resumo: você se machuca durante um treino para as olimpíadas e carol fala de você depois do jogo.
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— Ana Cristina no saque... — narra Luis Roberto, narrador oficial das Olimpíadas Paris 2024. — A belga falha na recepção, mas consertam e voltam pro jogo.
Todos os milhares de torcedores acompanham a bola indo de um lado para o outro, tensos. É uma partida qualificatória, Brasil na frente da Bélgica por três pontos, 17 a 14.
— Nyeme! — grita animado o narrador. — Que defesa maravilhosa da tijolada dessas belgas! Roberta faz o levantamento para nossa ponteira... É pra fazer!
Você pula tão alto que quase se vê levitando por alguns segundos e acerta a bola com toda a força que tem na mão direita.
Quando o narrador abre a boca para comemorar o ponto ganho do Brasil com sua entonação empolgada, seu tom de voz diminui drasticamente, indo de animação para preocupação.
— A S/n caiu de mau jeito. Não parece ter sido coisa boa.
— A gente pode ver a equipe médica entrando na quadra. — comenta Natália. As jogadoras da seleção estão quase montadas uma em cima da outra para tentar ver o que aconteceu com a ponteira, que está jogada no chão, chorando. — Ela tá chorando.
O clima de antes pesa em uma rapidez que deixa a equipe brasileira meio tonta.
— Parece que a S/n machucou o joelho. — volta a narrar Luis. A equipe médica coloca a ponteira da equipe na maca móvel, a levando para fora da quadra. — O jogo tá parado. Carol a acompanha até onde pode ir sem sair da quadra, Gabi conversa com Thaisa e Ana Cristina está mais ao fundo. A equipe brasileira está em choque. Infelizmente S/n está sendo levada para a ala médica, e por enquanto, está fora do jogo, até descobrirmos o que aconteceu.
ATUALMENTE
— Vemos sentada ao lado de Natinha a nossa querida ponteira, que rompeu o ligamento do joelho há dois meses atrás nas qualificatórias contra a equipe da Bélgica para as Olímpiadas. Suas muletas estão ali do lado, mas ela não parece estar usando, Natália.
— É isso mesmo. Pelo que ficamos sabendo, ela se recuperou muito rápido do machucado, porque não queria ficar de fora. — Natália responde o narrador.
Rosamaria mergulha no chão para pegar a bola e Nyeme faz o levantamento perfeito para Carol.
— Equipe dominicana tenta refazer o contra-ataque... Carol! Uma das melhores, se não a melhor, bloqueadora do mundo atualmente! — grita animado Luis Roberto. — Carol garante o vigésimo quinto ponto e leva o Brasil para a semi-final!
A equipe brasileira se junta no meio da quadra para comemorar, assim como os torcedores que gritam, assobiam e fazem muito barulho, quase que apagando totalmente a torcida dominicana que está triste com a derrota. Você corre na direção das garotas sem suas muletas.
Quando chega perto o suficiente, Carol te olha com as sobrancelhas erguidas meio desacreditada, mas ainda com um sorriso. Você deixa um beijo na bochecha da central e termina de comemorar com as garotas do time.
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— Estamos aqui com Carol, ou Carolana como é conhecida, que fez um total de seis pontos de bloqueios hoje. — diz a entrevista, minutos depois da vitória do Brasil. — Então, Carol, como se sente sabendo que vai pra semi?
Carol sorri, seus olhos se fechando um pouco.
— Muito feliz, sabendo que eu tô fazendo tudo que posso para nossa equipe conseguir a medalha de ouro que tanto queremos. — ela está um pouco suada e ofegante. — Infelizmente a S/n não tá jogando com a gente, mas a gente tá fazendo um ótimo trabalho.
— Falando nela, você pareceu bem surpresa quando ela veio correndo sem as muletas quando vocês ganharam.
— É, eu estava sim. — ela ri mais uma vez. — Bem, eu acompanhei ela durante todo o processo de recuperação da cirurgia, na fisioterapia e sei que o que ela passou foi bem complicado. Então vê-la bem, mesmo que por fora do jogo, esquenta meu peito, sabe? E saber que ela está torcendo e mandando todas as energias positivas pra gente é algo que me traz mais forças pra continuar aqui. Nós somos muito amigas fora da quadra e sei que ela tá muito orgulhosa pelo que estamos fazendo. Além de querer trazer a medalha e estar representando o Brasil, também estamos fazendo por ela.
— Lindo isso, Carol. — comenta a entrevistadora. — Muito obrigada e boa sorte na semi-final. Todos nós estamos torcendo por vocês.
— Obrigada. Um beijo pra minha família, minha avó e pra S/n. — Carol manda beijinhos na direção da câmera e se afasta, sumindo da câmera.
