27 | carolana

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resumo: sua esposa te dedica a medalha de ouro. - parte 2.

pedido feito por: juptx_

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O céu estava nublado, e um vento leve soprava, agitando suavemente as folhas das árvores ao redor. O cemitério, silencioso e solene, parecia ser o único lugar onde o tempo havia parado, alheio à euforia e ao barulho das comemorações da vitória de dias atrás, em Paris. Agora, no Brasil, Carol caminhava lentamente entre as lápides, a medalha de ouro pendurada em seu pescoço, balançando a cada passo e um buquê de rosas nas mãos.

Sua esposa parou em frente a uma lápide de mármore branco, simples. As letras gravadas no mármore diziam "S/n", e logo abaixo, uma frase que Carol conhecia de cor, mas que sempre fazia seu coração apertar ao ler: "Para sempre em nossos corações".

Sua esposa deixa um suspiro trêmulo escapar, lágrimas já começando a se juntar no canto dos olhos. Carol se ajoelha, deixando as flores em frente a lápide, e respira fundo, tentando encontrar as palavras.

— Ei, amor. Consegui. — Carol começa, a voz quase um sussurro, carregada de dor e amor. — Nós conseguimos.

Carol tira o colar do pescoço e deixa ao lado das flores, no chão de terra e grama.

— Olha... — disse, tentando sorrir, mas o sorriso falhou e se transformou em uma expressão de luto. — Essa vitória é sua. Eu fiz tudo isso por você. Porque eu sabia que você sempre acreditou em mim, mesmo quando eu não acreditava mais.

Carol abaixa a cabeça, as lágrimas molhando o seu rosto. Ela sentia tanto a sua falta que seu coração quase explodia de dor.

— Você sempre me disse que estaria lá. Na primeira fileira, sorrindo e torcendo por mim. — ela faz uma pausa para tentar respirar. — Mas você não estava. Eu olhei para a arquibancada sempre que fazia um ponto. Eu te procurei entre a torcida, mas você não estava lá.

Carol coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha, encarando a lápide com os olhos tristes.

— Se lembra quando você me fez prometer que ia ganhar a medalha de ouro? E que quando eu ganhasse, a gente ia tirar umas férias, ir pro Caribe... — Carol sorri levemente ao se lembrar. — Ia ser o melhor momento da minha vida. Passar as férias ao lado da minha mulher.

Com um suspiro, sua esposa sente as forças do corpo acabarem. Ela se senta desajeitadamente em frente a lápide, ainda chorando.

— Jogar sem você na torcida, voltar para casa sem você. Tudo dói tanto... Eu sinto muito a sua falta, amor. Eu daria tudo para ter você de volta, nem que fosse por um segundo, só para te mostrar essa medalha, só para te ouvir dizer que está orgulhosa de mim... — naquele momento, Carol desejou desesperadamente que pudesse sentir o seu toque uma última vez. Ouvir a sua voz, sentir o seu abraço.

— Eu te amo tanto, amor. — ela murmura, a voz quebrada pela dor. — E eu sempre vou te amar. Nada do que eu faça vai mudar isso. E essa vitória... essa medalha... tudo isso é para você. Porque sem você, nada disso faria sentido.

Carol continuou sentada ali, em silêncio, as lágrimas molhando o chão enquanto o vento ao redor parecia sussurrar palavras de conforto que ela mal conseguia ouvir. A sensação de perda era esmagadora, e sua esposa se permitiu sentir cada parte dela, porque sabia que era a única maneira de te manter viva na memória.

Depois de um longo tempo, Carol finalmente se levantou. Ela olhou para a medalha uma última vez e, com um gesto delicado, pendurou-a na lápide. O ouro brilhou contra o mármore branco e sua esposa sorriu.

— Isso é seu... sempre foi seu. — sua esposa sussurra, passando a mão pela medalha antes de se afastar. — Eu prometo que vou continuar, por você. Mesmo que não esteja ao meu lado me apoiando e torcendo por mim, eu sei que você nunca ia querer que eu desistisse do meu sonho. Você sempre vai estar comigo e eu vou fazer questão disso.

Com um último olhar para a lápide, Carol se levanta.

— Eu te amo pra sempre.

E então se vira e começa a caminhar para fora do cemitério. O peso da perda ainda estava lá e talvez Carol sentisse isso para sempre. Ao menos ela tinha cumprido a promessa e sentia um pouco de realização por isso. Mesmo que você não estivesse fisicamente presente, seu amor e apoio continuariam a guiá-la para sempre. Carol sabia disso.

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preciso escrever uns
caps felizes dps dessa
depressao aqui

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