resumo: gabi sente ciúmes de você durante uma entrevista.
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O vitória do Brasil contra a Argentina deixava a torcida em euforia. A quadra ainda vibrava com a energia da recente vitória, e os gritos de comemoração ecoavam pelo ginásio.
Você, ainda com a respiração pesada e um sorriso orgulhoso no rosto, foi convidada para uma entrevista. No canto da quadra, uma entrevistadora te aguardava com um microfone em mãos e um sorriso iluminando o rosto.
— Parabéns pela vitória, S/n! Você foi incrível hoje! — elogia a mulher antes de realmente começar com as perguntas. — Vocês estavam esperando essa vitória de hoje?
Você abre um sorriso, olhando para a câmera e depois para a entrevistadora.
— Sendo sincera, eu estava sim. — você não quer ser convencida, mas teve que contar a verdade. — Nós estudamos muito o time argentino e estávamos preparadas. Eu não aceitaria perder para a Argentina, de qualquer maneira.
A entrevistadora solta uma risada. Poderia ter sido uma risada curta, mas durou mais tempo do que o necessário. Você sorri levemente, somente para acompanha-la.
— Não podemos deixar de notar o quão impressionante você foi em quadra hoje. Você tem algum segredo que queira compartilhar com a gente, de onde sai todo esse talento?
— Obrigada. — você sorri. — Bem, na verdade o segredo é só treino e dedicação. E claro, uma equipe incrível ao meu lado.
— E como você consegue ser tão talentosa e ainda ter tempo para cuidar tão bem de si mesma? — você não entende muito o que ela quer dizer, franzindo as sobrancelhas em um ato confuso, inclinando a cabeça para tentar ouvir melhor.
— Desculpe?
— Eu digo.. — a entrevistadora limpa a garganta antes de continuar. — Fora das quadras você continua linda. Você deve ter muitos admiradores... e admiradoras.
Você semicerra os olhos na direção da mulher, querendo entender se ela estava tentando flertar com você.
— Ah, é tudo questão de equilíbrio. Faço o meu melhor dentro e fora das quadras. — você responde, sem saber exatamente se era isso que ela queria saber.
A entrevistadora parece um pouco decepcionada, mas o sorriso nunca sai do rosto dela. Um sorriso carregado de intenções.
— Você é realmente especial, S/n. Alguém tão carismático quanto você deve ter uma vida social igualmente fascinante. — comenta. Você começa a se sentir desconfortável com essa entrevista, essa quantidade de elogios direcionados somente a você e não ao e time a vitória não era uma coisa que te agradava. — Você costuma compartilhar essa energia encantadora com alguém em particular? Ou talvez, você tenha algum tempo livre para um jantar? Seria um prazer continuar a conversa em um ambiente mais descontraído.
Você franze o cenho mais uma vez, sem ter certeza que ouviu certo. A entrevistadora tinha chamado você para jantar da forma mais descarada possível ou você estava levando as coisas para o lado errado?
Você solta uma risadinha nervosa, desconfortável. Você estava esperando uma entrevista profissional, mas estava recebendo uma moça flertando com você, mesmo que o seu relacionamento com Gabi fosse público e todos soubessem que vocês estavam namorando.
— Eu costumo compartilhar com alguém sim. — você está prestes a dizer que essa pessoa é Gabi quando a entrevistadora volta a dizer, te interrompendo.
— Essa pessoa deve ser muito sortuda. Ter você ao seu lado deve ser-
A entrevistadora é interrompida quando Gabi aparece ao seu lado de repente. A capitã do time tem um sorriso modesto no rosto e ao colocar a mão na parte de baixo das suas costas, ela não precisa dizer nada para a entrevistadora calar a boca em vergonha.
— Desculpe a intromissão. — Gabi sorri falsamente para a entrevistadora e para a câmera a frente de vocês. — Mas respondendo a sua pergunta: sim, a pessoa, que no caso sou eu, é muito sortuda por ter uma pessoa como a S/n por perto. O nosso jantar de comemoração já está marcado para hoje a noite e eu agradeceria se continuassémos a falar sobre o desempenho da equipe.
Você se sente tão envergonhada com a resposta de Gabi que seu rosto inteiro esquenta no próximo segundo. A mão dela continua possessivamente nas suas costas e ela não pretende tirar de lá tão cedo. O sorriso que começa a crescer no seu rosto não para até quase alcançar as orelhas.
A entrevistadora, um pouco desconcertada com a resposta e atitude de Gabi, solta uma risadinha nervosa numa tentativa de recuperar a compostura. Não demora muito para ela encerrar a entrevista sem mais informações interessantes a adicionar.
Você e Gabi mal saem de perto das câmeras quando você se vira para ela.
— Ciúmes, amor?
Ela solta uma risada, passando a língua entre os lábios.
— Ela estava sendo incoveniente. — responde, ainda com um sorrisinho. — E achava que você estava solteira.
— Engraçado... — você estende a sua mão na frente dos olhos. Gabi acompanha o olhar. — Não vejo nenhuma aliança no meu dedo, capitã. — é claro que você só está sendo irritante de uma forma provocaria.
