Pegando-a nos meus braços, a levo para o quarto. Deitando-a cuidadosamente na cama, me deito ao seu lado, puxando-a para o meu peito, sentindo a cabeça dela repousar sobre meu coração. Fiz carinho nos cabelos dela, passando os dedos suavemente, e a cada toque, Nala parecia relaxar um pouco mais.- Você pode descansar agora, amor,- sussurrei. - Eu estou aqui, e vou estar aqui sempre que você precisar.
A respiração dela foi ficando mais lenta, mais pesada. Sabia que estava adormecendo, e permaneci ali, em silêncio, cuidando dela, sentindo o quão preciosa essa conexão era. Aos poucos, ela adormeceu, serena, enquanto eu continuava a segurá-la com todo o cuidado do mundo, como se o universo se resumisse a esse momento entre nós duas.
Fiquei ali, olhando para o rosto de Nala, agora completamente relaxado no sono. A serenidade que tomava conta dela era quase palpável, como se cada traço de preocupação tivesse desaparecido. Eu podia ouvir sua respiração suave, o peito subindo e descendo em um ritmo tranquilo, enquanto o silêncio da casa nos envolvia.
Por um instante, pensei em como tudo tinha mudado desde que ela entrou na minha vida. Eu nunca imaginei que poderia sentir algo assim por alguém. A vulnerabilidade de vê-la tão próxima, tão entregue, me atingia de uma forma inesperada. Cada segundo ao lado dela parecia precioso, uma espécie de bênção que eu não sabia que merecia.
Minha mão ainda repousava em seu cabelo, e, sem pensar, comecei a brincar suavemente com os fios entre meus dedos, sentindo a textura macia. Era um gesto automático, mas cheio de carinho. Queria que ela soubesse, mesmo em seu sono profundo, que eu estaria aqui para o que fosse. Que eu era dela, tanto quanto ela era minha, mesmo que nenhuma palavra precisasse ser dita.
O tempo parecia se alongar, como se o relógio tivesse desacelerado, e eu sabia que poderia ficar ali por horas, apenas observando-a. Estava tão absorta em meus pensamentos que quase não percebi quando a cabeça dela se moveu levemente contra meu peito, se aconchegando ainda mais. Um sorriso involuntário escapou dos meus lábios.
- Eu te amo - sussurrei, baixinho, sem esperar que ela ouvisse.
Era uma verdade tão profunda e simples, mas ao mesmo tempo tão assustadora. Eu sabia que amar alguém desse jeito significava abrir mão de parte de mim, estar disposta a me perder para que pudéssemos nos encontrar juntas. E, mesmo assim, isso me parecia a coisa mais certa do mundo.
Passei o dedo suavemente pelo contorno de seu rosto, como se quisesse memorizar cada detalhe. Sabia que ela precisava descansar, e que aquele momento de paz era precioso para nós duas. Eu não queria acordá-la, então, me ajeitei melhor, tentando não me mover muito, mas sem soltar sua mão.
O cansaço também começou a me atingir, e meus olhos ficaram pesados, mas antes de adormecer, olhei uma última vez para ela. Meu coração se encheu de uma ternura indescritível. Era como se, naquele instante, não existisse nada além de nós.
Acordei com uma sensação suave e cálida, algo que fez meu corpo estremecer de leve. Ainda estava envolta naquele torpor entre o sono e a vigília, mas logo percebi que eram os lábios de Nala. Um beijo leve no meu queixo, outro na bochecha, e mais um, agora perto dos meus lábios. Cada toque suave parecia me despertar mais, como se ela estivesse me chamando de volta à realidade, mas de uma maneira que fazia meu coração disparar.
Abri os olhos devagar e, assim que os nossos olhares se encontraram, Nala sorriu. Aquele sorriso preguiçoso e doce, como se o mundo não existisse além daquele momento. Não consegui evitar sorrir de volta, meu peito se enchendo de uma sensação que era impossível de descrever. Era como se o simples fato de acordar com ela ali, tão próxima, fizesse tudo valer a pena.
Nala: Bom dia, dorminhoca - ela murmurou, a voz ainda um pouco rouca de sono.
- Bom dia - respondi, minha voz saindo quase em um sussurro. Eu me ajeitei um pouco, sentindo o corpo ainda um pouco pesado pelo sono. - Isso foi uma forma maravilhosa de acordar, por sinal.
Nala deu uma risadinha baixa, e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, senti seus lábios novamente, agora um pouco mais demorados, na linha do meu maxilar. Ela continuou distribuindo beijos, cada um mais delicado que o anterior, e eu simplesmente fechei os olhos, me deixando levar por aquele carinho.
Nala: Achei que você merecia - ela murmurou entre os beijos, subindo devagar até minha testa. - Depois de ontem à noite...
Sua voz soava cheia de carinho, e eu senti meu coração derreter um pouco mais. Não consegui conter um suspiro leve enquanto ela seguia com aqueles beijos doces, agora descendo pela outra bochecha, me cercando por todos os lados com sua presença.
- Eu que deveria estar cuidando de você... - murmurei, com um sorriso, ainda de olhos fechados.
Ela parou por um segundo, seu rosto pairando perto do meu, e senti a respiração dela contra a minha pele.
Nala: Eu estou bem - isso disse suavemente, antes de dar um último beijo em meus lábios, desta vez mais profundo, porém ainda terno.
Quando ela se afastou, nossos olhos se encontraram de novo, e naquele instante, eu soube que não precisávamos de mais palavras. O que existia entre nós já estava ali, presente em cada gesto, cada toque, cada olhar. Eu a puxei para mais perto, e ela se aconchegou em mim.
Levantando a cabeça, ela me beija lentamente, me fazendo suspirar com o gesto. Segurando o seu rosto com as duas mãos, retribui o beijo, descendo as mãos novamente pelo seu corpo. Apertando a sua cintura, dou um sorriso quando sinto-a suspirar profundamente.
Nala: Amor...
- Shi... Você só vai abrir essa boquinha linda para gemer e implorar por mais.
Girando os nossos corpos, eu acabo ficando por cima dela, beijando o seu pescoço até abaixar a parte de cima do seu vestido, embolando-o na sua cintura. Com os seus seios expostos, coloco um a um na boca, estimulando com vontade. A minha língua percorre as suas auréolas, explorando os seus biquinhos enquanto os seus gemidos me deixam cada vez mais excitada. Um sorriso de satisfação se forma nos meus lábios quando ela acaricia os meus cabelos.
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Inefável
FanfictionInefável: Algo tão extraordinário e profundo que não pode ser expresso em palavras. Gabriela, uma estrela em ascensão da seleção feminina de vôlei, sempre levou uma vida disciplinada e voltada para o esporte. Sua paixão pela quadra e seu comprometim...