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O treino havia terminado há alguns minutos e seu pai já tinha liberado as garotas para irem embora. Como sempre, você ficava mais tarde com ele para terminar de guardar os equipamentos, bolas e apagar as luzes e ginásio, para finalmente poder embora também.
— Filha, pode apagar as luzes dos corredores e vestiários, por favor? — você ouve a voz do seu pai. Ele está de costas para você, anotando alguma coisa na prancheta e concentrado no que está fazendo.
Você não responde, somente segue o caminho, apagando as luzes pelo corredor, banheiros, escritório. Quando chega ao vestiário, você está quase apagando a luz quando ouve um barulho de algo caindo no chão e um xingamento. Você fecha a porta atrás de você.
— Oi? — você pergunta, chamando atenção de qualquer pessoa que estivesse ali.
Gabi passa por entre os armários fechados, parando na sua frente há alguns metros de distância. Ela está usando um chinelo preto, um shorts preto confortável e um top também preto. Nos ombros, uma toalha branca.
O cabelo dela está solto e meio úmido, os cachinhos meio definidos.
— O que você ainda tá fazendo aqui? — você pergunta.
— Eu estava tomando banho. — responde no mesmo segundo.
Seus olhos descem pelo corpo dela, focando especialmente no abdômen definido, que só mostrava o quanto ela treinava. Você morde o lábio inferior sem nem mesmo perceber.
— Quer tirar uma foto ou prefere guardar na memória? — a voz provocativa de Gabi te tira de seus pensamentos impuros, te trazendo de volta para a Terra. Você limpa a garganta e cruza os braços, olhando-a nos olhos.
— Você se acha, né?
— Eu não me acho, eu sou. — ela dá alguns passos na sua direção. Você não recua, suas costas quase grudadas na porta de madeira. — Você acabou de confirmar.
— Seu ego é insuportavelmente alto. — ela não estava mentindo sobre ser tudo isso e mais um pouco, mas você não podia aumentar ainda mais a autoestima dela.
— É autoconfiança, linda. — Gabi já está na sua frente quando volta a falar. Agora de perto, você consegue sentir a fragrância pós banho do sabonete dela e um toque de perfume que deixa hipnotizada. — Você devia testar.
— E você já pode ir embora. — você tenta se manter firme, fracassando totalmente. A boca vermelhinha de Gabi está tão próxima da sua... ela está tão perto. Seu auto controle escapa das suas mãos sem você perceber.
Gabi faz uma careta, negando com a cabeça.
— Eu queria fazer uma pergunta. — ela comenta.
— Não quer, não. — você devolve. Você está quase pulando em cima dela nesse vestiário e ela sabe disso, por isso continua tão perto.
— Quando é que você vai me beijar? — questiona, ignorando o seu comentário. Você arregala levemente os olhos, esperando qualquer coisa, menos isso. Gabi está te olhando, mas não é aquele olhar de provocação ou convencimento. Ela está te admirando com um brilho próprio no olhar.
— Eu estava contando que você fizesse isso primeiro.
Gabi não hesita, não espera um segundo a mais, não enrola. Ela puxa seu rosto na direção dela e gruda os lábios nos seus.
O beijo começou suave, mas Gabi não é o tipo de mulher que é paciente. Ela aprofunda o beijo, pousando as mãos na sua cintura e te puxando mais para perto.
Você suspira quando ela aperta a carne da sua cintura, uma das mãos levantando levemente a sua camisa e passando por debaixo do pano. Você quase suspira contra a boca, tendo que se controlar muito para não fazer nenhum barulho nesse vestiário silencioso.
Quando você se afasta com falta de ar, Gabi segue o beijo, não querendo tirar a boca da sua. Você coloca a mão na mandíbula dela com firmeza, a impedindo de continuar o movimento.
— O meu pai pode chegar a qualquer momento. — você murmura contra a boca dela. Gabi está um pouco ofegante, te olhando como uma boba apaixonada. As mãos dela continuam na sua pele debaixo da sua camisa, fazendo um carinho lento que faz seu corpo arrepiar.
— E daí?
Você solta uma risada.
— Não se faça de boba.
— Ele me adora. Eu sou a favorita dele. — ela responde, sem se importar. Gabi morde o seu lábio inferior, deixando um selinho na sua boca em seguida. — Acho que já posso me apresentar como nora dele.
Você ri de novo, sem acreditar na audácia dessa mulher.
— Não precisa se preocupar com o seu pai. — ela assegurar, o semblante agora mais sério. — Eu lido com ele.
— Sua coragem me impressiona, mas realmente é bom a gente pegar leve. — você diz em resposta. Gabi solto um bufo, mas assente, sem querer render esse assunto.
— Você quem manda. Podemos continuar o que estávamos fazendo?
Você ri, sem acreditar, e puxa o rosto de Gabi na sua direção em um beijo mais uma vez.