18| Eu vou ser...🔥

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Katerina de Luca

Os dias passaram a correr, após eu decidir esquecer tudo e entregar o meu corpo para Vicenzo de novo. E então um mês passou correndo à minha volta e tudo começou a ficar mais difícil.

As aulas começaram e os dias ficaram mais pequenos, passando quase todo o dia na faculdade com Emy. E assim que voltava para casa, enfiava-me no quarto, junto da Amora, e continuava o resto do dia com a cara enfiada em livros.

Passei a encontrar um pouco menos Vicenzo, mas sempre que o vejo, as lembranças de nós dois juntos na cama, ou no banheiro, ou no chão do corredor, enfim, preenchem a minha mente e a queimação em minhas veias fica insuportável.

Não tenho mais tempo para nada e as vezes nem consigo comer. Mas isso também não me importa muito, já que sempre que tento comer o meu estômago embrulha e logo em seguida a comida sai pelo mesmo sítio que entrou.

Talvez fosse por isso que o meu corpo esteja mais cansado do que o normal...

Amora a cada dia que passa fica cada vez maior e mais inteligente. Ela continua linda com as suas manchinhas por todo o seu pelo e com aqueles olhos azuis, iguais aos meus.

Não demorou muito para que Vicenzo se apegasse a amora, acho que seria impossível não se apegar à pequena filhote pestinha. Que corre para todos os lados com uma energia imparavel.

Ela virou um pedacinho meu e ao mesmo tempo, virou também um pedacinho de Vicenzo. Em apenas trinta dias, ela se moldou em nós.

Todos os dias ela dormia comigo, ou maior parte dos dias, passava horas deitada em cima da minha barriga e as vezes até lambia aquela área. Talvez tudo para que ganhasse um pouco de carinho meu antes que pudesse também adormecer.

-Oi meu amor...- eu digo assim que a porta do elevador se abre e eu vejo aquela pestinha a abanar o seu rabinho e pular me minhas pernas
-Eu também senti saudades.- eu digo abaixando-me

Minhas mãos tocam os seus pelos macios e a minha cara fica cheia de lambidas da mesma, como se ela também dissesse que sentiu a minha falta nas horas que eu estive fora de casa.

Minha companheira...

-Tas sozinha em casa meu amor?- eu pergunto como se ela fosse me responder

Seu rabinho abana, como se respondesse que ainda está sozinha, que Vicenzo não está em casa. Porque se tivesse com certeza ela já teria ido até ele e quase empurrado ele para mim de novo.

A pestinha adora ver os seus pais juntos pelos vistos, já que sempre que ambos estamos em casa, ela rouba alguma coisa do outro e leva para onde o outro está. Como se pedisse para nós nos vermos e falarmos.

Talvez ter demostrado tanto afeito no dia em que ela chegou não tivesse sido a melhor das ideias...

Caminho em direção à cozinha, fazendo a única bebida que tenho conseguido aguentar no estômago por mais do que míseras horas. Café gelado com calda de caramelo.

A pequena filhote segue sempre os meus passos, ficando sempre por perto enquanto o café está a ser feito.
Tomo o primeiro gole, vendo se ele está bom e se não tenho que ir a correr em direção ao banheiro.

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