A aldeia estava em ruínas, as casas queimadas e destroços espalhados pelo chão. O cheiro de madeira queimada e carne carbonizada ainda pairava no ar, criando um cenário de desolação total. Um grupo de soldados vasculhava o local em busca de sobreviventes, mas suas expressões revelavam pouca esperança.
O capitão guerreiro olhou ao redor, sua expressão marcada pela tristeza e frustração. “Isso é muito triste, não conseguimos chegar a tempo.”
O vice-capitão, com a testa franzida em preocupação, respondeu: “Ainda não sabemos quem está fazendo isso.”
Gazef Stronoff, o capitão guerreiro chefe, estreitou os olhos enquanto examinava os arredores. Sua voz carregava um tom de urgência e determinação. “É melhor nós chegarmos logo à próxima aldeia.”
Enquanto isso, ocultos nas sombras próximas a outra aldeia, estava um grupo de soldados pertencentes à elite da Escritura da Luz, da Teocracia Sleide. Eles observavam silenciosamente, suas auras sinistras contrastando com a calma do ambiente.
O capitão das Escrituras da Luz, Nigun Grid Luin, com um sorriso sádico em seu rosto, sussurrou para seus homens. “Falta pouco tempo até matarmos o capitão guerreiro.”
Os soldados ao seu redor trocaram olhares maliciosos, suas mãos firmemente segurando suas armas, prontos para o embate que se aproximava. A tensão no ar era palpável, enquanto o plano nefasto se desenrolava, prometendo mais destruição e caos.
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Traumarei Maurei, outrora Jotaro, refletia em seu quarto sombrio, uma câmara de pedra e aço iluminada por brasas mágicas que flutuavam no ar, projetando sombras dançantes nas paredes. Ele se encontrava sentado em um trono improvisado, uma cadeira de madeira escura e robusta, que havia encontrado em um canto da vasta fortaleza onde sua guilda havia sido transportada. Seus dedos tocavam levemente a máscara de três olhos que agora adornava seu rosto, um item mundial de poder inigualável.
Enquanto seus companheiros exploravam e testavam suas habilidades, Traumarei Maurei sentia-se inquieto. A situação era completamente nova, e a incerteza era uma constante que ele não podia ignorar. Embora ele tivesse uma vida confortável no mundo anterior, agora, ele precisava encontrar seu lugar neste novo ambiente, onde seu avatar era uma entidade poderosa, capaz de feitos inimagináveis. Suas habilidades e itens, antes virtuais, agora tinham um impacto real. Ele relembrou seu título —O Inimigo Mundial, e como ela havia devastado uma clareira no 6ª andar, um lembrete tangível de seu poder destrutivo. Ele também ponderou sobre sua habilidade passiva, que o teleportava automaticamente para uma posição segura antes de ser atacado. Esse reflexo automático lhe dava uma sensação de segurança para qualquer perigo.
“Bem, já faz quarto dias que viemos para aqui... Talvez Nubo já tenha descoberto alguma coisa interessante...” pensava Traumarei Maurei, imaginando Nubo, o 'olho' da Guilda, que tinha as melhores habilidades mágicas para adivinhação e exploração de longa distância.
Nubo era um heteromorfo sem cabeça, cuja boca e olhos estavam na região da barriga.
Ele utilizou o anel da guilda para se teleportar e foi em direção à sala pessoal do 'líder' da Guilda, Momonga.
“Traumarei-sam— Traumarei, que bom ver você. Nubo-san acaba de encontrar uma aldeia,” disse Momonga, o overlord, uma criatura esqueleto morta-viva desprovida de pele e carne, vestido com um elaborado traje acadêmico de duas partes: a primeira dourada e a segunda preta, adornada com bordas douradas e violetas. Ele usava uma coroa e segurava o Cajado da Guilda. Uma orbe vermelha escura flutuava sob suas costelas, um item mundial com uso único, um dos 20 existentes. Sua voz era fria e vazia, ecoando pelo salão silencioso.
“Eu presumo que isso não seja uma boa coisa, visto que a atmosfera do ambiente não é de felicidade,” respondeu Traumarei Maurei ao observar a expressão dos outros membros. Seus olhos estreitaram-se, e sua expressão era de curiosidade controlada.
“Bem, essa aldeia foi destruída por um grupo de 20 cavaleiros,” respondeu Maquiavel rapidamente, sem rodeios. Ele
tem aparência feroz e bestial. Sua raça heteromorfa possui características animalescas, como pelagem densa, caudas e orelhas semelhantes às de um lobo, além de garras afiadas. A armadura parece ser feita de couro e peles, com detalhes em metal. As várias espadas nas costas reforçam ainda mais essa imagem de um combatente ágil e letal, ideal para sua profissão de classe batedor. —Sua raça e conhecida como Avanthar.
Traumarei Maurei expressou uma reação neutra: “Compreendo...”
“Eu estou querendo recuperar algum corpo para poder testar magia de ressurreição e ver a anatomia do corpo,” disse Punitto Moe, o estrategista da Guilda, composto inteiramente por uma planta conhecida como Death Vines. Ele usava algo parecido com uma túnica de sacerdote sobre seu corpo. Suas vinhas se moviam levemente enquanto ele falava, dando uma aparência inquietante.
“E isso é o mais sensato a fazer,” respondeu Ancient One, também um estrategista da Guilda. Ele era um demônio com seis braços e uma áurea acima da cabeça. Seu tom era firme e calculista, refletindo sua natureza meticulosa.
Traumarei Maurei ponderou sobre as informações enquanto a discussão continuava. A destruição da aldeia e a presença de cavaleiros blindados indicavam a existência de ameaças significativas. No entanto, isso também representava uma oportunidade para testar suas habilidades em combate e entender melhor as forças desse novo mundo. Ele olhou para Momonga, que mantinha sua postura imponente, e refletiu sobre as próximas ações necessárias.
Cada membro da guilda estava absorto em seus próprios pensamentos, suas expressões variando de determinação a indiferença, enquanto planejavam suas próximas ações em resposta à ameaça emergente. A tensão no ar era palpável, e o som ocasional de uma respiração ou movimento de roupa reverberava pelo salão, criando uma atmosfera carregada de antecipação e propósito.
“Complicado...” murmurou ele. “Nubo-san, você só descobriu isso?” disse Traumarei olhando para o Brainventor.
“Não, há mais. Existem mais dois grupos: o primeiro está atacando a aldeia, o segundo está seguindo paralelamente, e o terceiro está logo atrás, parece que está perseguindo o grupo que está atacando a aldeia,” respondeu Nubo, com uma leve raiva na voz. Seu rosto mostrava tensão, com os músculos da mandíbula visivelmente contraídos.
Traumarei Maurei expressou surpresa e reflexão. “Isso parece uma—”
“Emboscada,” interrompeu Riot. “O primeiro grupo está atacando a aldeia para chamar a atenção do terceiro grupo que está perseguindo, enquanto o segundo grupo se prepara para emboscar.” Riot, uma fada de 1,20 metros de altura graças a um item especial, continuou: “O primeiro grupo é o chamariz, o segundo é a emboscada, e o terceiro é o alvo.” Seus olhos brilhavam com uma luz de entendimento e análise estratégica.
‘Não fala desse jeito, eu já entendi a situação...’ murmurou intensamente Traumarei Maurei, com uma expressão de desdém. “Emboscada ou não, isso não é nosso problema. Mas sim, é uma oportunidade de observação e aprendizado sobre as habilidades de combate desses habitantes locais.”
Ele se voltou para Ancient One. “Ancient-san, você vai utilizar uma invocação ou vai precisar invocar NPCs mercenários?”
Ancient One, com seus seis braços e áurea brilhante, ponderou por um momento antes de responder. “Vou usar NPCs mercenários. Quero ver como nossas criaturas se comportam em missão de recuperação.” Sua voz era fria e calculista, refletindo a precisão meticulosa de suas estratégias.
Traumarei Maurei assentiu, seu olhar fixo e determinado. “Muito bem. Pegue isso.” Ele tirou de seu inventário um pergaminho e entregou para Ancient One. “Esse pergaminho invoca nove Soberanos Furtivos.”
“... Entendo...”
Ancient One invocou um grupo de NPCs mercenários do tipo ninja. Silenciosos e eficientes, os ninjas usavam roupas escuras que não emitiam nenhuma luz, na verdade, a absorviam. Seus movimentos eram tão fluidos e precisos que pareciam sombras vivas.
Todos presentes observaram os ninjas, admirando sua agilidade e destreza. Os Soberanos Furtivos se curvaram para o seu invocador, em total submissão.
“Recuperem dez corpos, cinco homens e cinco mulheres,” ordenou Ancient One, ao mesmo tempo que abria um [Portal].
Os ninjas, com suas habilidades de infiltração e coleta, se dispersaram rapidamente no portal que levava diretamente à aldeia destruída. Traumarei Maurei sabia que eles eram mais do que capazes de cumprir essa tarefa, e agora restava apenas aguardar os resultados. Enquanto esperava, ele ponderava sobre as próximas ações.
“Vamos observar e aprender,” disse Punitto Moe calmamente, suas vinhas se movendo sutilmente enquanto ele falava, “para que possamos nos adaptar e eventualmente explorar esse mundo de forma segura.”
“Aliás, é melhor ninguém falar nada disso para os outros membros,” alertou Riot, com um olhar sério e focado.
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Depois de alguns minutos, os ninjas retornaram com os corpos, cumprindo a missão de recuperação com precisão. Traumarei Maurei já havia chamado Shireenii para ajudar na análise dos corpos. Shireni&reni&togloom, uma personalidade reservada e enfermeira dedicada, trabalhava ao lado de Traumarei Maurei e era conhecida por sua competência e discrição.
Traumarei Maurei deu uma leve explicação do que havia ocorrido e do propósito da análise. Shireni ouviu atentamente e aceitou a tarefa sem nenhuma contradição, pronta para auxiliar.
Os corpos foram dispostos cuidadosamente sobre mesas de pedra no laboratório improvisado em uma sala desocupada do 9ª. A iluminação mágica realçava os detalhes anatômicos, facilitando a análise meticulosa.
Traumarei Maurei começou a dissecação do primeiro corpo, examinando minuciosamente cada parte. "Vamos começar com o exame externo e depois proceder com a análise interna. Precisamos entender como a biologia deles difere da nossa."
Shireni, com suas ferramentas médicas prontas, auxiliava Traumarei Maurei enquanto ele conduzia a dissecação. Após alguns minutos de análise, ele fez uma descoberta interessante.
“A principal diferença que notei até agora,” disse Traumarei, apontando para o tórax do corpo, “é que o coração fica levemente para a direita do pulmão. Isso é incomum em comparação com a anatomia humana que conhecemos.”
“Shireenii-san observou de perto e fez anotações detalhadas. Isso pode afetar a maneira como eles reagem a certos tipos de ferimentos ou tratamentos,” comentou ela.
Traumarei Maurei concordou. “Sim, e também pode nos dar uma vantagem em combate, sabendo onde direcionar nossos ataques para serem mais letais.”
Eles continuaram a análise, comparando as estruturas anatômicas dos diferentes corpos. Cada descoberta era meticulosamente documentada, pois poderia ser crucial para a adaptação da guilda ao novo mundo.
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Touch-me caminhava pelos corredores do 9° andar da imponente Nazarick ao lado de seus dois fiéis companheiros, os dois irmãos dragões, Connaisdiam e Suratan. Apesar da determinação em seu semblante, uma sombra de tristeza pairava sobre ele, refletindo a profunda saudade de casa e o desejo ardente de retornar ao seu verdadeiro lar.
Connaisdiam, o irmão mais velho, exibia uma presença imponente e serena. Suas escamas cinza adornadas com partes prateadas brilhavam à luz fraca dos corredores, enquanto seus olhos refletiam a sabedoria e a melancolia de alguém que já havia conhecido a paz e a estabilidade de uma vida construída na Terra. Ele caminhava com passos firmes, mas havia uma leve hesitação em sua postura, como se o peso da saudade ameaçasse quebrar sua compostura a qualquer momento.
Ao seu lado, Suratan, o irmão mais novo, irradiava uma energia contida. Suas escamas cinza com partes douradas capturavam cada reflexo, destacando sua juventude e vigor. Embora seu exterior demonstrasse força, seu olhar traía a frustração de um guerreiro deslocado, alguém que ansiava não apenas por voltar para casa, mas por entender o motivo de estarem ali. Ele trocava olhares ocasionais com Connaisdiam, ambos partilhando a mesma inquietação.
Enquanto caminhavam pelos corredores luxuosos de Nazarick, Touch-me refletia sobre sua situação desconcertante. Ele era um guerreiro formidável, reconhecido por sua bravura e habilidades em combate. Porém, aqui, neste mundo desconhecido e hostil, sentia-se vulnerável e perdido. Cada ornamento luxuoso nas paredes, cada som distante ecoando pelos corredores, era um lembrete constante de que não pertencia a esse lugar.
“Este lugar é magnífico, mas não é nosso lar,” disse Connaisdiam, quebrando o silêncio com uma voz grave que ecoou pelos corredores. Sua expressão era calma, mas seus olhos traíam a saudade.
“Sim,” concordou Suratan, seu tom revelando uma mistura de determinação e impaciência. “Precisamos descobrir como voltamos, mas até lá, devemos nos adaptar e sobreviver.” A tensão em sua voz era evidente, refletindo o conflito interno entre sua necessidade de ação e a incerteza do caminho a seguir.
Touch-me assentiu lentamente, o olhar distante. “Eu entendo. No entanto, a falta de respostas é perturbadora. Precisamos de informações, de pistas... Qualquer coisa que nos ajude a entender como viemos parar aqui.” Sua voz, embora calma, carregava o peso da responsabilidade que sentia por seus companheiros. Ele sabia que, como líder, era sua tarefa guiá-los e protegê-los, mas sem respostas, essa tarefa se tornava cada vez mais difícil.
Enquanto seguiam pelos corredores, cada um perdido em seus próprios pensamentos, a atmosfera de Nazarick parecia fechar-se ao redor deles, como se o próprio ambiente conspirasse para manter seus segredos bem guardados. Mas, apesar da incerteza e do medo, a determinação de Touch-me e seus companheiros permanecia inabalável. Eles sabiam que, de alguma forma, encontrariam o caminho de volta.
A única coisa que impedia Touch-me de sucumbir ao desespero era a certeza de que seus pais e os pais de sua esposa poderiam cuidar dela e de sua filha até que ele retornasse. No entanto, essa segurança não existia para Connaisdiam, seu amigo e colega de trabalho — Hinuno, que já era casado e estava esperando um filho. E para seu irmão, Suratan, que deixara uma namorada para trás, o peso da incerteza era ainda mais insuportável.
Enquanto caminhavam pelos corredores de Nazarick, passavam por várias salas onde outros membros da guilda estavam ocupados com suas próprias tarefas. Alguns testavam habilidades, outros examinavam itens, todos buscando maneiras de se adaptar ao novo ambiente. A tensão era palpável, e cada um deles sentia a pressão crescente de estarem presos em um mundo desconhecido.
“Talvez a chave esteja em explorar este mundo,” sugeriu Connaisdiam, sua voz carregada de uma quieta determinação. “Devemos investigar, interagir com os habitantes locais, descobrir suas histórias e conhecimentos.”
Suratan, com um brilho de urgência em seus olhos dourados, acrescentou: “Precisamos retornar para casa o quanto antes. Não podemos perder mais tempo.”
Touch-me concordou com os dragões, compartilhando a mesma inquietação. “Sim, exploração em busca de qualquer coisa que possa nos levar de volta para casa. Precisamos de ambas as coisas. Não podemos deixar o desespero nos dominar. Nossa guilda sempre superou desafios juntos, e desta vez não será diferente. Juntos, encontraremos um caminho de volta para casa,” declarou Touch-me, sua voz firme ecoando pelos corredores vazios. “Nada nos deterá até que estejamos reunidos com nossos entes queridos.”
Connaisdiam e Suratan assentiram em silêncio, seus semblantes sérios refletindo a mesma determinação inabalável.
Apressaram seus passos em direção à sala pessoal de Punitto Moe, determinados a abordar o assunto com clareza e decisão. Contudo, ao se aproximarem, uma sensação desconfortável começou a crescer em seus corações — gritos e uma aura assassina emanavam da sala, como um prelúdio de conflito.
Sem hesitar, aceleraram ainda mais o passo. Ao chegarem, depararam-se com uma cena caótica. Riot, uma expressão de fúria estampada em seu rosto, estava prestes a atacar Amanomahitotsu e Wish III, enquanto Bukubukuchagama intervinha, sua postura expressando uma recusa feroz em aceitar a situação. Mare, que estava presente na sala, tremia, tomado por um medo profundo diante da ideia de um conflito entre os Seres Supremos.
Punitto Moe e Ancient One tentavam desesperadamente acalmar a situação, enquanto Nubo observava o ataque à aldeia através de seu [Espelho de Visão Remota], alheio à tempestade que se desenrolava ao seu redor. Momonga, sempre o líder equilibrado, agora se encontrava paralisado, incerto sobre como intervir naquela situação tensa.
O motivo da discussão era mais complexo do que aparentava. Nubo havia observado o ataque dos soldados a uma nova aldeia, e todos os presentes — Momonga, Riot, Traumarei Maurei, Punitto Moe e Ancient One — haviam concordado em não intervir. Contudo, a chegada inesperada de Bukubukuchagama, acompanhada por Mare, desencadeou uma explosão de emoções. Bukubukuchagama, que havia levado Mare em busca de elogios de Momonga pelo trabalho na proteção de Nazarick com magia, ficou furiosa ao descobrir que haviam permitido a destruição de uma aldeia, e sua indignação rapidamente se transformou em confronto.
Enquanto isso, Amanomahitotsu e Wish III, que haviam ido à sala com a intenção de apresentar um item e discutir assuntos particulares com Punitto Moe e Ancient One, se viram envoltos na tensão da sala. A atmosfera densa e a falta de controle sobre a situação irritaram ambos, e, em vez de acalmar os ânimos, acabaram alimentando ainda mais a discórdia.
Touch-me e os irmãos dragões analisaram a situação com seriedade. Era evidente que a tensão estava no limite.
A tensão na sala era palpável, quase sufocante, quando a voz de Touch-me ressoou com autoridade: “Chega!” Sua palavra ecoou pelo ambiente, silenciando os gritos e trazendo um instante de quietude. Todos os olhos se voltaram para ele, enquanto a presença imponente do guerreiro irradiava uma calma feroz, impondo uma ordem temporária na confusão.
“O que está acontecendo aqui?” Ele perguntou, sua voz carregada de um tom que exigia respostas.
Bukubukuchagama, ainda mantendo sua posição protetora diante de Riot, lançou um olhar fulminante, claramente descontente com a situação. “Touch-me, eles estão deixando uma aldeia ser destruída! Não podemos simplesmente ignorar isso.”
Ancient One, com sua expressão calma e calculada, interveio. “Nossa prioridade é garantir a segurança de Nazarick e entender este novo mundo antes de tomarmos qualquer ação precipitada. Agir sem pensar pode nos colocar em um risco desnecessário.”
Punitto Moe, o estrategista da guilda, acenou em concordância. Sua postura era de alguém que pesava cada palavra, cada possibilidade. “Estamos tentando compreender a dinâmica deste novo mundo. Intervir agora pode desencadear consequências que ainda não estamos preparados para lidar.”
Amanomahitotsu e Wish III, que haviam recuado inicialmente, começaram a perceber a necessidade de uma abordagem mais cautelosa. A irritação em seus semblantes suavizou um pouco, mas a tensão ainda estava presente. “Temos recursos e poder,” começou Amanomahitotsu, sua voz agora mais ponderada. “Podemos encontrar uma maneira de ajudar sem nos expor desnecessariamente.”
Riot, por outro lado, não estava disposto a ceder tão facilmente. Em seus pensamentos, ele amaldiçoava a situação. ‘Oh! Não bastava a gritaria que estava acontecendo e mais combustível vai ser jogado no fogo… —Droga,’ ele refletiu com amargura, antes de lançar um olhar de desaprovação para Touch-me. A presença do guerreiro complicava as coisas, trazendo uma nova força para a discussão.
Suratan, que até então havia permanecido em silêncio, finalmente falou, sua curiosidade e preocupação evidentes. “Como assim uma aldeia está sendo atacada?”
Connaisdiam, sempre o mais ponderado, juntou-se ao irmão. “Vocês poderiam explicar mais sobre a situação?” Sua voz era calma, mas havia uma nota de urgência, uma necessidade de entender plenamente o que estava em jogo.
Antes que alguém pudesse responder, Riot, ainda tomado pela irritação, cortou o ar com sua resposta abrupta. “—Nada que vocês precisam saber,” ele disse com frieza, sua lança ainda apontada, como se pronto para a batalha.
Touch-me ergueu uma mão, o gesto simples, mas carregado de autoridade, silenciando qualquer outra palavra que pudesse ser dita. “Há pessoas sendo atacadas e nós temos a capacidade de ajudar, então vamos ajudar!” Sua voz era firme, intransigente, como se não houvesse espaço para debate. Ele lançou um olhar penetrante para todos na sala, desafiando qualquer um a contradizê-lo.
“Nubo, abra o portão,” ordenou ele, a decisão final em sua voz não deixando dúvidas sobre sua intenção.
No entanto, antes que Nubo pudesse reagir, a voz de Riot cortou o ar novamente, desta vez carregada com uma autoridade fria e indiscutível. “Nubo, nem pense nisso,” ele ordenou, sua voz endurecida por uma mistura de raiva e determinação.
A sala ficou em um silêncio tenso, como se todos os presentes estivessem presos em um impasse mortal, com cada palavra e movimento potencialmente desencadeando uma reação em cadeia.
“É melhor você ficar no seu lugar, Touch-me,” disse Riot com uma voz afiada, sua aura celestial envolvendo-o como uma ameaça palpável. A energia que emanava dele era perigosa, como uma lâmina prestes a ser desembainhada.
Touch-me permaneceu imóvel, seus olhos fixos em Riot, sem se deixar intimidar. O ambiente estava carregado de tensão, cada palavra escolhida com cuidado para evitar que a situação explodisse. Ao lado dele, os irmãos dragões mantinham suas posturas vigilantes, prontos para agir.
Connaisdiam quebrou o silêncio primeiro, sua voz serena, mas carregada de preocupação. “Talvez possamos enviar uma força menor, algo que não comprometa Nazarick, mas que ainda possa fazer a diferença. Precisamos ser cautelosos, mas não podemos simplesmente virar as costas.”
Suratan, com uma expressão resoluta, acrescentou: “Com nossas habilidades, podemos agir rapidamente e com eficiência. Uma operação precisa e discreta.”
Touch-me, vendo que havia um movimento em direção a um consenso, voltou-se novamente para Nubo, que estava visivelmente tenso. “Abra o portão. Vamos enviar uma pequena equipe para ajudar a aldeia e trazer os inocentes para a segurança de Nazarick. Não podemos deixar a inocência ser massacrada por causa de nossos medos. Salvar alguém que está em perigo é senso comum.”
Punitto Moe, o estrategista, franziu a testa em profunda contemplação antes de responder. “É muito arriscado. Eu entendo sua posição, Touch-me, e respeito seu desejo de proteger os inocentes. A ideia de deixar as pessoas morrerem não me agrada, mas a situação é complexa. A prioridade é manter Nazarick segura.”
Bukubukuchagama, que até então permanecia fervendo em silêncio, explodiu. Suas gavinhas começaram a se agitar em sua forma, refletindo sua raiva crescente. “Então salve-os! Nós temos esse poder! Por que não usamos? Não vou ficar parada enquanto pessoas inocentes são massacradas!”
Momonga, que observava tudo em silêncio, se sentiu esmagado pela tensão. Em seus pensamentos, ele temia que a situação saísse de controle. ‘Eles não iriam brigar, iriam?’ Pensou, sem saber o que fazer ou dizer para acalmar os ânimos.
Riot, mantendo uma expressão cuidadosamente neutra, respondeu friamente: “Nós? Não sabemos ao certo se realmente temos esse poder. O que sabemos é que aquelas pessoas que parecem aldeões estão sendo mortas por pessoas que parecem soldados. Mas soldados não agem sem ordens — alguém deu essas ordens. E se interferirmos, seja qual for o resultado, as pessoas começarão a prestar atenção em nós. Não temos conhecimento suficiente sobre o mundo para saber se estamos prontos para isso. O que faremos se um exército vier para Nazarick? Podemos lutar contra dez mil soldados? Vinte mil? Trinta? Não podemos nos dar ao luxo de ser imprudentes.”
Touch-me manteve sua postura firme, sua determinação inabalável diante da cautela de Riot. “Eu entendo seu cuidado, Riot. Mas não podemos simplesmente ficar parados. Nubo, abra o portão. Agora!” Sua voz carregava uma autoridade final, como um comandante dando uma ordem que não podia ser desobedecida.
A tensão na sala estava no auge, cada um dos presentes refletindo sobre o próximo passo. As palavras de Touch-me ecoavam pelo ambiente, e todos sabiam que, uma vez que o portão fosse aberto, não haveria mais volta.
Nubo, ainda observando o espelho de visão remota, virou-se para encarar Riot com olhos flamejantes de indignação e tristeza. “Riot, eles vão matar crianças. Você não se importa?”
A sala ficou em silêncio por um instante, enquanto a gravidade da situação começava a pesar sobre todos os presentes. Bukubukuchagama, que estava prestes a falar, foi interrompida por Nubo.
“Eu vou abrir o [Portal] agora, Touch-me-san,” disse Nubo, sua voz determinada enquanto levantava a mão. Um círculo negro começou a se formar, girando lentamente enquanto a energia se concentrava.
“Espera, Touch-me! Se vamos fazer isso, então vamos fazer direito,” interveio Punitto Moe, com um tom calculista, seus olhos brilhando com a frieza de um estrategista.
“Em vez de vocês irem pessoalmente, eu vou convocar um grupo de demônios. Eles podem auxiliar sem colocar nenhum de nós em risco,” disse Ancient One, sua voz ressoando com calma e confiança, enquanto as sombras ao seu redor pareciam se agitar em resposta à sua intenção.
Mas antes que Nubo pudesse completar o feitiço, a presença de Riot se intensificou, e sua expressão mudou para algo sombrio, um misto de desgosto e pura raiva. Ele não iria permitir aquilo. Ele não iria permitir que seu julgamento fosse desafiado. Como membro da raça Heteromorfo, da subespécie Fada, Riot era um jogador de nível 100, e em YGGDRASIL, o ranking individual dos jogadores era dividido entre Nível, Poder e Itens. Riot era o número um em itens e estava no top 30 dos jogadores mais poderosos. Sua vasta coleção de equipamentos Divinos e suas habilidades únicas o tornavam uma força quase invencível. Mesmo que Touch-me, Connaisdiam, Suratan, Bukubukuchagama, Wish III, Amanomahitotsu, ou até mesmo Mare se unissem contra ele, Riot sabia que poderia lutar e obviamente não sair vitorioso, mas poderia os empedir, e caso ele estiver peste de morrer e só usa o anel da guilda para fugir.
Na sua verdadeira forma de fada em YGGDRASIL, Riot era uma criatura tão pequena que praticamente não sofria dano físico. Embora agora, no mundo real, ele pudesse ser atingido, ele tinha testado e sabia que seria extremamente difícil para qualquer um deles acertá-lo. Touch-me, apesar de sua força bruta, não tinha a destreza, velocidade ou agilidade para acertar Riot a essa curta distância, e suas habilidades baseadas em karma positivo não teriam o efeito desejado sobre alguém como ele. —Claro, que o dano puro seria fatal.
Connaisdiam, um caçador com estatísticas elevadas graças à sua raça, não teria as habilidades necessárias para lidar com a velocidade de Riot. Suratan, um ladino especializado em combate físico, também não seria páreo para alguém tão rápido quanto Riot. Bukubukuchagama, uma slime, seria uma ameaça menor, já que a sua fraqueza para [Desidratação], [Fogo] e, especialmente, [Eletricidade] — o elemento no qual Riot e o mestre, com sua magia celestial — tornava a batalha ainda mais desigual.
Wish III, um clérigo poderoso, poderia ser um problema com suas magias, mas Riot tinha confiança de que poderia lidar com ele antes que fosse tarde demais. Amanomahitotsu, por outro lado, não tinha capacidade alguma de ser uma ameaça séria. Punitto Moe e Ancient One talvez fossem capazes de equilibrar a balança, mas mesmo assim, Riot estava preparado. E quanto a Momonga? Bem, Riot sabia que ele hesitaria, em uma situação dessa.
Riot se moveu para a frente, sua aura elétrica pulsando com uma intensidade crescente. “Antes de qualquer um de vocês ir, terá que passar por mim.” Relâmpagos dançavam em torno de seu corpo, crepitando no ar, enquanto ele se preparava para agir. Seu corpo se curvou levemente, pronto para saltar para trás e lançar uma magia devastadora se necessário.
Touch-me não recuou, mas o peso da situação era palpável. Os demais na sala estavam tensos, conscientes de que uma luta entre dois dos mais poderosos Seres Supremos poderia ter consequências imprevisíveis para todos eles — e para Nazarick.
A tensão atingiu seu ápice. A eletricidade de Riot crepitava pelo ar, pronta para explodir.
Touch-me, de pé, ainda mantinha sua posição firme, os olhos fixos em Riot. Ele sabia que qualquer movimento em falso poderia desencadear um conflito de proporções catastróficas. Ainda assim, o código moral que ele havia seguido em sua vida, tanto no jogo quanto no mundo real, não o deixaria recuar.
“Riot,” começou Touch-me, sua voz calma mas carregada de autoridade. “Eu entendo os riscos. Compreendo suas preocupações. Mas temos uma responsabilidade. A força que possuímos não é para sermos meros espectadores enquanto inocentes são massacrados. Não podemos nos esconder em Nazarick e fingir que este mundo ao nosso redor não existe. Se temos o poder de proteger, então devemos usá-lo.”
Riot, ainda fervendo de raiva, deu um passo à frente, suas asas transparentes batendo levemente, o brilho de sua aura elétrica iluminando as sombras ao redor. “Touch-me, você ainda não entende. Isso não é um jogo. Não sabemos o que pode acontecer se interferirmos. Este mundo... não é YGGDRASIL. As regras mudaram, e agir precipitadamente pode custar mais do que você imagina. Se estivermos errados, podemos condenar Nazarick.”
A tensão no ar era palpável. Connaisdiam e Suratan, ambos observando a troca de palavras, estavam prontos para intervir se a situação saísse do controle. Mas eles sabiam que, apesar de todo seu poder, uma batalha contra Riot, especialmente em um ambiente tão confinado, seria perigosa.
Ancient One, que até agora havia permanecido em silêncio, finalmente falou, sua voz ecoando como se viesse de uma profundidade insondável. “Riot, não subestime o valor da compaixão. Esta não é apenas uma questão de sobrevivência, mas também de manter nossa humanidade — ou o que resta dela. Se ignorarmos o sofrimento dos outros, não seremos melhores do que as criaturas que habitam este mundo.”
A sala ficou ainda mais silenciosa, a declaração de Ancient One pesando sobre todos. Punitto Moe, sempre o estrategista, cruzou os braços e inclinou a cabeça, ponderando. “Talvez haja uma maneira de ambos os lados terem suas preocupações atendidas. Enviar um pequeno grupo, bem equipado e preparado, poderia nos permitir ajudar sem nos expor completamente. Além disso, poderíamos usar a oportunidade para coletar informações sobre este mundo e entender melhor com quem estamos lidando.”
Riot hesitou, suas mãos cerradas, enquanto observava as expressões tensas dos outros na sala. Ele sabia que sua força era imensa, mas enfrentar todos ali ao mesmo tempo seria imprudente, mesmo para alguém de sua estatura. Ele considerava os argumentos de Punitto Moe e Ancient One, reconhecendo a lógica por trás das palavras deles. Este novo mundo era um território desconhecido, cheio de perigos imprevistos, e cada passo deveria ser dado com extrema cautela. Ainda assim, a ideia de abandonar inocentes à própria sorte o repugnava.
Um suspiro escapou de seus lábios, a eletricidade que envolvia seu corpo gradualmente se dissipando. “Tudo bem,” começou ele, a voz carregada de relutância, “mas—”
De repente, Momonga, que havia se mantido em silêncio até aquele momento, interrompeu com uma voz poderosa e autoritária, algo raro de se ouvir vindo do líder geralmente contido da guilda. “**TODOS**, calem-se!” Sua voz ressoou como uma onda de choque pela sala, fazendo com que todos os presentes ficassem atentos. “Nós iremos. Eu, Chagama-san e você também, Riot-san. Vamos confrontar esses soldados pessoalmente. Os outros ficarão aqui, prontos para oferecer qualquer apoio necessário. Mare, vá até Albedo e instrua-a a reforçar todas as defesas de Nazarick.”
O círculo negro que Nubo havia começado a formar girava mais rápido, sua energia se intensificando. A tensão, que havia se acumulado como um peso opressor na sala, começou a dissipar, substituída por uma resolução silenciosa. Todos sabiam que a verdadeira prova estava apenas começando.
Mare, ainda tremendo levemente, não teve coragem de expressar qualquer opinião contrária. Ele apenas assentiu obedientemente e saiu rapidamente da sala para cumprir a ordem de Momonga.
Riot observou a reação de Momonga, surpreso pela sua firmeza inesperada, mas ao mesmo tempo, reconhecendo o que aquilo representava. Relutante, mas aceitando a inevitabilidade da situação, ele finalmente assentiu. “Muito bem, vamos acabar com isso,” disse, sua voz carregada de determinação contida.
Bukubukuchagama, que até então havia permanecido ao lado de Touch-me, olhou para Momonga, ponderando suas palavras. Ela respirou fundo antes de responder, seu tom de voz voltando ao habitual, mas com um toque de respeito. “Ok, Momonga-kun. Vamos fazer isso juntos.”
O ambiente na sala mudou. O confronto que parecia iminente entre os Seres Supremos havia sido desarmado, mas o clima ainda era carregado de expectativas. A missão agora estava clara, e todos se preparavam para o que estava por vir.
Punitto Moe, sempre o estrategista, aproximou-se de Momonga e sussurrou, “Momonga-san, sua decisão foi sábia. Manter a unidade é essencial neste momento. Vamos garantir que todos estejam preparados para qualquer eventualidade.”
Momonga assentiu lentamente, ciente do peso de suas escolhas. Ele sabia que esta incursão era arriscada, mas também entendia que a guilda precisava agir, e não apenas se esconder atrás de suas muralhas. Havia mais em jogo do que apenas a segurança de Nazarick; o que eles fariam a seguir poderia definir a natureza de seu futuro neste novo mundo.
Enquanto o portal se completava, os membros da guilda se preparavam. Cada um sabia o papel que desempenharia nesta missão arriscada. Mesmo com todas as incertezas, havia uma sensação de propósito renovado. Eles eram os Seres Supremos, e sua força, unida, seria capaz de superar qualquer desafio que este novo mundo pudesse lhes apresentar.
Com um último olhar de determinação compartilhado entre eles, Momonga, Riot e Bukubukuchagama se posicionaram diante do portal, prontos para enfrentar o desconhecido e proteger os inocentes que haviam decidido não abandonar. A missão havia começado, e a guilda de Ainz Ooal Gown avançava com toda a força que tinha.
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Enquanto corria, Enri ouviu o som do bater de metais atrás dela. Era um som rítmico.
Ela olhou para trás com esperança em seu coração — como esperado, foi o pior cenário possível. Um cavaleiro perseguia as irmãs Emmot.
Só mais um pouco.
Enri respirou fundo e se forçou a seguir em frente. Ela não tinha energia para desperdiçar em qualquer outra coisa.
Sua respiração era rápida, seu coração estava batendo forte o suficiente para que ela sentisse que estouraria, e suas pernas tremiam poderosamente. Não tardaria muito, ela estaria completamente exausta e entraria em colapso e não se levantaria.
Se estivesse sozinha, talvez ela pudesse ter perdido a força para correr e desistido.
No entanto, ela estava segurando a mão de sua irmãzinha. Isso o proveu energia para fugir.
A verdade era que o desejo poderoso de salvar sua irmã, manteve Enri firme até agora.
Enquanto corria, ela olhou para trás novamente.
A distância entre ela e seu perseguidor não havia mudado. Mesmo com armadura, a
velocidade do homem não diminuiu. Essa era a diferença entre um guerreiro treinado e uma garota do vilarejo.
O suor escorria pelas costas de Enri tentando esfriar seu corpo. Se isso continuasse... ela não seria capaz de escapar com a irmã.
—Solte ela.
Essas palavras ecoaram em sua cabeça.
—Talvez você possa escapar sozinha.
—Quer morrer aqui?
—Pode ser mais seguro se vocês se separarem.
“Cale a boca, cale a boca, cale a boca!”
Enri gritou para si mesma por aqueles pensamentos através dos dentes cerrados.
Ela seria o pior tipo de irmã.
Por que sua irmãzinha estava segurando as lágrimas? Foi porque acreditava em sua
irmã mais velha. Ela acreditava que sua irmã mais velha a salvaria.
Enquanto segurava a mão de sua irmãzinha
— aquela mão que lhe dava forças para fugir e lutar — Enri se fortaleceu e endureceu sua determinação.
Ela nunca abandonaria sua irmã.
“Ah!”
A irmã mais nova de Enri estava tão cansada quanto a própria Enri. Portanto, ela de repente tropeçou, ganiu e quase caiu.
A razão pela qual as duas não caíram, foi porque estavam segurando firmemente na
mão uma da outra. No entanto, a quase queda de Nemu fez com que Enri perdesse o ritmo.
“Rápido!”
“Ah, hm!”
Embora ela quisesse continuar correndo, sua irmãzinha estava começando a ceder, ela não conseguia correr tão rápido. Enri queria carregar Nemu e correr, mas os sons de metal se aproximando encheram Enri de medo.
O cavaleiro ao lado dela segurava uma espada manchada de sangue. Além disso, sua armadura e elmo estavam cobertos por respingos de sangue.
Enri empurrou Nemu para trás de seu corpo e olhou com raiva para o cavaleiro.
“É inútil lutar.”
Não havia compaixão nessas palavras. Em seu lugar só havia zombaria. Essas palavras
implicavam independentemente do quanto corresse, elas não escapariam da morte.
A raiva no coração de Enri transbordou; Por que tá fazendo uma coisa dessas!? O cavaleiro levantou a espada para Enri, que havia parado de se mover. No entanto, pouco antes de poder descê-la—
“Não me menospreze!”
“Gwargh!”
—Enri socou com força o elmo de metal do cavaleiro. Esse golpe carregado de raiva a
encheu com o desejo de proteger sua irmãzinha. Ela não se importava que estivesse golpeando o metal com a mão nua. Ela socou com toda a força que podia.
Houve o som de algo como ossos quebrando e logo a dor se espalhou pelo corpo de Enri.
O cavaleiro se desequilibrou sob a força do poderoso golpe.
“Vamos!”
“Sim!”
Enri reprimiu a dor e voltou a fugir — e, de repente, um rasgo de calor escaldante transbordou em suas costas.
“—Grg!”
“Desgraçada!”
Uma garota do vilarejo socando um cavaleiro no rosto o deixou envergonhado, consequentemente foi o motivo de sua raiva.
Ele estava balançando sua espada descontroladamente, como se houvesse perdido a calma. Como resultado, o primeiro golpe não causou um ferimento mortal. No entanto, esse foi o fim da sua sorte. Enri ficou ferida e o cavaleiro ficou enfurecido. O próximo golpe certamente lhe tiraria a vida.
Enri olhou para a espada longa levantada diante dela.
O pânico estava escrito em todo o seu rosto enquanto ela observava o brilho malevolente da espada terrivelmente rápida, e ela percebeu duas coisas.
A primeira foi que sua vida terminaria em poucos segundos. A segunda era que uma garota comum como ela não tinha como lutar contra esse destino.
A ponta da espada estava manchada com um pouco do sangue fresco. Como seu coração batia mais rápido, a dor se espalhou por seu corpo, junto com o calor escaldante de sua ferida.
A dor que ela nunca sentira antes a encheu de medo e a fez querer vomitar.
Talvez o vômito fosse limpar a sensação de náusea que a preenchia.
No entanto, Enri estava procurando uma maneira de viver, então não teve tempo para vomitar.
Embora ela quisesse abandonar sua luta, havia uma razão pela qual Enri não desistira até agora. Este seria o calor pressionando seu peito — sua irmã mais nova.
Preciso salvar minha irmã.
Esse único pensamento impediu que Enri cedesse.
Em contraste, o cavaleiro armado na frente dela parecia estar zombando de sua determinação.
A espada até então erguida, desceu.
Talvez fosse porque todas as suas energias estavam concentradas aqui, ou porque seu cérebro estava trabalhando demais, ou porque ela estava entre a vida e a morte, mas Enri sentiu que o tempo estava passando muito devagar e tentou desesperadamente
pensar em alguma maneira de salvar sua irmãzinha.
No entanto, ela não conseguia pensar em nada. Tudo o que podia fazer era usar seu
próprio corpo como escudo, deixando a lâmina penetrar profundamente em si mesma, na esperança de ganhar tempo para sua irmã escapar.
Contanto que tivesse força, ela seguraria firmemente o cavaleiro ou a espada que ele
enfiasse em seu corpo, seguraria firme e sem soltar até que a chama de sua vida se dissipasse.
Se pudesse fazer isso, ela aceitaria alegremente seu destino.
Enri sorriu, para um mártir que aceitara ser.
Como uma irmã mais velha, isso era tudo que ela podia fazer por Nemu. O pensamento fez Enri sorrir.
Poderia Nemu escapar sozinha do inferno que o Vilarejo Carne havia se tornado? Mesmo se ela fugisse para a floresta, poderia correr diretamente para as patrulhas de soldados. No entanto, enquanto ela pudesse sobreviver, havia a possibilidade de escapar.
A fim de dar a sua irmãzinha a chance de sobreviver, Enri apostaria sua vida — não, ela apostaria tudo.
Dito isso, a idéia de ser ferida novamente a assustou, então ela fechou os olhos. Neste
mundo das trevas, ela se preparou para a dor que viria—
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Momonga, Bukubukuchagama e Riot atravessaram o portal, emergindo em um cenário sombrio e desolado. O ar era pesado, carregado com o cheiro de terra úmida e o leve odor metálico de sangue recente. À frente, duas jovens estavam encurraladas, os olhos arregalados de terror enquanto dois soldados armados se aproximavam com intenções mortais. Ao perceberem os recém-chegados, os soldados recuaram instintivamente, um lampejo de medo atravessando seus rostos por trás do capacete.
Bukubukuchagama moveu-se rapidamente, posicionando-se defensivamente à frente das garotas. A sua postura, baixa e pronta para reagir, transmitia a ameaça silenciosa de alguém que sabia exatamente o que estava fazendo. “Vamos eliminar esses soldados e garantir a segurança dessas pessoas,” disse ela, sua voz usualmente alegre agora carregada de uma determinação fria.
Riot, segurando sua lança eletrizante com firmeza, observou os movimentos nervosos dos soldados. Sua expressão era de tédio, mas seus olhos brilhavam com uma intensidade que traía sua antecipação pelo combate. “Vamos acabar com isso rápido,” ele murmurou, mais para si mesmo do que para os outros.
Momonga, com sua aura de morte quase palpável ao redor de seu corpo esquelético, avaliou a situação com a mente metódica e fria que agora o caracterizava. Ele percebeu que essa seria uma oportunidade perfeita para testar os poderes que o novo mundo havia concedido a ele. “Bukubukuchagama, mantenha as garotas seguras. Riot, você não precisa se preocupar em atacá-los. Deixe que eu teste meus poderes nesses soldados.” Sua voz era calma, mas havia uma ponta de curiosidade quase mórbida.
Os soldados, sentindo o peso da aura de Momonga, recuaram ainda mais, suas espadas tremendo em suas mãos. O medo dominava suas expressões, e o suor escorria por suas testas.
Com um simples movimento de sua mão esquelética, Momonga declarou: “[**ESMAGAR CORAÇÃO**!]” A magia de 9º nível foi lançada sem esforço, e o primeiro soldado cair no chão, morto. O som de seu corpo colidindo com o solo ressoou como um sinal de sua nova realidade. Momonga observou o cadáver com um olhar frio e desapegado. “Entendo... Então não é apenas meu corpo, mas minha mente também não é mais humana,” refletiu em voz alta, um tom quase clínico em sua análise.
Riot, percebendo que restava apenas um soldado, ergueu sua lança. Ele pensou por um instante em usar uma magia grupal, mas decidiu por algo mais específico. “[Raio Maior],” ele declarou, e uma corrente elétrica de 6º nível percorreu o ar, atingindo o soldado remanescente. O homem convulsionou violentamente antes de cair, morto, com seu corpo ainda crepitando com a eletricidade residual.
Momonga observou os resultados com um misto de surpresa e desapontamento. “Um ataque direto e uma magia de morte instantânea funcionaram perfeitamente,” disse ele, antes de lançar outra magia, agora de nível mais baixo, apenas para confirmar suas suspeitas. “[Bola de Fogo].” Uma esfera incandescente de fogo voou em direção ao segundo soldado caído e explodiu com força, reduzindo o corpo a cinzas. Momonga olhou para o que restava com uma expressão de leve desdém. “Uma mísera magia de 3º nível foi suficiente para matá-los instantaneamente... Eles são incrivelmente fracos.”
Riot, ainda segurando sua lança, olhou para os corpos dos soldados com desdém. “Sim, fracos demais,” concordou, a calma retornando ao seu semblante.
Bukubukuchagama, ainda em posição defensiva, relaxou ligeiramente, suas gavinhas retornando à forma base. Ela lançou um olhar de relance para Momonga, sua expressão era difícil de ler, mas havia uma leve sombra de crítica em sua voz quando disse: “E pensar que você hesitou em ajudar... por medo.”
Momonga permaneceu em silêncio, as palavras de Bukubukuchagama ecoando em sua mente. Ela estava certa, em parte. Havia medo, mas não o tipo que ela imaginava. Era o medo do desconhecido, do que ele havia se tornado. Contudo, ele sabia que, neste novo mundo, precisaria colocar esses sentimentos de lado. Os soldados caídos eram apenas o começo, e ele teria que ser ainda mais implacável no futuro.
A batalha havia terminado, mas as implicações estavam apenas começando a se desenrolar. As garotas resgatadas ainda tremiam de medo, mas estavam seguras por enquanto. Momonga, Bukubukuchagama e Riot, por outro lado, estavam cada vez mais conscientes das suas novas realidades e do poder que agora possuíam, e de como poderiam usá-lo neste mundo que mal começavam a explorar.
“Criação de Morto-Vivo: Cavaleiro da Morte.” Momonga declarou com uma voz fria e autoritária, estendendo sua mão esquelética em direção ao corpo inerte do soldado. Uma massa negra e sinistra emergiu do chão, envolvendo o cadáver em uma escuridão densa que parecia pulsar com uma vida própria.
‘Assumiu o controle do corpo... Isso é completamente diferente de YGGDRASIL,’ Momonga ponderou, observando atentamente o processo. Quando a escuridão finalmente se dissipou, um imponente Cavaleiro da Morte, envolto em uma armadura macabra e brandindo uma espada coberta por um brilho etéreo, ergueu-se do cadáver. “Cavaleiro da Morte, mate todos que estiverem usando armaduras.”
O morto-vivo soltou um rugido gutural que reverberou pelo ar, fazendo as duas garotas e até mesmo Bukubukuchagama estremecerem levemente. Sem hesitar, o Cavaleiro da Morte virou-se e começou a correr em direção à aldeia próxima, suas passadas pesadas deixando marcas no solo encharcado.
Momonga franziu o cenho sob seu elmo, surpreso com a ação inesperada de sua criação. “O quê? Qual é o sentido de uma invocação defensiva se afastar do local que deveria proteger?” Sua voz traía uma surpresa que raramente mostrava, mesmo para si mesmo.
Riot, que estava a poucos passos de distância, apenas deu de ombros, a expressão em seu rosto deixando claro que não estava tão impressionado quanto Momonga. “Foi você quem deu a ordem para ele.” Sua voz era calma, quase indiferente. “**De qualquer forma, vou rodear a aldeia e pegar uma visão geral dos nossos inimigos.”
Momonga assentiu em concordância, seu olhar ainda seguindo a figura do Cavaleiro da Morte enquanto este se afastava rapidamente. Ele estava tentando decifrar as nuances deste novo mundo, onde suas magias pareciam ter efeitos inesperados.
Enquanto isso, Bukubukuchagama se aproximava das duas crianças, a viscosidade de seu corpo se moldando suavemente para não assustá-las ainda mais. “Oh, você está ferida!” Ela exclamou, percebendo o sangue escorrendo de um corte no braço de uma das meninas. Sem perder tempo, ela puxou uma poção de cura de seu inventário. “Aqui, beba isto. Vai curar você.” Sua voz, normalmente animada, estava agora tingida de preocupação.
A garota ferida olhou para a poção com olhos arregalados, hesitante por um breve momento antes de perguntar, “Sangue?” Apesar do receio, ela tomou a poção sem questionar mais. Assim que o líquido desceu por sua garganta, seus ferimentos começaram a cicatrizar rapidamente, a carne se fechando e a dor desaparecendo.
Momonga, que observava a interação, perguntou com uma voz suave, mas firme: “**A dor foi embora?**”
A menina, ainda tremendo ligeiramente, assentiu timidamente, seus olhos grandes fixos na figura esquelética à sua frente. Ela claramente estava assustada com a visão do ser diante dela.
‘Hmm, ela está com medo de mim...’ Momonga refletiu, um leve desconforto passando por sua mente, embora não o demonstrasse. Ele sabia que sua nova forma era intimidante, mas não estava acostumado a lidar com crianças, muito menos a confortá-las. “Diga-me, você conhece magia?” Ele perguntou, tentando manter o tom de voz o mais neutro possível.
“Sim, tenho um amigo que consegue utilizar magia,” respondeu a menina, sua voz ainda trêmula, mas com uma leve curiosidade misturada ao medo.
“Entendo. Isso facilita as coisas.” Momonga ergueu a mão novamente, conjurando uma magia defensiva com uma precisão calculada. “Proteção Negrativa Maior.” Uma barreira invisível e poderosa envolveu as duas crianças, uma defesa contra possíveis ameaças. “Isso deve protegê-las. Além disso, peguem este item.” Ele lhes entregou um pequeno amuleto, imbuído com magia. “Ao usá-lo, ele invocará guardiões esqueletos para protegê-las.”
As crianças olharam para o amuleto com um misto de admiração e medo. Momonga não pôde deixar de notar a ironia da situação; aqui estava ele, um ser morto-vivo, tentando tranquilizar duas jovens humanas aterrorizadas.
Enquanto isso, Riot já havia se afastado, seus sentidos aguçados procurando por qualquer sinal de perigo iminente, enquanto Bukubukuchagama observava as crianças com olhos cuidadosos, pronta para protegê-las com sua própria vida, se necessário. O ambiente ainda estava carregado de tensão, mas agora havia uma calma inquieta no ar, uma pausa antes do próximo movimento nesse jogo de vida e morte.
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Então, Momonga e Bukubukuchagama começam a caminhar em direção à aldeia. Mas de repente, uma das garotas diz: “Por favor, os senhores poderiam nos dizer seus nomes?"
Momonga pensa um pouco. Refletido sobre a pergunta e responde: "Eu sou Ainz Ooal Gown e esses são meus fiéis amigos...” Ele diz com uma voz alta e alegre.
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Enquanto isso, os mortos-vivos estavam matando todos os soldados de forma brutal.
Feo, um nobre da Teocracia que está em treinamento para se tornar membro da Escritura da Holocausto, ele tinha uma únidade de ataque rápido na guerra contra os elfos, mas por desobedecer uma ordem de espera mais força para atacar uma aldeia elf , ele acabou de ser rebaixado e enviada para fazer essa missão de destruir essas aldeias de pouca fé e atrair o capitão guerreiro para uma emboscada. Mas ele nunca esperava ter que enfrentar um morto-vivo das lendas.
O morto-vivo aparece de repente e começa a matar seus homens como se não fosse nada.
Feo diz: “Temos que ter fé nos Seis Grandes Deuses.” Ele avança contra o morto-vivo.
O morto-vivo emite um som da morte e avança contra Feo. Ele desfere um golpe vertical, mas Feo consegue desviar por pouco.
Feo já estava no mesmo nível de um aventureiro Orichalcum.
Feo diz: “Essa foi por pouco... devo usar isso.” Ele ativa suas artes marciais.
Feo continua: “[Fortaleza]. Ataque direto. Vida da luz.” Depois de ativar suas artes marciais, ele parte para cima do morto-vivo.
O Cavaleiro da Morte avançou com uma velocidade assustadora, sua lâmina negra cortando o ar com precisão mortal. Em um instante, a espada encontrou seu alvo: Feo, um dos soldados, que mal teve tempo de reagir antes de ver seu braço esquerdo sendo arrancado do corpo em um borrão de dor e sangue. Ele caiu no chão com um grito, a vida se esvaindo rapidamente de seu corpo mutilado.
“—Cavaleiro da Morte, isso é o bastante por enquanto.” As palavras de Ainz, outrora Momonga, saíram com uma calma quase mundana, como se estivesse simplesmente pedindo a conta em um restaurante. Para ele, essa situação não era mais do que uma trivialidade, uma pequena inconveniência em seu caminho. Ele desceu lentamente do ar, pousando no chão ao lado de Bukubukuchagama, cuja presença viscosa oferecia um contraste grotesco à frieza calculada de Ainz.
Os soldados restantes olhavam para Ainz com expressões de puro terror e incredulidade. Até aquele momento, eles haviam alimentado uma tênue esperança de resgate, mas a chegada daquele ser, vestido em uma vestimenta arcana que parecia emanar uma escuridão sem fim, esmagou completamente qualquer vestígio de esperança.
“Saudações, senhores.” A voz de Ainz era profunda e ressoante, carregando um tom de autoridade inquestionável. “Meu nome é Ainz Ooal Gown, e esta ao meu lado é minha amiga, Bukubukuchagama. Eu tenho algumas perguntas e espero que vocês as respondam.”
O silêncio que se seguiu foi esmagador. Nenhum dos soldados ousou pronunciar uma palavra, o medo paralisando suas línguas e mentes. Mas em meio ao pavor, Feo, ainda vivo apesar de seu ferimento horrível, conseguiu erguer o olhar para Bukubukuchagama. Seus olhos, apesar da dor lancinante, estavam cheios de um ódio ardente. Ele reconheceu nela traços que lhe lembravam do maior criminoso da Teocracia Slaine — O Rei Elfo.
“Eu não falo com merda de elfo.” As palavras saíram de seus lábios como veneno, carregadas de desprezo e uma raiva impotente.
Bukubukuchagama, cuja paciência já estava por um fio, foi tomada por uma fúria intensa. Sua forma viscosa se moveu com uma velocidade impressionante, e em um único movimento fluido, ela desferiu um chute brutal na cabeça de Feo. O impacto foi suficiente para quebrar o pescoço do soldado, matando-o instantaneamente. Sua voz, antes calma e quase maternal, agora era uma torrente de ira pura: “**O PRÓXIMO QUE FALAR ALGUMA MERDA VAI MORRER LENTAMENTE!**”
Ainz observou a cena com uma calma inabalável, como se o espetáculo da morte não fosse mais do que uma peça que ele já havia visto inúmeras vezes. Ele deu um passo à frente, sua presença se tornando ainda mais esmagadora enquanto sua aura de mana crescia, fazendo o ar ao redor vibrar com energia negra.
“Eu vou dizer só uma vez.” A voz de Ainz reverberou pelo campo, imbuída com o poder de um ser que já não conhecia as limitações da mortalidade. “Vão embora e nunca mais voltem.” A ameaça era clara e incontestável, cada palavra carregando uma promessa de aniquilação total caso fossem desobedecidas.
Os soldados restantes, que já estavam à beira do colapso mental, não precisaram de outra advertência. Eles se viraram e fugiram com todas as forças que lhes restavam, tropeçando e quase caindo na pressa desesperada de escapar da presença monstruosa que era Ainz Ooal Gown.
Bukubukuchagama observou a fuga dos soldados por um momento antes de voltar seu olhar para Ainz. Sua expressão era uma mistura de incredulidade e uma leve preocupação. “Você não está...” Ela começou, mas suas palavras morreram em seus lábios.
Ainz virou sua cabeça para ela, seus olhos brilhando com uma luz fria e calculista por detrás de sua máscara óssea. “Não se preocupe, minha amiga.” Sua voz agora era suave, quase tranquilizadora, mas carregava uma nota sinistra que não podia ser ignorada. “Eles terão uma boa conversa com Neuronist.*”
Bukubukuchagama sentiu um arrepio correr por sua forma élfica, mas assentiu em silêncio. Ela sabia o que Neuronist significava para aqueles soldados; uma tortura inimaginável, um destino pior que a morte.
E Ainz, com toda sua nova natureza de soberano implacável, sabia que cada movimento que fazia estava moldando o futuro não apenas para ele, mas para todos ao seu redor.
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Quando Ainz se aproximou, ele pôde ver mais claramente a confusão e desconforto nos rostos dos aldeões. Não era como se estivessem infelizes em serem resgatados dos cavaleiros, mas estavam simplesmente amedrontados pela pessoa diante deles.
Ainz finalmente percebeu isso. Ele era poderoso, muito mais do que aqueles cavaleiros, então não considerou essa situação do ponto de vista de uma pessoa fraca.
Ele decidiu refletir sobre isso e ponderou tranquilamente. Se ele se aproximasse demais, o resultado seria o oposto do que estava esperando. Portanto, Ainz decidiu parar a uma distância deles, e falou em tom gentil mais Bukubukuchagama fala primeiro com uma voz bem natural e simpática:
“Vocês foram salvos. Podem relaxar.”
“...Q-Quem, quem é...”
Um dos aldeões estava dizendo isso, mas mesmo tentando falar com Ainz, seus olhos não deixavam de encarar o cavaleiro da morte.
“Eu vi alguém atacando este vilarejo, então vim para ajudar.”
“Ohh...”
Quando os barulhos se espalharam, olhares de alívio surgiram nos rostos dos aldeões. Mesmo assim, eles não poderiam estar completamente à vontade.
‘—Isso vai ser complicado. Devo tentar uma abordagem diferente?’ Ainz decidiu lidar com isso de uma forma que ele não gostava muito. “...Claro, minhas ações não foram de graça. Espero uma recompensa compatível com o número de aldeões que salvei.”
Bukubukuchagama olha para seu amigo com desconfiança.
Os aldeões se entreolharam. Parece que eles estavam preocupados com dinheiro.
No entanto, seus olhares duvidosos desapareceram. Essa demanda grosseira por dinheiro em troca de salvação parecia ter acalmado um pouco suas suspeitas.
“Co-com o vilarejo em seu estado atual...”
Ainz levantou a mão para silenciar o outro homem antes de continuar. “Vamos discutir isso mais tarde. Eu resgatei um par de irmãs antes de vir aqui. Eu vou trazê-las agora. Vocês podem esperar aqui por mim?”
Ele tinha que se certificar de que essas irmãs não falassem sua verdadeira identidade.
{Bukubukuchagama, eu vou alterar as memórias das duas crianças. Você poderia ficar?"}
{Ok.}
Ainz Ooal Gown desativar a mensagem e ativar para Riot.
Mas a magia teve um tipo de interferência.
“Uhhhhhh... Mais o que foi isso?” Ele tenta mais uma vez e funciona.
{... Riot aconteceu alguma coisa com você ? Como vai os arredores?}
{...Não tem ninguém... Eu já me comuniquei com os outros, parece que tem um grupo vindo nessa direção. Eles devem demorar uma hora para chegar.}
{Uhm. Entendi. Riot, você poderia captura os soldados que eu deixei escapar e levar para Neuronista?.}
{Eu... Está bom, vou capturar ele e aproveitar e trazer NPCs mercenário para aqui.}
{Muito bem, uma boa ideia.}
‘—Espero que a magia de mudança de memória funciona...’
+++
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Overlord•Overlord-73
Fanfic["Tudo tem um começo e um final, mas para AINZ OOAL GOWN, só tem começo eterno"]