Os moradores de Londres acordaram surpresos com o clima mais frio que chegara de repente. O sol estava cobertos por nuvens negras, que deixavam toda a cidade mais escura que o normal. As carruagens andavam pelas ruas com tranquilidade, já os caminhantes aguardavam com ansiedade e um pouco de nervosismo pela chuva. E enquanto tomavam café, os Ashford conversavam várias coisas ao mesmo tempo. Lady Catherine resolvendo assuntos com Edward, William conversando com Julian sobre a escola, Eleanor tentando parar a discussão prolongada entre Benjamin e Charlotte e Isabella os observava com um sorriso, admirando a união adorável entre a família.
Isabella sempre se achou sortuda por ter tido uma família tão incrível quanto essa. Pessoas unidas, que se apoiam e se protegem de qualquer coisa. E mesmo após a morte do duque, eles continuaram juntos, não deixaram que o luto acabasse com um amor tão genuíno. Mas o momento admiração não dura muito, a briga entre Charlotte e Benjamin começa a incluir comida, e um pedaço de torrada acaba sendo jogado na cara de Isabella, que arregala os olhos na direção dos irmãos mais novos.
- Benjamin e Charlotte Ashford! Parem imediatamente com essa briga de vocês antes que eu os coloque para comer do lado de fora. - Catherine chama a atenção dos dois, que param imediatamente com a discussão e se sentam, quietos como santos.
- Vocês dois estão com algum tipo de perturbação mental? Por que estavam brigando desse jeito? - Edward pergunta com a xícara nas mãos.
- Charlotte me chamou de frouxo!
- Mentira! Foi você que me chamou de maluca desleixada. - Benjamin revira os olhos para a irmã e cruza os braços, a menina se encosta da cadeira e fica quieta com a cara emburrada.
- Não quero saber que tipos de apelidos vocês colocaram uns nos outros! Apenas parem de jogar comida e de brigar feito loucos. - Edward os repreende, dando fim a discussão. Os irmãos mais novos voltam a atenção para a comida a sua frente.
Isabella encosta os dedos no rosto, no exato local onde o pedaço de torrada a acertou. Ela segura sua xícara e coloca a porcelana quente nos lábios, a mesa ficou em um completo silêncio, e a mulher não via a hora de alguém quebra-lo. E por incrível que pareça, quem foi o primeiro a interromper o silêncio foi Benjamin, que olho para a irmã e disse:
- Me desculpe por chama-la de maluca. - Isabella encara o irmão confusa, não conseguindo se lembrar de quando o garoto pediu desculpas por alguma de suas travessuras.
- Me desculpe também, por chama-lo de frouxo. - Charlotte diz sorrindo, Benjamin pega um pedaço da sua torrada e entrega para a irmã, que perdeu a dela no meio do caos.
Catherine encara os filhos curiosa, tentando decifrar se os pedidos de desculpas são reais ou apenas alguma brincadeira deles. Mas após os dois começarem a agir como se nada tivesse acontecido, a mulher decide dar um voto de confiança e prosseguir conversando com Edward.
Isabella olha para William, que está comendo um pedaço do bolo de baunilha e tomando chá por cima. O irmão percebe se olhar e engole a comida, aproveitando para dizer:
- Que horas você vai ajudar na feira da rainha? - todos escutam querendo saber a resposta da mulher. Isabella bebê mais um gole do chá quente e responde a pergunta.
- Lady Fairfax disse em sua carta que viria me buscar para irmos juntas, então terei que espera-la. - a família aceita a resposta e voltam a conversar entre si, Isabella se redireciona para Eleanor, afim de perguntar algo a irmã. - E você e o príncipe? Vocês passaram os últimos dois dias se encontrando, vão se ver hoje novamente?
- É bem provável, ele é bem pontual, então se disser que irá me ver hoje a tarde com certeza ele virá. - a irmã mais velha está comendo um pedaço pequeno de bolo, acompanhado com o chá doce ao seu lado. Dois dias se passaram muito rápido, e o tão esperado dia de começar o projeto de caridade da rainha chegou. Mas enquanto Isabella trabalha é bem capaz de sua irmã estar passeando com o príncipe por algum lugar.
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𝑨𝑴𝑶𝑹𝑬𝑺 𝑬 𝑹𝑨𝑵𝑪𝑶𝑹𝑬𝑺 | 𝐎𝐒 𝐀𝐒𝐇𝐅𝐎𝐑𝐃 - 𝟏
Romance| " Ela o desejava, e odiava sentir algo tão profundo por ele que não fosse ódio. Ela precisava odia-lo, não poderia sentir algo além por alguém com ele... Mas por que sua respiração parava só de estar ao seu lado?" | 𝐄𝐌 𝐌𝐄𝐈𝐎 𝐀𝐎 𝐄𝐒𝐏𝐋...