23 | rosamaria

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resumo: rosamaria sente ciúmes de você em uma festa.

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Na pista de dança iluminada da boate de Paris, você balançava o corpo numa energia contagiante, completamente imersa na música. Seus movimentos sensuais e a confiança que você exalava chamavam a atenção de todos ao redor. Você estava dançando até então com Gabi, mas ela se afastou para ir ao banheiro e beber alguma coisa, te deixando sozinha no meio da boate.

Rosa estava ao longe, sentada no banquinho do bar, conversando com Carol. Ou pelo menos era o que você achava. O olhar da mulher estava colado em você o tempo todo.

Cruzando o espaço da pista de dança, sua esposa se aproxima de você sem que você perceba. No próximo segundo, você sente uma mão colar na sua cintura e um corpo se posicionar atrás do seu.

— O que você tá fazendo? — a voz sussurrada de Rosa chega aos seus ouvidos. Você sorri e calmamente toma um gole da bebida que segurava antes de responde-la.

— Dançando. — você responde, óbvia. Você ainda está balançando o quadril de um lado para o outro. Sem muitas opções, Rosa faz o mesmo, acompanhando seus movimentos.

— Não acha que já tá na hora de parar?

— Eu não. Você acha? — você sente o aperto de Rosa na sua cintura se intensificar antes de ela colar ainda mais o corpo no seu. Você sente suas costas grudadas no peito dela.

— Acho. Você tá chamando muita atenção aqui. — ela volta a dizer. Volta solta uma risadinha.

— Tá com ciúmes, Pink? — você pergunta.

— Não. Só estou protegendo o que é meu.

Você sente seu coração bater mais rápido. Se você soubesse antes o quão atraente Rosamaria fica com ciúmes, você a provocaria mais vezes somente para a ver séria.

— Quem disse que eu sou sua? — você fala mais uma vez. Rosa aperta a sua cintura e em um movimento, vira o seu corpo, você ficando de frente para ela.

Rosa está te olhando com a feição ainda séria, a mandíbula levemente trincada. As pupilas dela estão dilatadas na sua direção.

— Eu disse. — responde. — E acho melhor você parar de rebolar a bunda pra todo mundo.

— Ou o que, amor? Você vai me sequestrar e me manter em cativeiro?

Um sorriso de canto enfeita o rosto dela.

— Não é uma ideia ruim. — ela dá de ombros. As duas mãos dela estão na sua cintura de uma forma possessiva. Ela realmente quer mostrar a todo mundo que estava observando você dançar que você pertence a ela, e a ela somente. — Mas, sinceramente, eu acho melhor eu e você sairmos daqui.

Você faz um bico nos lábios, fingindo estar triste.

— Agora que estamos na melhor parte? Não mesmo.

— Isso não foi uma pergunta.

Você definitivamente não esperava pela resposta dela. Suas sobrancelhas se arqueam em surpresa, sua boca levemente aberta sem sair nenhum som.

— Sabe, esse papo de ciúmes possessivo não é uma coisa muito saudável. — você comenta. Rosa ainda está te encarando, a cada segundo que passa o rosto mais próximo do seu. Ela sorri minimamente.

— Não é sobre ciúmes possessivo. É questão de você ser minha e eu estar ficando puta com esses caras te comendo com o olhar.

Você sorri, olhando em volta só para confirmar o que ela está dizendo. Os caras - e algumas garotas - que estavam te olhando com segundas intenções já não estão mais, porque Rosamaria está fazendo questão de ficar colada em você nesse momento.

Você não diz nada quando volta a encarar as orbes claras da sua esposa. Rosa sobe uma das mãos para o seu rosto e te puxa. Ela morde a sua boca e inclina o rosto na direção do seu pescoço. Você se arrepia quando ela deixa um beijo molhado na sua pele sensível.

— Você é minha. — ela sussurra contra a sua pele. Você se segura muito para não deixar nenhum som de satisfação sair pela sua boca. — Repete.

— Eu sou sua.

Você sente o sorriso dela contra o seu pescoço e uma mordida leve na pele em seguida.

— Vamos sair daqui.

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