•Obra de arte

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Gabi...

Ainda sinto o calor dos dedos de Nala na minha coxa, como se sua mão continuasse ali, a desenhar linhas invisíveis sobre minha pele

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Ainda sinto o calor dos dedos de Nala na minha coxa, como se sua mão continuasse ali, a desenhar linhas invisíveis sobre minha pele. Meus olhos estão fechados, mas a cada respiração, sou inundada por seu perfume suave, uma mistura de algo fresco e floral que é tão característico dela. Não sei se é o cheiro da cabana ou dela mesma, mas tudo ao redor parece ser ela, como se o espaço inteiro estivesse impregnado com sua essência.

Minha mente está confusa, perdida entre a tranquilidade que ela me trouxe e o desejo que agora se acende lentamente dentro de mim. O toque dela não foi apenas um gesto de carinho, mas algo que mexeu comigo de uma maneira profunda, quase como se tivesse despertado algo que eu nem sabia que estava adormecido.

Abro os olhos lentamente, ainda envolta naquela névoa de sensações, e a vejo ali, tão perto. Nala me observa com uma mistura de incerteza e algo mais, algo que eu reconheço de imediato porque sinto o mesmo. Sem pensar, apenas agindo pelo impulso que nasce de dentro de mim, puxo-a para mais perto, meus dedos encontrando sua nuca enquanto eu a guio para o meu colo.

Seus lábios encontram os meus, e é como se o tempo parasse. O mundo fora da cabana deixa de existir, e tudo o que resta é a pressão suave e firme de sua boca na minha. É um beijo que começa gentil, exploratório, mas que logo se aprofunda conforme nossas respirações se misturam. Sinto o gosto dela, doce e levemente salgado, e é como se estivesse provando algo que sempre desejei, mas que só agora percebi o quanto precisava.

A sensação é avassaladora. Nala me envolve com seus braços, e eu a puxo ainda mais para mim, querendo senti-la o mais próxima possível, como se pudesse fazê-la parte de mim. O calor do corpo dela contra o meu, a textura de seus lábios, o som sutil de sua respiração acelerada - tudo isso me envolve em uma onda de emoção que eu não sabia que poderia sentir.

Nala me faz sentir viva, desperta, como se cada célula do meu corpo estivesse sendo tocada e acesa ao mesmo tempo. A maneira como ela me beija, como seus dedos se embrenham em meu cabelo, me faz querer mais, me faz querer entregá-la algo de mim que nunca dei a ninguém. E eu sei, com uma certeza que vem de algum lugar profundo, que não há mais volta. Não depois disso.

Quando finalmente nos afastamos, as respirações ofegantes e os corações disparados, ainda sinto seu cheiro, sua presença, seu tudo, gravados em mim. E percebo que, mais do que nunca, eu quero continuar a descobrir cada parte dela, cada sensação que ela pode me dar, cada pedaço dessa conexão que parece maior do que nós mesmas.

Nala estava sentada no meu colo, e eu podia sentir o calor do corpo dela se misturando com o meu. Olhando para mim, ela dá um sorriso lindo, o mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. Eu me sinto como se estivesse num feitiço, pois não consigo desviar o meu olhar dela nem por um instante. Com ela, posso dizer que me tornei uma grande admiradora de arte, já que eu estou admirando a obra de arte mais linda que os meus olhos tiveram o prazer de admirar.

Como ela foi capaz de despertar tudo isso em mim em tão poucas horas? Ela é como uma droga viciante, e o meu corpo precisa dela. O meu corpo corresponde aos toques dela por menores que sejam.

Fechando os meus olhos, sinto o seu polegar acariciar os meus lábios, sentindo o meu coração bater de modo descompassado no exato momento em que ela aproxima o seu rosto do meu. O seu hálito quente me faz arrepiar, me fazendo suspirar quando os nossos lábios de tocam novamente.

Agarrando firme a sua cintura, fico novamente por cima dela, sendo inevitável sorrir no momento em que ela passa as pernas em volta da minha cintura, puxando-me para mais perto. Num ato ousado e ansiado, desço os beijos para o seu pescoço. O seu cheiro me deixa totalmente extasiada. Aprecio ainda mais o calor do seu corpo, explorando sem pressa cada centímetro, desejando gravar em minha mente cada detalhe, cada beijo, na tentiva de eternizar esse momento.

Uma das minhas mãos apertando a sua cintura, enquanto com a outra mão, vou alternando entre acariciar a sua nuca e prender o seu cabelo entre os meus dedos. Os seus gemidos baixinhos me deixam ainda mais excitada, com desejo de senti-lá ainda mais.

Mantendo o nosso contato visual, dou um sorriso de canto, e descendo as mãos até a barra da sua blusa, a retiro com cuidado, mordendo os meus lábios ao ver o seu decote. Sorrindo envergonhada, ela me da um selinho, suspirando quando eu passo os dedos braços em volta da sua cintura, pressionando o seu corpo contra o meu.

- Você é linda! É um verdadeiro espetáculo!!!

Nala: São os seus olhos, linda!

- Eles estão admirando o ser mais lindo que eu já vi em toda a minha vida!

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