Traumarei Maurei fixou seus olhos inexpressivos na figura à sua frente, sua prima Holly Kujo, agora conhecida como Holly Ooal Gown, a única jogadora humana na guilda Ainz Ooal Gown. Desde que foram transportados para aquele novo e enigmático mundo, cinco dias haviam se passado, carregados de incertezas e desafios inesperados.
Traumarei Maurei se via ligeiramente incomodado, sua mente ainda presa na irritação pelo nome que ela escolhera. ‘Porque ela tem que arruinar minha alegria? Traumerintin combinava tão bem com meu nome—Traumarei.’ Aquele pensamento ecoava em sua mente enquanto ele mantinha a compostura, respirando fundo antes de falar.
“Bem, sei que a situação é tudo menos normal, mas preciso que você aceite uma missão.” Suas palavras saíram com uma calma calculada, os olhos fixos em Holly enquanto ele prosseguia. “Você não irá sozinha; Aureole Omega a acompanhará. O objetivo é obter mais informações sobre a Teocracia. Se algo der errado, Aureole poderá usar sua habilidade para trazer você de volta instantaneamente à Guilda.”
Holly Kujo, uma psicóloga de vasta experiência, se esforçava para aceitar a realidade em que se encontrava. Presa no corpo de sua personagem de jogo, ela sentia o peso da situação, sua expressão mostrando cansaço e incredulidade. Respirou fundo, tentando encontrar forças para responder. “Não tem outra pessoa para fazer isso? Eu realmente preciso de mais tempo para me acostumar com tudo isso.”
Traumarei Maurei notou a exaustão em sua prima, mas sabia que não havia outra escolha. “Entendo, Holly.” Sua voz era firme, mas carregava uma leve simpatia. “Acredite, se houvesse outra opção, eu a consideraria. Mas sua experiência como psicóloga e seu conhecimento das nuances sociais são essenciais para essa missão. E lembre-se, Aureole estará ao seu lado. Se houver qualquer sinal de perigo, ela poderá trazê-la de volta instantaneamente.”
Holly manteve o olhar fixo em Traumarei, sentindo o peso da responsabilidade aumentar. Ela sabia que ele tinha razão, mas ainda era difícil aceitar a magnitude da tarefa à sua frente. “Tudo bem, eu vou fazer isso. Mas preciso de algum tempo para me preparar mentalmente.” Sua voz era hesitante, refletindo a confusão e o medo que tentava esconder.
Traumarei Maurei assentiu, compreendendo a necessidade dela. “Claro, tome o tempo que precisar.” Ele se aproximou, sua presença autoritária, porém reconfortante. “Mas lembre-se, cada informação que obtivermos pode ser crucial para nossa sobrevivência e sucesso neste mundo.”
Holly, ainda em conflito interno, questionava-se silenciosamente: ‘Por que ele não manda outra pessoa?’
Como se lesse seus pensamentos, Traumarei continuou. “Sei que você está se perguntando por que não envio outra pessoa. O motivo é que há uma pequena chance de sermos descobertos. Por isso, é melhor que seja você... Além disso, ficar nessa tumba subterrânea por muito tempo pode afetar sua saúde mental.”
Ela respirou fundo mais uma vez, ponderando as palavras de seu primo. Sabia que ele não desistiria facilmente e, de fato, havia validade em seus argumentos. “Então, me dê mais um tempo para me acostumar com tudo isso.” Sua voz agora era mais resoluta, mostrando que começava a aceitar a responsabilidade.
Traumarei Maurei assentiu novamente, satisfeito com a resposta. “Claro, tome o tempo que precisar.” Ele se inclinou ligeiramente para frente, sua expressão séria. “Só quero garantir que você esteja bem preparada para essa missão. Confio em você, Holly.”
E com isso, um silêncio denso se instalou na sala, carregado de expectativas e preocupações. Ambos sabiam que, apesar das dúvidas, o tempo era um luxo que não podiam se dar ao luxo de desperdiçar.
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Ayanokoji Kiyotaka observava o novo mundo ao seu redor com a mesma calma calculada que sempre guiara suas ações. Ele, um ser que sempre se isolara por trás de uma fachada monótona e distante, agora encontrava-se preso no corpo de seu avatar de YGGDRASIL, um heteromorfo chamado *Avanthar*. Sua mente, treinada para analisar friamente cada situação, rapidamente aceitou a realidade diante de si.
‘Como isso é possível?’ A pergunta ecoou em sua mente, sem traço algum de pânico, mas com uma curiosidade genuína. A resposta se formou de maneira clara e concisa: 'Isekailizado.' Uma situação que, em outros tempos, ele teria considerado absurda, agora fazia perfeito sentido. Afinal, o impossível havia se tornado realidade.
‘Será que morri na Terra?’ Ayanokoji ponderou por um breve momento, seus pensamentos vagando por essa possibilidade. Mas logo, com a mesma indiferença que demonstrava diante das questões alheias, descartou a ideia. ‘Isso não importa.’ Pensou para si mesmo, sua mente já processando o que era necessário para garantir sua sobrevivência.
Foi então que um pensamento cruzou sua mente, um lampejo de inspiração que, mesmo para ele, parecia quase libertador. ‘O meu antigo eu nunca alcançou a liberdade que desejava.’ Recordou-se de sua vida passada, uma existência marcada por limitações e correntes invisíveis que o mantinham preso. ‘Ele era um pássaro em uma gaiola, mas isso não se aplica ao meu novo eu.’ Suas palavras, ainda que apenas pensadas, carregavam uma resolução fria e firme.
‘Agora, tenho uma vida inteira pela frente.’ A consciência de que este novo mundo oferecia possibilidades que ele jamais teria no anterior fez seu coração, normalmente inabalável, bater um pouco mais rápido. ‘Se eu juntar os conhecimentos da minha vida anterior com meus poderes atuais, posso viver da forma que sempre almejei.’ Um plano começava a se formar em sua mente, meticuloso e calculado, como sempre.
Seus olhos, escondidos sob o capuz escuro de sua nova forma, brilhavam com uma determinação que raramente se via. O mundo à sua frente era vasto, perigoso, e cheio de oportunidades. E Ayanokoji, agora mais livre do que nunca, estava determinado a aproveitar cada uma delas, movendo-se nas sombras, sempre um passo à frente.
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“—Então, Maquiavel-san. Nós nos tornamos famosos no Reino de Re-Estize, para chamar atenção, para que seja mais fácil deletar informações.” Uma voz rouca e poderosa ressoou, chamando-o pelo nome de seu avatar — ou, talvez, seu novo nome. Maquiavel levantou os olhos para o dono daquela voz.
Era o atirador Meio-Golem, Ra Putin Ooal Gown. Seus olhos brilhavam com um brilho metálico, e sua pele, de um tom acinzentado, parecia feita de pedra polida. Suas mãos, grandes e firmes, seguravam um rifle de aparência incomum, ornado com runas antigas.
“Mais precisamente, nos tornaremos aventureiros para coletar informações sobre as forças, habilidades e itens que eles possuem. Outras questões, como políticas, econômicas e sociais, ficam em segundo plano.” A voz de Maquiavel era suave, quase como um sussurro, mas carregava uma autoridade inquestionável. Seus olhos, penetrantes e calculistas, estavam focados em Ra Putin, analisando cada reação.
Kāmaraya interrompeu, confuso, suas asas vermelhas escuras se agitando levemente, como se refletissem sua perturbação interna: “Eu pensei que era para não chamarmos atenção indesejável.” Seu corpo, uma mistura estranha de formas demoníacas e angelicais, exalava uma aura intimidante. Pequenos chifres dourados saíam de sua testa, brilhando fracamente na luz da sala. Ele vestia uma armadura leve, preta com detalhes dourados, que parecia fundir-se com a sombra ao seu redor. Em suas costas, uma espada descansava silenciosamente, uma arma letal à espera de ser empunhada.
Shizyu Ooal Gown, que até então havia se mantido em silêncio, deixou escapar um leve sorriso antes de concluir: “Resumindo, é para nos tornarmos heróis populares.” Sua longa túnica de seda vermelha, adornada com padrões geométricos dourados, ondulava enquanto ele se movia. O bigode fino e branco, que contrastava com suas longas sobrancelhas igualmente brancas, dava a ele uma aparência peculiar e enigmática. Seus olhos, de um tom quase sobrenatural, observavam os outros com uma intensidade perturbadora. Cada movimento seu parecia calculado, refletindo a mente afiada por trás daquela figura aparentemente benevolente.
“Parece trabalhoso... E onde está Yamaiko-san?” Golyla Ooal Gown perguntou, com uma voz arrastada e desinteressada, enquanto ajustava a máscara que cobria seu rosto esquelético. Sua aparência era a de um morto-vivo, com a pele acinzentada e desgastada, quase translúcida em alguns pontos. Cabelos longos e desgrenhados caíam sobre seus ombros, e um manto vermelho, com detalhes que lembravam um tecido antigo e desbotado, cobria seu corpo. Uma flauta, com pequenos sinos pendurados, repousava em sua cintura, os sinos emitindo um som fraco a cada movimento que ela fazia.
“Ela foi preparar os equipamentos para sua viagem.” Respondeu Maquiavel, ajustando suavemente o cabelo. Seus movimentos eram meticulosos, refletindo a perfeição que ele sempre buscava em tudo que fazia.
A sala caiu em silêncio por um momento, cada um dos membros de AINZ OOAL GOWN processando a missão que lhes fora atribuída. Todos sabiam que o que estava por vir não seria fácil, mas também sabiam que o sucesso era a única opção.
“Mas devem ter cuidado para não atrair muita atenção para si mesmos. Afinal, queremos coletar informações discretamente e sem levantar suspeitas.” A voz de Maquiavel soou firme, enquanto ele ajeitava a gola de sua vestimenta, o olhar afiado percorrendo os rostos dos seus companheiros.
Ra Putin assentiu lentamente, embora seu semblante permanecesse cético. “Então, qual é o plano específico para nos tornarmos heróis populares sem comprometer nossa verdadeira missão?” Sua voz grave reverberou na sala, carregada de uma cautela calculada. Ele ajeitou o rifle em suas mãos, os dedos metálicos batendo levemente contra o metal frio da arma, uma ação reflexiva que demonstrava sua inquietação.
Maquiavel respirou fundo, seu olhar penetrante passando de Ra Putin para os outros presentes na sala. “Vocês devem se engajar em missões e atos heroicos que os coloquem em evidência. A ideia é ganhar a confiança e a amizade das figuras mais importantes do Reino de Re-Estize, sem revelar suas verdadeiras intenções.” Ele fez uma breve pausa, permitindo que suas palavras se fixassem na mente dos ouvintes. “E sempre estejam atentos para não cruzar a linha entre ser heróis e expor nossa verdadeira identidade. A chave é o equilíbrio.”
Enquanto ele falava, seus olhos brilharam com uma intensidade que denunciava o quão meticulosamente ele havia planejado cada detalhe. “Bom, agora vou falar sobre a formação de luta. A formação será a seguinte: Yamaiko-san atuará como lutadora corpo a corpo, além de ser nosso tanque e curandeira. Kāmaraya-san será nossa Assassina, com apoio mágico leve e habilidades de adivinhação. Golyla-san ficará responsável pelo fortalecimento de buffs e debuffs, além de comunicação com os habitantes locais. Ra Putin-san será o atirador, enquanto Shizyu-san fornecerá suporte de longo alcance e causará dano mágico. É uma formação boa, mas falta um causador de dano físico no grupo. Caso enfrentem um grupo grande, devem recuar rapidamente.”
Ra Putin inclinou a cabeça ligeiramente, sua expressão ponderada. “Uma formação aceitável, mas precisamos de um canhão físico. Por que você não chamou algum dos nossos guerreiros?” A pergunta foi feita com uma neutralidade aparente, mas havia um subtexto de preocupação evidente.
Maquiavel respondeu calmamente, cruzando as mãos à frente do corpo. “Traumarei-san quer que todos os guerreiros fiquem dentro de Nazarick por enquanto. Não sei o motivo disso.” Seu tom era neutro, mas havia uma sombra de descontentamento em suas palavras.
Ra Putin, ainda preocupado, respirou fundo antes de concordar com um aceno. “Entendo... mas nosso grupo vai ficar meio fraco sem um causador de dano físico.” A tensão em sua voz era palpável, revelando sua preocupação com a estratégia.
Shizyu, que até então permanecera em silêncio, interveio em um tom apaziguador. “Vamos deixar como está. Caso o inimigo seja mais forte, recuaremos.” Ele tentou suavizar a situação, sua voz calma e suas palavras escolhidas cuidadosamente para manter o grupo unido.
Kāmaraya, ainda refletindo sobre a formação, assentiu lentamente, suas asas se movendo levemente em resposta à sua inquietação. “Tudo bem, mas precisamos ser extremamente cuidadosos. Um movimento errado pode colocar todos nós em risco.” Havia uma intensidade em sua voz ava o quão seriamente ele levava a missão. Seu olhar passou de Maquiavel para os outros, como se quisesse garantir que todos compreendessem o peso da situação.
Maquiavel manteve o tom controlado enquanto continuava a expor o plano, “O próximo passo será simples: vocês irão para a Cidade de E-Rantel, onde se tornarão aventureiros. Com o tempo, começarão a ficar famosos ao realizar feitos heróicos. O objetivo é conseguir amizades e alianças com pessoas poderosas, como nobres e aventureiros de alto nível.” Ele inclinou a cabeça ligeiramente, como se calculasse cada palavra dita. “Quanto mais alto subirmos na confiança deles, mais fácil será obter as informações que precisamos.”
Kāmaraya, com seus olhos intensos, respondeu após um breve silêncio. “Nós temos muito trabalho pela frente...” Sua voz carregava uma mistura de cansaço e determinação, como se já sentisse o peso das responsabilidades que estavam por vir.
Golyla, que até então estava absorta em pensamentos, finalmente se manifestou. “Isso vai levar tempo, não é?” Ela suspirou, seus dedos longos e finos mexendo distraidamente nos pequenos sinos presos à sua flauta. A expressão em seu rosto esquelético, mesmo coberto pela máscara, parecia indicar uma leve preocupação.
Shizyu observou Golyla com um olhar atento e perguntou em um tom suave, “Aliás, Golyla-dono, por que você está tão quieta? Há algum problema?” Ele manteve o olhar fixo nela, sua preocupação evidente na forma como suas sobrancelhas finas se arquearam levemente.
Golyla, depois de mastigar mais um pedaço de bolo que havia sido servido durante a reunião, respondeu com um tom neutro, mas carregado de uma certa hesitação. “É só que não tenho muito o que dizer. Ou melhor, tenho sim. Mesmo sendo um bardo, não sei se minha capacidade de comunicação será realmente útil aqui.” A hesitação em sua voz contrastava com sua postura normalmente confiante.
Shizyu sorriu levemente, tentando encorajá-la. “Não se preocupe. Traumarei-san mesmo disse que é melhor estarmos 100% confortáveis com a situação antes de assumir qualquer missão. E com sua experiência, você certamente encontrará seu lugar.” A gentileza em suas palavras parecia ter algum efeito, pois Golyla acenou com a cabeça, um leve sorriso se formando em seu rosto, ainda que sombrio.
“Para finalizar, vocês irão com um NPC mercenário Doppelgänger de nível 70.” Maquiavel declarou, sua voz calma e calculada, porém com uma intensidade que transparecia o peso de sua decisão. “Caso enfrentem uma situação crítica, utilizem o Doppelgänger como escudo de carne e recuem rapidamente para Nazarick.” Ele fez uma pausa, permitindo que a gravidade da ordem se firmasse na mente dos presentes.
Maquiavel, com um olhar meticuloso, voltou sua atenção para os outros membros da guilda. ‘Este mundo parece estar em um estágio muito subdesenvolvido,’ pensou consigo mesmo, ponderando as possíveis limitações e vantagens que isso poderia oferecer. 'Pelo que posso inferir, não parece haver muita tecnologia. A única fonte de transporte parece ser carruagens puxadas por cavalos... Uma ideia medíocre, mas típica de uma civilização ainda engatinhando em termos de progresso.'
“—Vocês devem ficar atentos a habilidades que não existem em YGGDRASIL.” continuou Maquiavel, o brilho de seus olhos sugerindo uma vigilância implacável. “Não sabemos as regras exatas deste mundo, e a menor das surpresas pode se transformar em uma ameaça mortal.” Sua voz estava fria, mas cada palavra era impregnada de uma intenção séria e direta.
Ra Putin, que até então mantivera a postura rígida de um soldado pronto para a batalha, inclinou a cabeça ligeiramente, aceitando a ordem. “Entendido.” Sua voz rouca transmitia respeito e obediência, mas seus olhos refletiam uma desconfiança natural, típica de quem estava sempre preparado para o inesperado.
Kāmaraya, ao lado, cruzou os braços, suas grandes asas vermelhas sombreando o rosto. "É uma ordem sensata. Mas espero que não precisemos chegar a esse ponto. A ideia de usar um Doppelgänger como escudo de carne..." Ela deixou a frase no ar, sem esconder o desconforto em sua voz suave e ameaçadora.
Golyla, que estava calmamente ajustando os pequenos sinos em sua flauta, levantou o olhar com uma expressão desinteressada. "Vamos torcer para que isso não seja necessário. Mas se for, eu diria que essa é uma boa razão para estarmos ainda mais atentos." Sua voz era baixa, mas carregada de uma confiança gélida, uma espécie de resignação profissional que vem com anos de experiência.
Shizyu, com seu bigode fino tremendo ligeiramente, deu um passo à frente, inclinando-se para frente em um gesto quase conspiratório. “Não se preocupe, Golyla-dono. Vamos considerar todas as possibilidades. Este mundo pode parecer primitivo, mas é exatamente em lugares assim que a verdadeira astúcia se esconde.” Seu sorriso era frio, quase calculado, refletindo a confiança de alguém que havia sobrevivido a incontáveis armadilhas e ciladas.
Ra Putin, com um tom mais sério, completou. “Vamos manter os olhos abertos. Este não é mais YGGDRASIL, e cada novo fator deve ser considerado como uma ameaça potencial. O uso do Doppelgänger será um último recurso, nada mais.”
Maquiavel observou seus companheiros de equipe, satisfeito com suas respostas. Havia uma compreensão mútua e uma determinação visível, algo que ele valorizava profundamente. “Muito bem. Lembrem-se de que a adaptação é a chave para o nosso sucesso aqui. Não hesitem em usar todos os recursos disponíveis para garantir a segurança de Nazarick.”
Com essas palavras, a reunião foi encerrada, e os membros da guilda começaram a se preparar para sua missão. A tensão no ar era palpável, mas havia uma confiança silenciosa, um fio invisível que ligava cada um deles em sua determinação para enfrentar o desconhecido.
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Na vasta e solene sala de reuniões da Grande Tumba Subterrânea de Nazarick, Agarudarou Ooal Gown observava cada um dos membros presentes, sua expressão séria refletindo a gravidade do momento. “Vocês já sabem o básico. Vamos começar. O nosso primeiro passo será coletar informações. Não faremos contato com eles ou seus possíveis inimigos. A única nação que é realmente inimiga do Conselho Estadual de Argland e de outras raças é a Teocracia Slane, que, por sua vez, é uma nação supremacista. Portanto, está fora de questão arrumar uma aliança com eles, especialmente depois do que aconteceu.”
Orishi Ooal Gown, com sua voz calma e calculada, acrescentou: “Além disso, devemos focar em identificar pontos fortes e fracos. Saber o máximo possível sobre as magias selvagens que praticam pode nos dar uma vantagem estratégica.”
Shangri-la, com uma expressão séria e olhos semicerrados, concordou. “Claro. Claro. Essa é a ideia principal.”
Nishikienrai, perdido em pensamentos, sugeriu com uma voz ponderada: “Talvez possamos usar magia de adivinhação para monitorar seus movimentos e identificar possíveis pontos de interesse sem nos expormos.”
Agarudarou, com sua postura autoritária, ordenou sem hesitar: “Nishi-san, você liderará a equipe de coleta de informações. Use todos os recursos à nossa disposição.”
Com um leve sorriso, Nishikienrai respondeu confiante: “Pode deixar comigo.”
Takemikazuchi, cruzando os braços e inclinando-se para frente, assentiu. “Sim, e devemos analisar os poderes deles. Tipo, se eles tiverem algum tipo de torneio ou arena.”
Káčatko Čarodejníka, com um tom de voz zombeteiro e uma risada suave, provocou: “Você está muito louco, para querer uma luta de verdade? Honan não já bateu bastante em você?”
Antes que Takemikazuchi pudesse retrucar, Shangri-la, com um movimento preguiçoso, interrompeu: “Deixa que eu vou cuidar disso.”
Agarudarou, arqueando uma sobrancelha em dúvida, perguntou: “Desculpe?”
Shangri-la levantou-se da cadeira, esticando os braços como se estivesse se espreguiçando, antes de sorrir de maneira despreocupada. “Eu sou o mais rápido. E como a missão é apenas coletar informações, não vejo problema. Nishi e Káčatko poderiam vir comigo. Juntos, seremos bem eficientes, junto com uns 20 a 30 NPCs mercenários com habilidades de reconhecimento e coleta de informações."
“Káčatko Čarodejníka Ooal Gown, o Mago Implacável, para você, seu papel de vidro ambulante,” respondeu Káčatko, com raiva e desgosto, gesticulando com as mãos de forma exagerada, enquanto seu olhar se estreitava em pura animosidade.
“Um papel de vidro ambulante que foi capaz de derrotar você na primeira, segunda e terceira luta,” retrucou Shangri-la, despreocupado, cruzando os braços com um sorriso irritante, claramente satisfeito em provocar.
“Como é?!” Káčatko se levantou abruptamente, a cadeira rangendo ao ser empurrada para trás. Seu rosto contorceu-se em uma expressão de fúria, enquanto seus punhos tremiam de raiva reprimida.
Orishi, observando a crescente tensão, suspirou pesadamente e massageou as têmporas com os dedos. “Parem com isso, vocês dois. Temos uma missão importante e precisamos estar unidos. Shangri-la, sua proposta é boa. Se Nishikienrai e Káčatko concordarem, vocês podem formar a equipe de reconhecimento. Mas lembrem-se, foco total na coleta de informações. Entendido?”
Káčatko direcionou toda a sua raiva para Orishi, seus olhos faiscando com indignação. “Como!?” exclamou, sua voz carregada de incredulidade e ressentimento, enquanto seu corpo tenso parecia prestes a explodir de frustração.
Antes que Orishi pudesse reagir ao turbilhão emocional de Káčatko, Nishikienrai interveio rapidamente: “O Mago Implacável, você é a melhor escolha que temos para essa missão tão importante.” Sua voz era calma, mas firme, tentando acalmar os ânimos.
Káčatko permaneceu em silêncio por um momento, sua expressão passando gradualmente de raiva para uma arrogância fria. “E por que vocês não têm outra pessoa melhor do que eu? Está decidido, então eu irei fazer isso,” declarou, com uma voz cheia de superioridade.
Nishikienrai reprimiu um sorriso de satisfação, pensando consigo mesmo: ‘Nossa, que fácil.’
Shangri-la soltou uma risada baixa, observando como foi simples manipular o humor de Káčatko. Ele trocou um olhar divertido com Nishikienrai, apreciando a facilidade com que o colega havia conduzido a situação.
Takemikazuchi deu de ombros, alheio à tensão anterior, enquanto Grievous Sin observava a cena com um sorriso de deboche. Agarudarou, por sua vez, suspirou, observando a situação com um misto de ironia e resignação, ciente de que aquilo era apenas o começo de uma longa jornada.
Káčatko, agora determinado, exibia uma postura firme e confiante, pronto para assumir a missão.
“Então, Agaru-san, você decidiu enviar eles?” perguntou Grievous Sin, inclinando-se na cadeira, seus olhos avaliando a decisão. “Shangri-la e Nishikienrai são excelentes em qualquer situação, e Káčatko Čarodejníka é extremamente versátil e poderoso. Embora estejamos na vida real, em YGGDRASIL, esses três poderiam explorar lugares perigosos sem muita dificuldade.”
Agarudarou manteve-se sério, refletindo sobre as palavras de Grievous Sin. “Pode ser. Como é uma missão de reconhecimento, se encontrarem algum perigo, eles terão como escapar. Se necessário, você e Takemi formarão a equipe de resgate,” respondeu com calma, seu tom firme transmitindo confiança.
Nishikienrai assentiu, seus olhos brilhando com determinação. “Entendido. Estaremos prontos para qualquer eventualidade.”
Káčatko Čarodejníka, ainda com um semblante arrogante, deu um passo à frente. “Não se preocupe, não haverá necessidade de uma equipe de resgate. Cumpriremos essa missão com perfeição.”
Shangri-la, agora mais sério, permitiu-se um sorriso de canto. “Vamos fazer o nosso melhor.”
Takemikazuchi, de braços cruzados, observava com aprovação. “Estaremos prontos para qualquer situação. Não vamos decepcionar.”
A tensão na sala diminuiu um pouco, mas a determinação nos rostos dos membros era inegável. A importância da missão era clara para todos, e eles estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que surgisse.
Agarudarou olhou cada um dos presentes nos olhos, percebendo a firmeza em suas expressões. “Muito bem, vamos nos preparar. Shangri-la, Nishikienrai e Káčatko Čarodejníka, vocês partem ao amanhecer. Nós, que ficamos em Nazarick, estaremos prontos para agir se necessário.”
Nishikienrai se levantou, já focado na missão. “Vamos reunir nossos equipamentos e informar os NPCs mercenários sobre a missão.”
Káčatko Čarodejníka, ainda com ar de superioridade, olhou ao redor. “Espero que todos compreendam a importância desta missão. Falhar não é uma opção.”
Shangri-la, com seu sorriso habitual, deu um tapinha nas costas de Káčatko. “Relaxa, vamos fazer isso sem problemas.”
Com isso, os três deixaram a sala para se preparar. O restante dos membros permaneceu, discutindo as estratégias de emergência, enquanto a atmosfera na sala voltava a ser de concentração e seriedade.
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Grievous Sin lançou um olhar para Takemikazuchi, seus olhos revelando determinação. “Então, devemos começar a organizar a equipe de ataque. Precisamos estar prontos para qualquer eventualidade.”
Takemikazuchi acenou com a cabeça, sua expressão grave. “Sim, vamos revisar nossos equipamentos e habilidades. Devemos estar prontos para partir a qualquer momento.”
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Enquanto isso, no corredor, Shangri-la, Nishikienrai e Káčatko Čarodejníka caminhavam em sincronia, suas passadas ecoando pelos vastos corredores de Nazarick. “Vamos ser rápidos e eficientes,” disse Shangri-la, sua voz baixa e séria. “Precisamos coletar todas as informações possíveis sem chamar a atenção.”
Nishikienrai lançou um olhar firme para Káčatko. “E nada de se deixar levar pela arrogância. Esta missão é crítica.”
Káčatko bufou levemente, mas sua expressão indicava que ele havia entendido. “Eu sei disso. Estou pronto.”
Enquanto avançavam pelos corredores iluminados por tochas, o trio encontrou Touch-me, Connaisdiam e Suratan. A atmosfera ao redor dos três era pesada, quase opressiva, uma tensão sombria pairando sobre eles. Ficou claro que a conversa recente com Traumarei Maurei havia sido difícil e carregada de frustração.
Touch-me, com sua imponente armadura, mantinha uma expressão séria e resoluta, seus olhos sombrios refletindo a gravidade da situação. Ao seu lado, Connaisdiam e Suratan, os irmãos dragões, exibiam feições neutras, mas havia uma tristeza palpável em seus olhares, um peso que parecia esmagá-los.
Percebendo a mudança no ambiente, Shangri-la arqueou uma sobrancelha, sua preocupação evidente. “O que aconteceu?” perguntou, a voz carregada de cautela.
Touch-me respirou fundo, sua postura ereta. “Traumarei... não está feliz com algumas decisões recentes. Tivemos uma conversa... difícil.”
Connaisdiam, com olhos brilhando de tristeza, balançou a cabeça levemente. “Traumarei nos repreendeu. Não foi exatamente encorajador.”
Suratan, ao lado de seu irmão, assentiu silenciosamente, o olhar perdido, sua expressão refletindo o peso das palavras de Traumarei.
Nishikienrai apenas acenou, compreendendo a seriedade da situação. “Entendo. Nós também estamos nos preparando. Vamos coletar as informações necessárias para garantir nossa segurança.”
Káčatko, tentando quebrar o clima tenso, forçou um sorriso, sua voz mais leve. “Ei, vamos sair dessa. Somos a guilda mais forte de Yggdrasil, lembra?”
“2ª mais forte,” corrigiu Shangri-la, sua voz firme, mas com um leve tom de brincadeira.
Touch-me deu um leve sorriso por trás de sua armadura, apreciando a determinação do grupo. “Boa sorte, pessoal.”
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Overlord•Overlord-73
Fanfic["Tudo tem um começo e um final, mas para AINZ OOAL GOWN, só tem começo eterno"]