Capítulo 25

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— Está cansado? — pergunta Apolo depois de muito tempo em silêncio abrindo, fechando e respondendo e-mails. Não o questiono por isso, afinal com a quantidade de e-mails que vejo em sua caixa de entrada, eu também me preocuparia em responde-los.

— Não — respondo sem erguer a cabeça do seu ombro. No rádio, toca uma música baixa e agradável.

O que digo não é mentira. Acontece que a expectativa só me deixa ainda mais em alerta, sem falar que dormi um pouco no voo.

Pegamos o avião em Guarulhos às 11h00, fomos até Porto Seguro, onde já havia um homem simpático e sorridente esperando para nos levar de carro até o restante do caminho.

Assim que saímos do aeroporto entendi porque Apolo me pediu para usar um short e camisa fina. O calor aqui é forte, mesmo durante a noite, mas pelo menos está ventando.

Do aeroporto fomos até um distrito chamado Arraial D'Ajuda, onde o carro foi atravessado por uma balsa até o outro lado de um rio que segundo Marcos, que é o nome do motorista, se chama Buranhém, de onde estamos segundo viagem há mais de meia hora.

Apolo vem mexendo no celular a maior parte do caminho, totalmente concentrado nos seus e-mails intermináveis.

— Já chegamos! — anuncia Marcos entusiasmado quando estaciona o carro.

Alguém abre a porta do carro para do meu lado, salto e dou de cara com um homem alto, moreno e sorridente.

— Seja bem-vindo ao Hotel Villas de Trancoso.

— Obrigado!

O carro foi estacionado diante de uma casa bonita que de fora me transmite uma mistura de simplicidade e sofisticação, com telhado de piaçava, paredes amarelas e muito verde em volta.

Olho em volta maravilhado. Por onde meus olhos passam vejo verde. O lugar é cercado por plantas coloridas, palmeiras e árvores. Uma jaula verde parece preservar a beleza contida aqui.

Aos meus pés, uma estrada de paralelepípedos vai até certa parte, onde o caminho muda para grama com madeiras que formam uma trilha até a casa mais próxima. Vejo que ao redor existem outras casas e uma enorme piscina de águas cristalina com diversas espreguiçadeiras e guarda-sol.

Do outro lado dessa piscina há um lugar coberto com um teto de piaçava com sofás, onde um casal jovem está abraçado e feliz.

Algumas pessoas circulam perto da piscina e outras transitam pelo gramado tranquilamente. Todas usando roupas leves e apropriadas para o lugar.

Ouço o barulho do mar, mas não consigo vê-lo. As luzes ao meu redor iluminam ainda mais meus olhos.

Sinto a mão firme de Apolo em meu traseiro, deixando um aperto firme, me fazendo virar para encará-lo.

— Esse lugar é lindo, não é? — indaga com um sorriso descarado no rosto.

Olho para os homens ao nosso redor, contudo nenhum deles parece ter notado que estou sendo atacado aqui.

— É maravilhoso! — Sorrio para ele.

— Que bom que gostou, Alexandre. — Torna a me apertar, dessa vez de uma forma mais lenta e gostosa, mas em seguida ele passa a palma pelo meu traseiro inteiro, parecendo inspecionar se ainda tenho bunda.

O homem que nos recebeu pega as duas malas pequenas que trouxemos e nos guia até a recepção do hotel. A mão de Apolo sobe até o meio das minhas costas enquanto fazemos o check-in com uma moça bronzeada e sorridente.

O interior da recepção é claro com paredes brancas, com muita decoração de madeira e teto alto.

— A Villa Sky já está pronta e espera pelos senhores, tenham uma ótima estadia. Felipe vai acompanha-los até lá.

GUIANDO O PRAZER (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora