ainda assim, era impossível de não sorrir.

Ela já nem está por perto, tendo saído logo após comer a comida preparada por Vicenzo, mas mesmo assim eu conseguia rir. Impressionante.

Eu estava pronta para sair, já que não havia mais nada para fazer aqui, a não ser olhar para as paredes sem graça do quarto ou o teto. Mas mesmo assim continua a ser sem graça.

Um top corset na cor branco, que demarca perfeitamente a minha cintura fina e esmaga os meus seios. Uma calça cargo bege de cintura baixa, nos pés uns ténis brancos simples, sendo tapados pela calça larga em baixo.
Coloco também um colar no colo, já que estava muito vazio e uma bolsa pequena, que panelas contém o essencial. Gloss e o cartão de Vicenzo.

Olho meu corpo no espelho, apreciando o que vejo. Passo um dos meus perfumes e saio do quarto.

Meus passos são silenciosos mas eu sei que ele ainda está por aqui, mesmo não sabendo exatamente onde. Mas isso também não importa, ele não me pode impedir de sair de casa.

Desço as escadas com calma e vou em direção à cozinha, apenas para beber água. Assim que me hidrato, ando em direção à porta do elevador mas que possa sair, uma voz irrompe o silêncio que a casa estava.

-Onde vais?- sua voz é rouca e calma

Eu paro por um momento, ainda de costas de onde a sua voz vem e apenas quando tomo coragem, é que me viro e vejo-o descer as escadas na minha direção. Estando mais próximo do que eu poderia imaginar.

-Sair.- eu apenas digo isso

Sinto o seu olhar descer por todo o meu corpo, como se avaliasse a roupa que tapa o meu corpo.
Ainda sinto a tensão sexual entre nós, a tensão que por muito pouco eu cedi.

-Eu te levo.- ele apenas dá-me essa única saída

Vicenzo não me dá opção de escolha e por isso permito que ele adentre no elevador comigo, mesmo não sendo confortável.
Não é confortável porque todo o meu corpo sente vontade de obter um pouco de prazer. Prazer que apenas Vicenzo poderia me oferecer.

-Para onde vamos?- ele pergunta entrando no carro que eu destruí

Que ironia do destino, de novo...

-Eu vou!- eu afirmo, deixando bem claro que ele não irá comigo

Nós começamos a movimentarmos para fora da garagem entupida de carros luxuosos apenas dele.
Assim que saímos da garagem a luz forte do dia dá as caras, minha pele sendo aquecida instantaneamente.

-Para onde tu vais?- ele pergunta cedendo

Até que foi mais fácil do que eu pensei... talvez por ele ter entendido pelo meu tom de voz que isto não era pauta de discussão.