Narberal Gamma mais uma vez se dirigia à aldeia que seu mestre, Momonga —Ainz Ooal Gown-sama, Bukubukuchagama — Buku Ooal Gown-sama e Riot-sama, havia salvado. Foi seu criador, Nishikienrai-sama, quem sugeriu que ela fosse responsável por supervisionar a aldeia uma vez por dia, uma tarefa que ela cumpria com diligência, apesar de se sentir um pouco antipática com isso.
Narberal Gamma, apesar de sua lealdade inquestionável aos Seres Supremos e sua disposição para cumprir suas ordens, sentia um certo desconforto em ser encarregada de supervisionar a aldeia onde seu mestre havia intervido. Ela entendia a importância da missão e reconhecia a confiança depositada nela por seu criador, Nishikienrai, mas ainda assim, a ideia de ser encarregada de uma responsabilidade tão mundana não combinava muito com sua personalidade séria e eficiente.
Sua missão —supervisionar o vilarejo— havia sido designada por seu criador, Nishikienrai-sama, e ela a cumpria com a mesma diligência que aplicava a qualquer ordem dos Seres Supremos. Ainda assim, em seu íntimo, ela se ressentia por ter de lidar com o que considerava uma tarefa mundana, inferior à sua grandiosidade.
‘Eu deveria estar ao lado dos Seres Supremos, lutando em seu nome, não cuidando de camponeses.” Seus pensamentos eram duros, mas sua expressão não deixava transparecer nenhuma insatisfação. Afinal, sua lealdade era inquestionável, e qualquer ordem que viesse dos Seres Supremos era um privilégio a ser aceito com gratidão.
Ao se aproximar da aldeia, seus olhos afiados captaram um detalhe que imediatamente a pôs em alerta. Entre os aldeões habituais, cujas rotinas ela já conhecia de tantas visitas, estava um grupo de estranhos: um homem e quatro mulheres que claramente não pertenciam àquela terra rural. O olhar de Narberal estreitou-se, enquanto sua mão instintivamente se movia em direção ao cabo de sua espada, preparada para qualquer eventualidade.
Enri Emmot, a jovem aldeã a quem Ainz-sama, Buku-sama e Riot-sama havia salvo em um passado recente, estava do lado de fora, aparentemente organizando o que parecia ser o almoço para os aldeões. Quando Narberal se aproximou, sua presença imponente foi logo percebida, e Enri, com uma expressão de respeito misturada a um leve nervosismo, apressou-se para saudá-la.
“Olá, senhora Narberal. Eu tenho uma coisa a di—”
Sem perder tempo com cortesias, Narberal interrompeu, sua voz fria e cheia de autoridade. “Diga quem são esses?” Seus olhos perfuravam Enri como facas, exigindo uma resposta imediata.
Enri recuou ligeiramente, sentindo-se intimidada pela severidade de Narberal. A aldeã sabia que estava diante de alguém cujo poder ia muito além do que podia imaginar. Ainda assim, respirou fundo e respondeu com o máximo de respeito. “Estes são aventureiros que chegaram recentemente à nossa aldeia. Eles vieram entregar um convite ao Supremo Feiticeiro e à Cavaleira Suprema que nos salvou durante o ataque anterior. Eles estão a mando do Marquês Raeven e vieram em uma missão oficial.”
Os olhos de Narberal se estreitaram ainda mais, seu rosto uma máscara de desdém calculado. “Entendo. Eles foram enviados por um nobre?” Sua voz, baixa e controlada, quase rosnava. “Então, o que deseja esse Marquês com os Seres Supremos?”
Enri hesitou, sabendo que estava em terreno delicado. Escolhendo as palavras com cuidado, ela começou a responder, “O Marquês Raeven deseja conv—”
De repente, uma voz feminina interrompeu bruscamente. “Ei, mulher. Você é uma subordinada do Feiticeiro?” A voz era direta, impetuosa, e seu tom causou uma mudança imediata na atmosfera.
Narberal virou-se lentamente, seus olhos fixando-se na origem da interrupção: uma mulher mascarada, claramente uma aventureira, cujos modos demonstravam uma total falta de respeito.
Antes que Narberal pudesse reagir, uma voz diferente, mais refinada e controlada, repreendeu a mascarada. “—Evileye, que falta de educação.” A líder do grupo, Lakyus, se aproximava, com as gêmeas Tia e Tina logo atrás.
Narberal sentiu seu sangue ferver, uma raiva silenciosa crescendo dentro de si. Como ousavam esses vermes agir de forma tão insolente? Em seus pensamentos, murmurou em desgosto: ‘Mas que verme...’
“Sim.” Sua resposta foi breve, mas carregada com um frio cortante que fez o ambiente ao redor parecer mais gelado. Seu olhar mortal fixou-se em Evileye, como se apenas sua presença fosse uma afronta.
Lakyus, percebendo o perigo na postura de Narberal, ergueu as mãos em um gesto pacificador. “Perdoe a imprudência de minha companheira. Não foi nossa intenção ofender.”
Narberal manteve-se imóvel, seus olhos ainda brilhando com desdém. “Tais palavras de desculpa são irrelevantes para mim. Apenas lembre-se... qualquer desrespeito aos Seres Supremos não será tolerado.”
A tensão no ar era palpável, e Evileye, apesar de sua atitude audaciosa, recuou um passo, sentindo o peso da presença de Narberal. Mesmo alguém tão confiante quanto ela sabia que não podia subestimar uma serva de dois indivíduos tão fortes.
Lakyus inclinou ligeiramente a cabeça, mostrando respeito. “Estamos aqui em nome do Marquês Raeven, com a intenção de estabelecer um canal de comunicação pacífica. Não há desejo de conflito.”
Narberal, após um breve silêncio, finalmente respondeu. “Entendido. Eu transmitirei suas palavras ao Supremos. Até então, vocês farão bem em se comportar adequadamente.”
Narberal Gamma, com o rosto inexpressivo, virou-se e começou a caminhar de volta para a floresta, sua mente agitada pela audácia dos humanos. Cada passo que dava era carregado de desdém, e o som de suas botas ecoava como o peso de sua superioridade. Embora fosse uma tarefa simples supervisionar a aldeia Carne, Narberal sabia que qualquer interação, por mais insignificante que parecesse, deveria ser relatada a Ainz-sama. Ele tomaria a decisão mais sábia para o bem de Nazarick. Como poderia ser de outra forma?
Suas emoções estavam em ebulição, mas seu rosto mantinha a frieza habitual. ‘Meros insetos,’ pensou, apertando ligeiramente os punhos. ‘Eles ousam falar conosco como se fossem iguais.’ Narberal lançou um último olhar para o grupo de aventureiros antes de desaparecer na densa floresta, sua silhueta desaparecendo lentamente entre as sombras das árvores.
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No outro lado da clareira, o clima entre os aventureiros de adamantite estava tenso. Lakyus, a líder do grupo Blue Rose, encarava Evileye com um olhar de frustração mal contida.
“Evileye, o que deu em você?” perguntou Lakyus, visivelmente irritada, seu tom afiado o suficiente para cortar o silêncio. A jovem líder estava acostumada com os momentos de impetuosidade de sua companheira, mas agora não era hora para isso. Interagir com subordinados do Feiticeiro exigia cautela, e Evileye quase estragara tudo.
Tina, uma das gêmeas assassinas, não perdeu tempo em acrescentar seu habitual sarcasmo à situação. “Evileye é uma pessoa impura, Líder Malévola.”
“Isso mesmo, Líder Malévola. Evileye não pensa direito e—” começou Tia, mas foi prontamente interrompida por um grito raivoso.
“Cala a boca, vocês duas!” Evileye vociferou, virando-se para encarar as gêmeas com um olhar mortal por trás de sua máscara. “E você, Lakyus, escuta bem: aquela mulher é perigosa. Eu diria que ela é mais forte do que eu.” Sua voz estava cheia de uma raiva contida, mas também de uma preocupação genuína.
O choque passou pelo rosto de Lakyus como uma onda, seus olhos se arregalando levemente. “O quê? Então uma simples subordinada do Feiticeiro e da Cavaleira é mais forte do que uma aventureira de adamantite!?” Ela murmurou, quase incrédula. “Quão fortes são esses dois Supremos?”
Evileye suspirou, cruzando os braços enquanto tentava conter o turbilhão de pensamentos. “Eu não sei,” ela admitiu, a preocupação evidente em sua voz abafada pela máscara. “Mas com certeza ele não é alguém com quem devemos brincar. Aquela mulher... só sua presença já era esmagadora.” Ela olhou diretamente para Lakyus, o medo silencioso evidente em seu tom.
Lakyus ficou em silêncio, seu semblante carregado de incerteza. Se uma subordinada de Ainz Ooal Gown era mais forte do que uma aventureira de adamantite, o que isso significava para o reino? Ela olhou para o horizonte, onde Narberal havia desaparecido, e uma sensação de desconforto tomou conta dela.
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De volta a Nazarick, Narberal avançava pelos majestosos corredores do 9° andar. Seus passos ecoavam em perfeita sincronia com a magnificência do lugar. Cada detalhe dos corredores dourados, as tapeçarias e adornos refletiam a grandiosidade dos Seres Supremos, e Narberal sentia-se honrada por simplesmente caminhar ali.
Sua mente, no entanto, estava focada em uma única coisa: relatar os acontecimentos da aldeia Carne a Ainz-sama. Tudo deveria ser comunicado com precisão, sem omitir um único detalhe. Ao passar por alguns NPCs de menor status, ela nem sequer os notou, seus pensamentos inteiramente consumidos pela necessidade de informar o Supremo Feiticeiro.
No caminho, encontrou alguns dos Seres Supremos. Seus olhos brilharam por um momento com uma emoção que ela raramente demonstrava em público. Eles, os deuses criadores de Nazarick, estavam ali. Narberal fez reverências profundas a cada um deles, seu respeito absoluto, quase devocional. Ao ver Bukubukuchagama-sama, ela teve que lutar para manter a compostura. A presença dela sempre a fazia lembrar de Nishikienrai-sama, seu criador. A honra que sentia ao servir a esses seres era indescritível.
Ao chegar à entrada da sala de Ainz-sama, Narberal Gamma respirou fundo antes de abrir as portas. Para ela, cada momento ao lado dos Seres Supremos era um privilégio incomensurável, e ela faria de tudo para não desperdiçá-lo. Ao adentrar, seus olhos captaram de imediato a figura de Albedo, a supervisora dos guardiões, saindo da reunião. Sua presença irradiava poder e elegância, como sempre.
Narberal imediatamente inclinou-se em uma reverência impecável. “Bom dia, Lady Albedo. Espero que a reunião tenha sido produtiva.”
Albedo, com sua graça natural, respondeu com um sorriso caloroso. “Sim, a reunião foi muito produtiva. Estou certa de que Ainz-sama ficará satisfeito com os resultados. Mas e quanto a você, Narberal? Vejo que retornou de sua missão na aldeia Carne. As coisas foram as mesmas?” Sua voz era suave, mas carregava o peso de uma autoridade inquestionável.
Narberal manteve sua postura rígida e respondeu com precisão. “Sim, Lady Albedo. Entretanto, desta vez, aventureiros foram enviados à aldeia, a mando de um marquês do Reino Re-Estize. Acredito que isso requer a atenção de Ainz-sama.”
Albedo arqueou uma sobrancelha, o interesse se intensificando em seu olhar. “Aventureiros, você diz? Muito bem. Os seres Supremos, sem dúvida, acharam isso intrigante. Vá e reporte-lhe diretamente. Sua dedicação será bem vista.”
Narberal fez outra reverência profunda. “Agradeço, Lady Albedo.”
Albedo acenou com a cabeça, e Narberal passou por ela, dirigindo-se à imponente sala onde Ainz-sama esperava. Ao cruzar as grandes portas duplas, seu coração acelerou levemente – algo raro para alguém de sua estirpe – mas ela sabia que era por causa da imensurável honra de estar na presença do Supremo Feiticeiro.
Dentro da sala, Ainz Ooal Gown estava sentado em uma luxuosa poltrona de couro, sua aura era tão esmagadora quanto Narberal sempre se lembrava. Ao seu lado, uma empregada doméstica permanecia atenta, pronta para servir. Também estavam presentes Os Seres Supremo Grievous Sin e Ancient One, ambos concentrados em uma pilha de documentos que analisavam meticulosamente. O ambiente era denso, carregado pela presença dos poderosos Seres Supremos.
Ao se aproximar, Narberal fez uma reverência impecável, baixando a cabeça com profunda deferência.
Ainz ergueu o olhar, e mesmo que seu semblante esquelético fosse imutável, Narberal podia sentir o leve traço de interesse. “Narberal, que surpresa agradável vê-la. É incomum você vir aqui. Tem algo para relatar?”
Narberal, ainda com a cabeça baixa, falou em um tom formal e respeitoso. “Sim, Ainz-sama. Retornei do Vilarejo Carne e trago informações que acredito serem de importância para Nazarick. Aventureiros foram enviados à aldeia por um nobre do Reino Re-Estize, o Marquês Raeven. Eles trazem um convite oficial destinado a você e a Buku Ooal Gown-sama.”
Ainz cruzou os dedos esqueléticos sobre o peito, em um gesto pensativo. “Convite? Para quê exatamente?”
Antes que Narberal pudesse responder, Grievous Sin, com seus tentáculos suaves balançando de um lado para o outro, interveio. “Interessante. Então o Reino Re-Estize quer agradecer oficialmente aos dois por salvar a aldeia. E, ao que parece, por salvar também o guerreiro-chefe Gazef Stronoff. Mas é estranho que eles desejem ir a E-Rantel em vez da capital do Reino, não acha, Ainz-sama?”
Ainz inclinou ligeiramente a cabeça, ponderando a observação de Grievous Sin. “Sim, há algo peculiar nisso.”
Ancient One, que até então permanecera em silêncio, acrescentou em sua voz grave e calma: “Talvez eles estejam cautelosos. Afinal, do ponto de vista deles, Ainz e Buku não são mais do que um feiticeiro e uma cavaleira poderosos, mas desconhecidos. Não possuem informações suficientes para nos subestimar ou superestimar.”
Narberal permaneceu em silêncio absoluto, esperando que os Seres Supremos chegassem a suas próprias conclusões. Ela sabia que sua função era simplesmente transmitir as informações com precisão e permitir que a sabedoria de dos Seres Supremo decidisse o melhor curso de ação.
Ainz refletia silenciosamente, seus olhos carmesins brilhando com o brilho do poder e da inteligência. O vazio que habitava seu crânio esquelético era preenchido por uma mente afiada, considerando todas as possibilidades à sua disposição. ‘Interessante... O Reino Re-Estize claramente está pisando com cuidado ao lidar conosco. Não é surpreendente, dado o desconhecimento deles sobre Nazarick. No entanto, o fato de enviarem aventureiros em vez de emissários diretamente à capital levanta algumas questões. Isso é um teste? Ou talvez uma estratégia para evitar compromissos prematuros? E por que evitar a capital? Algo mais está em jogo aqui?’ Ainz ponderou, suas órbitas pulsando em um vermelho intenso, refletindo o turbilhão de pensamentos que atravessavam sua mente.
Grievous Sin e Ancient One, por sua vez, trocavam olhares rápidos, carregados de significados. Seus corpos imponentes mantinham-se imóveis, mas suas mentes trabalhavam de forma incansável. A expressão de Grievous Sin, com seus tentáculos se movimentando ligeiramente, indicava uma profunda consideração sobre as possíveis motivações do Reino Re-Estize.
“Parece que o Reino está sendo cauteloso,” comentou Grievous Sin, seus tentáculos balançando suavemente. “Mas o fato de eles estarem evitando a capital e escolhendo E-Rantel como o ponto de contato levanta suspeitas.”
Ancient One, mais silencioso até então, inclinou a cabeça levemente, sua voz grave ecoando pela sala. “Talvez seja uma tentativa de nos testar, ou simplesmente evitar o escrutínio dos outros nobres. No entanto, não podemos descartar a possibilidade de interesses ocultos. Em qualquer caso, não devemos agir de forma precipitada.”
Ainz, com sua habitual calma, assentiu lentamente. “Exato. Devemos considerar todas as variáveis antes de agir. Não podemos subestimar o Reino Re-Estize, mesmo que eles, em comparação com Nazarick, sejam insignificantes. Ainda assim, o jogo político exige cautela.”
Os olhos de Ancient One brilharam levemente, um sinal de que ele havia chegado a uma conclusão. Ele então se virou para Narberal, cuja atenção era absoluta. “Narberal, prepare-se para enviar uma mensagem ao Marquês Raeven,” ordenou ele, sua voz ecoando na vasta sala. “Agradeça pelo convite e expresse minha gratidão pelo gesto. Diga-lhe que estou considerando cuidadosamente sua proposta e que entrarei em contato em breve com uma resposta definitiva.”
Narberal imediatamente se curvou profundamente, sua voz repleta de reverência. “Sim, Ancient-sama. Cumprirei sua ordem imediatamente.”
Seus passos foram calculados enquanto ela se retirava da sala, sua postura ereta e impecável, digna de alguém que estava carregando o peso das ordens do Ser Supremo. O coração de Narberal ardia com a determinação de garantir que tudo fosse feito de acordo com os desejos de Ainz-sama. Não havia espaço para erros quando se tratava de servir a Nazarick e seus líderes.
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Ainz relaxou na cadeira, seus ossos rangendo ligeiramente enquanto cruzava os dedos ossudos à frente do peito. Seu olhar vazio e penetrante repousou sobre Ancient One, o demônio de seis braços, enquanto uma leve dúvida o envolvia.
“O que vocês acham disso?” Ainz perguntou, sua voz profunda reverberando pela sala, carregada de uma calmaria inquietante.
Ancient One, cujos múltiplos braços estavam cruzados em uma postura pensativa, ergueu um de seus olhos extras para encarar Ainz. Sua voz ecoou como o sussurro de uma antiga entidade, fria e calculada. “Está dentro do esperado, meu amigo. O Reino Re-Estize está em hesitações. Se não fosse por Traumarei, nós já teríamos aproveitado a oportunidade de estabelecer um laço com eles desde o início.”
A comedora de cérebros, sentada a uma curta distância, interveio com sua voz rouca, que parecia escorrer de sua garganta como um líquido viscoso. “Traumarei está sendo racional ao manter uma distância...”
Ancient One interrompeu abruptamente, sua expressão endurecendo por um momento. “Racional? Ele está sendo ditatorial. Mas eu entendo...” Sua voz falhou por um instante, como se hesitasse em revelar seus verdadeiros pensamentos. “Perdoe-me. Vou passar essas informações a ele, embora espere que ele não crie algo peculiar em resposta.”
Ancient One levantou-se lentamente, cada movimento meticulosamente controlado, como se a gravidade tivesse pouco efeito sobre ele.
Ainz observou em silêncio, considerando as palavras de seu subordinado. Ele soltou um suspiro, algo que, por hábito, havia mantido de seus dias como humano, embora não precisasse mais de ar. “... Talvez ele deseje ir em meu lugar. Isso, na verdade, seria bom. Não creio que eu possua a postura refinada o suficiente para lidar com um nobre...”
Grievous Sin, sempre envolto em uma aura grotesca e bizarra, riu com uma voz grave que sacudiu levemente o ambiente. “Ha, não seja tão modesto, meu amigo. Você tem a postura perfeita de um monstro horrível.”
Ainz piscou por um segundo, processando o comentário. Ele inclinou levemente a cabeça, a dúvida preenchendo o espaço onde suas sobrancelhas antes existiriam. ‘Isso foi um elogio?’ pensou ele, perplexo. O tom de Grievous Sin parecia sincero, mas, ao mesmo tempo, havia um toque de ironia que Ainz não podia ignorar.
Os outros na sala permaneceram quietos, talvez compreendendo a tensão invisível que pairava. O silêncio, embora desconfortável para outros seres, era um companheiro comum entre os habitantes de Nazarick, especialmente quando Ainz refletia. Ancient One, no entanto, quebrou o silêncio com um murmúrio.
“Mesmo que Traumarei vá no seu lugar, Ainz, nunca devemos subestimar a importância de sua presença. Afinal e você que e o mestre dessa guilda não ele.”
Ainz assentiu levemente. Havia sabedoria nas palavras de Ancient One, embora ele próprio, em sua humildade oculta, não se visse como tal. “Sim, talvez tenha razão.” Ainz suspirou novamente, uma vez mais sem necessidade, mas cheio de pensamentos. “Ainda assim, é cansativo lidar com política. Às vezes, preferia esmagar tudo de uma vez e acabar com isso.”
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Narberal Gamma retornou o Vilarejo Carne, sua figura cortante como uma lâmina, com sua presença rígida e imponente projetando uma aura de autoridade inabalável. Cada passo seu parecia ecoar pela terra enquanto se aproximava do grupo de aventureiros e da jovem Enri, seus olhos dourados observando a todos como se estivesse diante de meros plebeus.
Enri, a primeira a notá-la, forçou um sorriso nervoso. Ela sabia que a presença de Narberal indicava algo importante. Com uma leve hesitação, ela quebrou o silêncio. “Bem-vinda de volta, senhora Narberal. Você conseguiu falar com o Supremo Feiticeiro?”
Narberal apenas assentiu, os olhos como duas pedras preciosas gélidas voltados para os aventureiros. Sua voz, firme e inflexível, cortou o ar. “Sim, falei com Ainz-sama. Ele expressou sua gratidão pelo convite do Marquês Raeven e está considerando a proposta. Em breve, ele enviará uma resposta definitiva.”
A mente de Enri girava em círculos. ‘Ainz? Então é esse o nome do Feiticeiro Supremo...’ Pensamentos agitados passaram por sua mente, mas ela se conteve, observando a implacável postura de Narberal.
Lakyus, sempre polida e consciente de seu papel, deu um passo à frente, sua postura quase refletindo a mesma formalidade de Narberal. Um sorriso discreto adornava seu rosto. “Agradecemos pela rápida resposta, senhorita Narberal. Entendemos que o Supremo Feiticeiro e a Cavaleira Suprema devem ter muitas responsabilidades. Podemos esperar uma resposta aqui na aldeia, ou devemos retornar a E-Rantel?”
Narberal manteve sua voz fria e sem emoção, mas havia um leve brilho de impaciência em seus olhos ao responder. “Vocês podem esperar aqui na aldeia. Meu mestre entrará em contato assim que tomar uma decisão.”
Lakyus fez um leve aceno, respeitando a formalidade da resposta, mas antes que pudesse continuar, Evileye, com seu habitual ceticismo e desconfiança, não pôde conter a pergunta que a consumia. Seu tom era carregado de curiosidade, mas também de uma leve provocação. “Então, qual é a opinião do Supremo Feiticeiro sobre o Marquês Raeven e a proposta de aliança?”
O rosto de Narberal imediatamente endureceu, suas sobrancelhas ligeiramente franzidas enquanto seus olhos perfuravam Evileye com desagrado. Havia uma clara demonstração de sua reprovação pela pergunta. “Isso é algo que meu mestre decidirá.” Sua resposta foi rápida e cortante, deixando claro que tal intromissão não seria tolerada.
Tina e Tia, sempre em sintonia uma com a outra, não perderam um único movimento ou expressão. Tina, mantendo a voz baixa, sussurrou para sua irmã gêmea, seus olhos nunca deixando Narberal. “Essa mulher é realmente perigosa.”
Tia, em um murmúrio quase imperceptível, concordou. “Sim, é evidente. Algo nela é... além do que podemos lidar.”
Lakyus, tentando aliviar a tensão que Evileye inadvertidamente criara, forçou um sorriso educado, sua voz suave cortando o ar pesado. “Agradecemos por nos manter informados, senhorita. Estamos ansiosos para ouvir a decisão do Supremo Feiticeiro.”
Narberal, mantendo sua postura séria e quase indiferente, deu um breve aceno de cabeça. “Agora, tenho outras responsabilidades a cumprir.” Virou-se ligeiramente para Enri, sua voz autoritária mas controlada, deixando claro que sua paciência era limitada. “Enri, informe-me se houver qualquer mudança na situação.”
Enri, com um leve tremor na voz, assentiu rapidamente. “Sim, senhora Narberal! Claro, farei isso!”
Sem mais uma palavra, Narberal se afastou, sua postura ainda impecável e sua presença ainda dominante. O grupo de aventureiros a observava enquanto ela desaparecia à distância, todos cientes de que, apesar de sua breve presença, a ameaça de Nazarick sempre pairava sobre eles, como uma sombra inescapável.
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Nas profundezas de Nazarick, em uma grandiosa e ornamentada sala de reunião, os membros mais intelectuais da guilda AINZ OOAL GOWN estavam reunidos ao redor de uma mesa de ébano. A atmosfera era pensativo com o peso das decisões que tinham pela frente, e todos sabiam que qualquer passo em falso poderia desencadear uma série de eventos imprevistos. A proposta do Reino Re-Estize estava na mesa, e a oportunidade, embora tentadora, também carregava riscos.
Ainz estava inclinado para frente, seus ossos sem carne imóveis, mas seus olhos, aqueles pontos vermelhos incandescentes, brilhavam intensamente, refletindo o movimento incansável de sua mente. “O Reino Re-Estize fez seu movimento, um Marquês chamado Raeven deseja falar comigo e com Buku em E-Rantel.” Sua voz ecoou pela sala, fria e solene. “Nossa presença não pode ser ignorada por eles. Mais cedo ou mais tarde, teremos que lidar com isso. E é melhor fazê-lo estendendo a mão de forma amigável, demonstrando poder, mas com moderação. Nossas exigências são poucas, e com a ajuda que podemos oferecer, eles, sem dúvida, verão a sabedoria em um pacto.”
Pero, com seus olhos de ave astutos, cruzou os braços enquanto ponderava sobre as palavras de Ainz. “Quais são exatamente as nossas exigências?” Ele perguntou, sua voz curiosa, mas afiada. “Nós queremos a vila e a floresta, pelo que me lembro, mas… a floresta não faz parte do território do Reino?”
Ancient One, o demônio de seis braços, inclinou-se levemente para frente, seus olhos brilhando com sabedoria antiga. “Sim, tecnicamente faz parte do Reino, mas o controle real sobre a floresta é questionável. Eles não têm presença significativa ou influência sobre o que acontece dentro dela.”
Pero franziu a testa, seus pensamentos ainda inquietos. “E fora isso? Quer dizer, queremos mesmo a floresta? O que faríamos com ela?” Seus olhos se voltaram para Ancient One, buscando uma resposta que fizesse sentido.
Kimiko kuh, casualmente reclinado em sua cadeira, deu de ombros. “Não é como se eles fizessem grande coisa com a floresta. Mas, honestamente, não vejo grande utilidade em reivindicar esse lugar.” Seus olhos vagavam pela mesa, como se procurasse apoio ou uma ideia mais concreta.
Punitto Moe, o estrategista, estreitou os olhos, sua mente sempre dois passos à frente. “Nossas necessidades são muitas e ao mesmo tempo poucas.” Ele pausou, sua voz carregando a ponderação cuidadosa que o caracterizava. “O que queremos não é necessariamente território, mas influência. Estabilidade. Garantias. Nada que nos prenda desnecessariamente.”
Mahitostu, sempre prático, estalou os dedos ao ter uma ideia. “Comércio,” ele disse, sua voz firme e direta. “Podemos usar essa oportunidade para estabelecer rotas de comércio. Nazarick não é um lugar para o qual podemos convidar qualquer um, mas o comércio pode ser estabelecido sem comprometer nossa base.”
Os olhos de Pero se estreitaram enquanto ele considerava essa possibilidade. “Negociar, hein? Se fizermos isso e reivindicarmos uma vila, uma cidade ou até mesmo um território... não estaremos nos estabelecendo como uma nação?” Ele olhou para seus companheiros, a dúvida presente em sua voz. “Não estou dizendo que é uma má ideia, mas… é isso mesmo o que queremos?”
Traumarei, que até então mantivera um silêncio desconcertante, suspirou profundamente. Seu rosto, embora sempre sombrio, agora carregava um certo desdém visível. “Não quero firmar um acordo que só nos trará dor de cabeça em vez de benefícios.” Sua voz, profunda e quase sinistra, cortou o ar pesado da sala. “O Reino Re-Estize, com base em todas as informações que reunimos, é uma nação politicamente instável. Seu governo é uma rede emaranhada de facções rivais, e sua economia… francamente, não têm nada que nos interesse. Sua influência sobre outros países é, no máximo, normal.”
A sala ficou em silêncio por um breve momento, antes que Agarudarou se inclinasse para frente, seus olhos cintilando com uma luz perigosa. Era claro que ele não pretendia soar ameaçador, mas a intensidade de suas palavras não deixava margem para dúvida. “Somos mais do que apenas uma 'guilda' agora. Inevitavelmente, seremos vistos como uma entidade equivalente a reinos ou cidades-estado.” Ele gesticulou dramaticamente, como se já estivesse visualizando o que viria a seguir. “A área ao redor de Nazarick, com ou sem nossa palavra, logo será considerada sob nossa influência. É melhor tomarmos o controle dessa narrativa. Estabeleceremos nossa própria cidade-estado.” Ele fez uma pausa, esperando que suas palavras tivessem o efeito desejado. "... Isso foi muito dramático? Achei que combinava, mas—"
Traumarei não perdeu tempo em responder, sua expressão permanecendo severa enquanto ele o encarava. “Você está sugerindo que nos revelemos publicamente?”
Agarudarou hesitou por um momento, mas assentiu, um pouco menos confiante. “E… sim. Acho que é a melhor estratégia.”
“Wizzz...” Traumarei zombou, seu tom carregado de escárnio. “Cada um mais idiota do que o outro. Nossa identidade deve ser mantida em segredo. Revelar quem somos nos colocará no centro das atenções de maneira que não podemos controlar.”
Grievous Sin, até então perdida em seus pensamentos, decidiu intervir, sua voz suave, porém carregada de ponderação. “Traumarei tem um ponto válido. Revelar nossa identidade pode, de fato, atrair mais problemas do que benefícios imediatos. No entanto, também não podemos ignorar as oportunidades que surgem ao estabelecermos uma base comercial e ao expandirmos nossa influência sobre a região. O desafio aqui será encontrar o equilíbrio entre anonimato e presença.”
A tensão no ar foi suavemente quebrada quando Buku, sempre pragmática, tomou a palavra, sua voz gorgolejando levemente. “Então, qual é o plano? Vamos nos esconder ou nos envolver de vez com o Reino?”
Traumarei permitiu-se um pequeno sorriso, quase imperceptível, enquanto cruzava os braços. “Nós procederemos com cautela. Vamos enviar uma mensagem ao Marquês Raeven, expressando nossa gratidão pelo convite e demonstrando interesse em sua proposta. No entanto, não tomaremos nenhuma decisão precipitada. Enquanto isso, manteremos uma vigilância cuidadosa sobre a situação política do Reino Re-Estize, buscando oportunidades para reforçar nossa posição sem, de fato, revelarmos nossa verdadeira natureza. Ainz você e Buku e também Ancient One cuidaram disso.”
Ainz, que até então havia se mantido em silêncio absoluto, assentiu lentamente, seus olhos vermelhos brilhando com a clareza da estratégia que estava sendo traçada. “Está decidido, então.”
Com a decisão final tomada, o ambiente de incerteza começou a se dissipar. Logo, Narberal Gamma foi encarregada de levar a mensagem aos aventureiros que aguardavam impacientemente na aldeia Carne. Sua expressão séria e postura impecável refletiam sua absoluta dedicação à tarefa, enquanto ela deixava a grande sala de Nazarick.
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No quarto luxuosamente decorado de Ainz Ooal Gown, o silêncio só era interrompido pelo ocasional tilintar dos artefatos mágicos nas prateleiras. Suzuki Satoru, ainda se adaptando ao corpo do Senhor Supremo, estava sentado em um trono majestoso, enquanto seus dois velhos amigos, Pero e Ulbert, estavam ao seu lado, ambos focados em um único objetivo: preparar Ainz para sua iminente reunião com o Marquês Raeven.
Ainz, com seu crânio sem pele visível e seus olhos brilhando em um vermelho profundo, suspirou internamente. Como ele, um simples ex-salário humano, deveria se comportar adequadamente diante de um nobre de outro mundo? Ele até sabia o básico de etiqueta, mas sua confiança estava longe de ser ideal.
“Saudações, Marquês Raeven. Eu sou Ainz Ooal Gown, feiticeiro que reside nos confins da Grande Floresta de Tob. Humildemente, agradeço seu convite.” Ainz recitou as palavras cuidadosamente, mas sua postura rígida e formalidade excessiva denunciavam sua hesitação.
Ulbert, com seus olhos demoníacos e sorriso malicioso, observava a atuação do amigo com uma expressão de crítica aberta. “Não.” Ele balançou a cabeça, cruzando os braços enquanto sua cauda demoníaca se enrolava ao redor de sua cintura. “Você tem que colocar mais emoção. Isso parece um discurso de robô.”
Ainz franziu a testa, ou pelo menos o que seria o equivalente a isso em um rosto sem carne. “Mmm, mais ainda?” Sua voz soou incerta, como se estivesse tentando equilibrar o peso da responsabilidade. “Olha, Ulbert, estou dando o meu melhor aqui. Acho que você está querendo demais.”
Pero, sempre o mediador, interveio com um sorriso divertido. Seus olhos de águia brilhavam com um toque de malícia, mas sua intenção era apaziguar. “Ele tem razão, Ulbert. Ainz já tem uma voz de autoridade. Se ele colocar mais emoção, vai acabar assustando todo mundo. Lembra daquela vez que ele gritou com os Albedo? Quase tivemos uma um ataque cardíaco na sala do trono.”
Ulbert bufou, não convencido. “Vocês não entendem o verdadeiro poder da presença! Deixe-me mostrar como se faz.” Ele deu um passo à frente, suas mãos demoníacas tremulando levemente, e ergueu os braços de maneira teatral. “Eu, AINZ OOAL GOWN, estou aqui para receber seus agradecimentos por ter salvado sua aldeia e seu capitão guerreiro!” Sua voz trovejante ecoou pelo quarto, acompanhada de gestos grandiosos e dramáticos.
Pero quase engasgou de tanto rir. “MUITO EXAGERADO!” Ele se inclinou, batendo no joelho enquanto se esforçava para recuperar o fôlego. “Cara, sério? Se Ainz fizer isso, o Marquês Raeven vai pensar que estamos tentando dominá-los no estilo de um vilão de ópera!”
Ainz observou a cena com um leve aborrecimento. Ele sabia que Ulbert gostava de exagerar em seus atos, mas, por outro lado, entendia a lógica por trás disso. “Ulbert... eu já passei da fase de chuunibyou. E além disso, eu preciso causar uma boa impressão, não fazer o Marquês correr de medo.”
Ulbert, relutante, revirou os olhos, mas assentiu. “Tudo bem, tudo bem. Talvez tenha sido um pouco... exagerado. Mas você precisa de mais convicção, Ainz. Esses nobres são como hienas: se cheirarem medo ou incerteza, vão tentar te devorar.” Ele deu um passo para trás, permitindo que Ainz retomasse a prática.
Pero, tentando evitar que as tensões aumentassem, sorriu de maneira despreocupada e deu um leve tapa nas costas de Ainz. “Está bem, está bem. Ulbert pode ter exagerado um pouco, mas ele tem um ponto. Só que você não precisa ir ao extremo. Adiciona só um pouco mais de entusiasmo, mas sem exageros.”
Ainz assentiu, aceitando as sugestões de ambos, e respirou profundamente – mesmo que não precisasse realmente de ar. Ele se preparou para outra tentativa, buscando um equilíbrio entre autoridade e cordialidade. “Muito bem, vamos tentar de novo.”
Erguendo-se de seu trono e assumindo uma postura imponente, ele disse: “Saudações, Marquês Raeven. Eu sou Ainz Ooal Gown, e estou aqui para agradecer pelo convite e expressar minha gratidão por suas palavras gentis.”
Sua voz, desta vez, carregava um tom mais caloroso, mas ainda assim firme, com uma leve sugestão de autoridade que não ultrapassava os limites.
Ulbert, agora mais atento e menos teatral, inclinou-se levemente para a frente. “Melhor. Mas você ainda pode adicionar um toque de poder sem perder a compostura. Não seja bonzinho demais.”
Ainz suspirou internamente, mas decidiu seguir o conselho. Afinal, ele sabia que seus amigos estavam certos em alguns aspectos. Mais uma vez, ele ajustou sua postura, permitindo que um ar de grandeza emanasse de seu corpo esquelético, e então repetiu a fala, mas desta vez, adicionou um pouco mais de gravidade. “Saudações, Marquês Raeven. Eu sou Ainz Ooal Gown, o feiticeiro da Grande Floresta de Tob. Agradeço sinceramente pelo convite e estou aqui para expressar minha gratidão por suas palavras gentis.”
Desta vez, sua voz continha a quantidade exata de autoridade, sem parecer condescendente ou intimidadora demais. Havia equilíbrio entre o respeito e o poder que ele desejava transmitir.
Pero, sempre o conciliador, acenou com a cabeça, satisfeito. “Agora sim! Esse é o Ainz que vai fazer o Marquês te respeitar, sem fazer ele se encolher de medo.” Ele sorriu, obviamente satisfeito com o progresso de seu amigo.
Ulbert, embora um pouco relutante, também concordou. “É, está bem melhor agora. Um líder que inspira respeito, com um pouco de toque de tirano.”
Ainz, aliviado que os testes haviam terminado, suspirou mais uma vez – algo que ele parecia fazer mais por hábito do que por necessidade física. “Certo, confio na opinião de vocês. Acho que é o melhor que posso fazer por enquanto. Obrigado pelo feedback, Ulbert, Pero.”
Os dois amigos sorriram, sabendo que haviam feito seu papel em ajudar Ainz a se preparar para o que viria.
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Overlord•Overlord-73
Fanfic["Tudo tem um começo e um final, mas para AINZ OOAL GOWN, só tem começo eterno"]