•Massagem

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Ainda estamos conectadas, emaranhadas uma na outra, como se o mundo fora dessa bolha não existisse. Sinto o corpo de Gabi pressionado contra o meu, cada movimento dela trazendo uma nova onda de calor, um novo arrepio que percorre minha pele. Meu corpo responde a cada toque, a cada beijo, como se estivéssemos em perfeita sintonia, como se estivéssemos dançando uma dança que só nós duas conhecemos.

Gabi pausa o beijo por um instante, e o silêncio entre nós é preenchido apenas pelo som das nossas respirações ofegantes. Ela olha para mim, e há algo em seus olhos que me faz perder o fôlego novamente—uma mistura de ternura e desejo, como se estivesse me vendo, de verdade, enxergando cada parte de mim, cada medo, cada desejo.

Minhas pernas ainda estão firmemente cruzadas ao redor da cintura dela, mantendo-a perto, ancorando-a em mim, e eu sinto seus músculos se moverem sob o meu toque. Gabi começa a traçar pequenos círculos com as pontas dos dedos na minha pele, subindo pelas minhas costas até a nuca, e cada toque é como se ela estivesse desenhando um mapa das minhas sensações. Sinto um formigamento onde seus dedos passam, e é como se ela estivesse reacendendo cada parte do meu corpo.

Eu arqueio levemente as costas, impulsionada por esse fogo que ela acendeu dentro de mim. Meu corpo inteiro está vivo com a presença dela, cada toque, cada movimento despertando algo novo e profundo em mim. Sinto-me simultaneamente vulnerável e poderosa, como se estivesse me entregando completamente, mas ao mesmo tempo, segurando o controle sobre essa conexão, essa chama que arde entre nós.

Gabi me olha mais uma vez, e então, lentamente, ela se inclina para me beijar de novo. Mas dessa vez, o beijo é diferente—mais suave, mais lento, como se estivéssemos explorando cada segundo, cada sensação, saboreando a intimidade que compartilhamos. A pressão dos seus lábios contra os meus, o jeito que sua língua roça a minha, é uma mistura perfeita de carinho e desejo.

Enquanto nossas bocas se movem juntas, sinto as mãos de Gabi deslizarem pelas minhas laterais, apertando levemente minha cintura, puxando-me ainda mais para ela. Meu coração bate descompassado, e tudo o que eu quero é prolongar esse momento, absorver cada segundo dessa conexão inquebrável que criamos.

Gabi: Eu vou acabar me viciando nisso, sabia?

— Vai?

Gabi: Já estou me viciando!!!

Sorrindo, mordo o seu lábio inferior. O nosso beijo continua intenso, deixando-me ofegante. Pausando o nosso beijo, a Gabi me olha com intensidade, e nós ficamos alguns instantes mantendo um contato visual. O nosso silêncio falava muito mais do que seríamos capazes de definir em palavras. Depois de alguns instantes de carícias, noto o semblante da Gabi mudar um pouco, me deixando preocupada. Mesmo que ela tente disfarçar, noto que ela parece desconfortável com algo.

— Está tudo bem, linda?

Gabi: Eu estou começando a sentir um pouco de dor no meu músculo direito. Eu machuquei a minha coxa no último jogo, e mesmo que não seja tão sério ao ponto de me deixar afastada, ainda sinto algumas dores.

— Entendo... Quer que eu te faça uma massagem?

Gabi: Não irei recusar, porque preciso muito.

Sorrindo, ela me dá alguns selinhos, me fazendo dar risada ao sentir os seis beijos pelo meu rosto. Para que ei pudesse fazer a massagem, seria necessário que ela retirasse a calça que ela está usando, e isso me deixa tímida, mas ao mesmo tempo, super excitada.

Quando ela coloca a calça em cima do sofá, os meus olhos acompanham cada movimento dela, fazendo o meu coração base sair pela boca. Como ela é perfeita!

O som tranquilo das árvores balançando ao vento era quase um convite para o relaxamento. Nós nos sentamos no tapete macio que cobria parte do chão de madeira. Gabi então se deita de lado, com o rosto meio escondido pelo travesseiro, os olhos fechados, e eu a observava em silêncio.

Eu não sabia exatamente quando comecei a pensar em tocá-la assim, mas, naquele momento, parecia a coisa mais natural do mundo. A tensão em seus músculos era visível, e a ideia de aliviar essa tensão me atraía mais do que eu poderia admitir para mim mesma. Respirei fundo e deixei meus dedos deslizarem suavemente até sua coxa, sentindo o calor de sua pele contra a palma da minha mão.

O toque era leve no início, apenas uma pressão suave, como se eu estivesse testando os limites, tanto dela quanto meus. Meu coração estava acelerado, e havia uma eletricidade sutil no ar, um tipo de energia que eu não conseguia identificar completamente, mas que fazia cada centímetro do meu corpo estar consciente do momento. Meus dedos começaram a traçar círculos lentos e deliberados, trabalhando nos nós e na tensão que eu encontrava, enquanto a pele de Gabi parecia aquecer sob meu toque.

Conforme eu continuava, senti que ela relaxava gradualmente, como se estivesse entregando-se ao momento, ao meu toque. E a cada movimento que eu fazia, uma espécie de conexão crescia entre nós. Não era apenas o ato físico de massagear, mas algo mais profundo. Era como se, através daquele toque, eu estivesse dizendo coisas que não conseguia expressar em palavras.

A textura de sua pele, a sensação de seus músculos sob meus dedos, tudo isso misturado com o som suave do vento lá fora, criava um cenário quase hipnótico. Meu próprio corpo reagia, cada movimento enviando um arrepio através de mim, como se a linha entre quem estava tocando e quem estava sendo tocada estivesse se apagando lentamente.

Eu não sabia como isso terminaria, mas naquele instante, não importava. Tudo o que importava era o momento presente, a sensação do calor de sua coxa sob minhas mãos, e a paz silenciosa que parecia envolver a cabana.

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