Com amor, Capitão Nascimento

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- Sério isso Beto? - Rosane fala me olhando. - Tá fudendo com criança agora?
- Rosane fala logo o que você quer. - Falo sério a encarando.
- Você. - Rosane fala se aproximando. - Eu que lutar por nós, quero lutar por você.

Parceiro eu estava cansado, cansado do trabalho e da porra da Rosane. Eu queria me resolver e ter uma boa relação com ela, afinal de contas ela é a mãe do meu filho.

- Não tem eu e você Rosane. - Falo me afastando.
- Você não me ama? - Ela fala se aproximando. Beto...
- Não. - Falo sério encarando a mesma. - Não te amo e se não fosse pelo meu filho, eu não ficaria perto de você!
- Beto...
- Rosane o meu filho é bem-vindo aqui, você não! - Falo aumentando o tom da minha voz.
- Tudo isso por causa da piranha que você tá comendo? - Fala soltando uma risada irônica.
- Cala a boca. - Falo me aproximando. - Você é chata pra caralho...
- Beto não fala assim...
- Cala a boca porra! - Falo mais alto que antes. - Eu não quero mais você se metendo na minha vida e muito menos aparecendo na minha casa sem avisar.
- Eu sou a mãe do seu filho Beto...
- Exatamente, não é nada além disso! - Falo abrindo a porta. - Sai!
- Beto...
- Sai. - Falo me acalmando. - Agora!

Eu estava com o pavio curto e a Rosane conseguia piorar tudo.
O trabalho me consumia cada vez mais e já tinha perdido as esperanças de achar um substituto!
O Mathias é altamente treinado por mim, mas não está à minha altura, O Neto é impulsivo e não tem como ser impulsivo no Bope parceiro.
A missão do papa estava longe de chegar ao fim assim como eu estava longe de sair do Bope.
O Bope é a ponta da lança, o braço forte, a mão pesada e uma vez que você entra nele é quase impossível sair. Eu não vou negar, sinto orgulho da minha unidade, sinto orgulho da nossa força definitiva contra a criminalidade no Rio De Janeiro mas o sistema é foda, ele pune inocentes ao mesmo tempo que protege culpados.

- Papai, eu quero desenhar. - Saio dos meus pensamentos assim que escuto a voz do meu filho.