#25 - Os Quartos

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**Capítulo dedicado a @Escritora_Teen

- Quem é você? - Pergunta Jonh.
- Natasha. - e ela sai das sombras. - Ajudarei vocês.
- Que bom.
- Estamos sem armas -Falo. - E ainda temos que voltar e libertar Felipe.
- Opa, isso vai nos atrasar. - Diz Natasha.
- E onde está Bela? - Pergunta Will. Jonh completa:
- É, ela pode ajudar.
- Ajudar? Ela será um problema. Vamos ter que salvá-la também, das maldades de Alice.
- O castelo é grande.
- Mas aqui não estão todos os guardas, só uma parte. A maioria ficou no País Diabólico, já que a viagem até o da Bela era longa.
- País diabólico? - Raquel ri. - Tem razão.
- Então...vocês acham que conseguimos dominar o castelo?
- Nosso maior impedimento é Alice. Ela é uma feiticeira e tanto.
- Ah. Na hora damos um jeito. - Fala Raquel. Não é a melhor resposta, mas é a verdade: não sabemos de nada por enquanto. Ela continua:
- Uma coisa de cada vez: primeiro, vamos soltar Felipe.

Fomos andando até o fim das masmorras. Até que encontramos uma escada em caracol, e três guardas antes delas.
- Vamos ser rápidos, pra eles não gritarem e alertarem outros.
Basicamente, Raquel lança raios em dois, que desmaiam. Natasha passa a espada longa em um, que cai. Sem sangue, sem caretas de dor. Eles são cartas, é como cortar papel.
Will pega uma espada fina e longa de um guarda, Jonh pega outra e eu outra. Tecnicamente, somos os mais fracos em magia. Tinker pega um molho de chaves com um deles, e entrega a Raquel, que volta para destrancar seu marido. Descemos a escada sem ela, e rapidamente acabamos numa sala mal iluminada e vazia com uma passagem na frente, uma passagem sem porta que dava pra um corredor cheio de quartos. Mais guardas.
- Deve ter algo importante nesses quartos - Diz Raquel. São vinte guardas. O corredor é largo.
- Devagar. - Diz Natasha. Ela vai colada na parede, chega na curva onde o corredor começa, entra e grita:
- O cão infernal está solto! Socorro! Salvem-se!
- Aaaah! O cão está solto!
- E agora?
- Corram!
Então os guardas não fizeram mais nada. Só correram.
- Eles sabem manejar armas e tem a quantidade ao seu favor, mas não pensam direito quando estão assustados. O medo fala mais alto - E ela coloca uma mecha do cabelo curto trás da orelha.
- Acho que seu plano não vai dar muito certo não, Natasha. - Começa Will.
- Porquê? Eles fugiram. Estamos livres.
- Pra onde você acha que eles vão? Avisar Alice!
- Merda...
- Will tem razão...- Falo.
- Calma - Jonh fala, e Tinker completa: - Não adianta chorar o pó mágico derramado. - Me surpreendo com a expressão. Já estou a tanto tempo nesse mundo mas ainda estou longe de conhecer tudo.
- É. Por enquanto, vamos dar uma olhadinha nos quartos - Fala Tinker.
As portas estão empoeiradas e com rachaduras. As paredes da maior parte do castelo também estão assim.
Eu abro o primeiro, Jonh o segundo, Natasha o terceiro, Tinker e Will os dois primeiros da parede oposta. A maioria são quartos de dormir (abandonados) ou depósitos.
Mas tem uma porta que logo se destaca: Sem poeira, sem rachaduras. Uma porta novinha em folha.
Nos entreolhamos. Giro a maçaneta. Trancada.
- Tem coisa aí...- Comenta Jonh.
- Vocês parecem menininhas. - Fala Natasha, que pega impulso e dá um chute na porta com sua bota de cano alto.
Ela se escancara.
E a cena que se segue é simplesmente deprimente.
Uma mulher, sentada de costas pra nós, de cabelo preto liso e longo, um vestido verde escuro. Ela colocava as mãos na cara e chorava. Ficamos em silêncio, meio chocados.
- Será a Bella? - Pergunta Will, muito baixo, para ela não ouvir.
- Acho que sim - Fala Jonh.
- O que faremos agora? - Pergunta Natasha.
- Por favor, parem de cochicar aí. - Fala ela, ainda de costas, com uma voz trêmula.
- Vocês...arrombam a porta do meu quarto e, ainda, acham, que eu não...percebi? -
Gelamos.
- Desculpe - Fala Tinker. - Você é a Bella certo? - E se curva.
- É o que dizem...agora...nem sei mais. Levante-se, eeu, não,mereço, reverêeencias de ninguém! - Ela fala soluçando, se irrita, e aumenta o tom de voz no final.

Continua...

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