Capítulo 32 - DELEGACIA

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Joaquim havia tido certa dificuldade para conseguir dirigir o carro novo e todo automatizado de Felipe enquanto o Sr. Estouradinho seguia na viatura policial, mas felizmente ele e as crianças haviam conseguido chegar bem até a delegacia. Agora, ele estava sentado em uma longarina, Felipe ao seu lado com os braços sobre as pernas enquanto esfregava a mão direita com a esquerda.

— Deixa eu ver isso — Joaquim puxou a mão dele, vendo que os nós dos dedos estavam vermelhos. — Você achou mesmo um cara de pau dessa vez hein?!

Felipe virou o rosto, olhando para ele, e não conseguiu se segurar, caindo no riso.

— O que teria acontecido se a gente não chegasse a tempo? — ele perguntou de repente, soando sério demais.

— Você o salvou, Felipe — Joaquim afirmou. — Isso que importa!

Os dois olharam para o lado, onde dois policias conversavam com Rebeca e Nikolai, falando sobre o programa educacional de resistência às drogas.

— Eles estão mesmo apresentando o proerd para o filho de um mafioso? — Felipe perguntou, e os dois caíram na risada.

Um momento depois um policial se aproximou, trazendo um saco plástico com um pedaço de papel dentro.

— É o seguinte — disse, Joaquim e Felipe se levantaram na mesma hora. — Ele tinha um bilhete assinado pela mãe do garoto...

— NIKOLAI! — o grito veio da entrada da delegacia, quando um homem e uma mulher entraram.

Felipe assistiu enquanto o irmão e a ex-cunhada entravam juntos no prédio, ambos parecendo absurdamente afobados.

— Tô estudando contra as drogas! — Nikolai respondeu, e voltou a se virar, para prestar atenção nos policiais.

— O que aconteceu? — Aleksei parou ao lado do irmão, olhando dele para o policial. — Nós somos os pais do Nikolai!

Felipe permitiu que o oficial explicasse tudo.

— Um homem tentou sequestrar o filho de vocês. Pelos documentos o identificamos como Renato Alvarez Silva, sem qualquer passagem anterior com a polícia. Ele não quis falar nada, mas a professora nos entregou esse bilhete.

Aleksei pegou o saco plástico e o encarou.

— Você assinou isso, Sara? — ele mostrou o bilhete a ela.

— É a minha assinatura, mas eu não assino nada a semanas! — ela o encarou, assustada.

— Por favor, me acompanhem para que possamos finalizar o boletim de ocorrência!

— Fica de olho nele, tá bom?! — Aleksei disse, apertando o ombro do irmão, antes de seguir com o policial e a ex-esposa para uma sala.

O padeiro e o mafioso júnior voltaram a se sentar. Agora, Rebeca e Nikolai estavam tirando fotos com os policiais, usando bonés com o brasão da polícia civil.

— É muito legal ver como é a relação de vocês três — Joaquim disse de repente.

Felipe virou a cabeça, o encarando com um sorriso.

— Culpa da nossa avó — ele contou. — Ela sempre sonhou em ter uma filha, mas nunca conseguiu, e nem mesmo netas, então acho que canalizou o que queria naquilo que teve, aí a gente cresceu sendo bem carinhoso. Embora o Aleksei seja muito mais do que eu, ele é um poeta.

Joaquim soltou um risinho.

— Então além de mimado você também cresceu com um pai carinhoso? Isso é meio injusto!

KravtQuim - Máfia e Pão (Romance gay hot)Onde histórias criam vida. Descubra agora