Sensitive - Malila

Capítulo 29

Maraisa

Depois de uma manhã regada a jogos e um almoço maravilhoso feito pela Lauana, com ajuda da Marília, nós estamos jogadas na grama fazendo nada.

– Lila, pega sua câmera.

– Pra que?

– Pra transformar todo mundo em unicórnio! Pra tirar fotos, né?

– Ah, Lau, preguiça! Eu estou enferrujada também.

– Mentira, é tudo mentira! Vai pegar logo.

Marcela e eu estamos rindo da discussão das duas e mesmo a contragosto, Marília foi buscar a câmera dela e Lauana pegou a que ela trouxe.

– O que você está aprontando, Lau?

– Cela, só vou aproveitar a chegada da Isa e reacender algumas paixões da little tiger. E eu ainda não desisti do piano.

– Maraisa, você faz muito bem a ela. Marília há uns meses atrás só queria saber de álcool, cigarro e balada.

– Cigarro? Nunca vi a Lila fumando.

– Efeito Maraisa Henrique, sobre a pequena Mendongay.

– Falando mal de mim?

– Sempre, vaca albina, sempre.

Marília

Lauana e eu ficamos fazendo algumas fotos da Maraisa, Marcela e coisas aleatórias. Eu realmente amo fotografar, não sei como consegui passar tanto tempo sem fazer isso.

– Vai lá, vaca, deixa eu tirar foto de você também, vamos aproveitar essa beleza que você roubou do universo.

Fizemos mais algumas fotografias e ela roubou minha câmera.

– Você faz fotos excelentes, essas também vão entrar na exposição.

– Oi? Como assim exposição? E como assim também?

– A Isa me mostrou as fotos do chalé e ficaram muito lindas e eu resolvi fazer uma exposição com elas. Ah, e por sinal, a Maraisa é uma gostosa do caralho e essa bunda? Meu Deus, babei.

Ela recebeu tapas simultâneos, já que a Luísa chegou na hora que ela estava falando isso.

– Você não pode falar assim da minha namorada.

– Eu só fui realista, não tenho culpa de ter visto fotos dela nua.

– Isa, você mostrou?

– Claro que não! Eu só não lembrei que elas estavam na câmera.

– Eu fico com a sua câmera também e na outra semana eu trago todas as fotos e conversaremos sobre a nossa exposição.

– Posso negar?

– Não! – revirei os olhos e ela agarrou a Luísa, coelhas.

– Vocês não vão fazer isso aqui.

– Orgia, topa?

– Meu Deus, Lauana, cala essa boca!

Ela teve uma crise de riso, tão idiota. Não demorou para que elas fossem embora, restando apenas Marcela, Maraisa e eu, que ficamos jogando conversa fora até que o assunto do acidente voltou à pauta.

– Isa, aquele rapaz que estava ao seu lado antes de tudo acontecer, quem era?

– Rapaz? Isso você não me falou, Maraisa, na verdade, você não me falou nada.

– Não era ninguém. Vamos esquecer esse assunto.

– Desculpa, Isa. Garotas, eu vou sair.

– Sozinha?

– Não.

– Daniel? – ela apenas assentiu com um sorrisinho de canto, eles nunca se largam. Ela mandou um beijo no ar e saiu.

– Agora pode me explicar!

– Não tem o que explicar.

– Maraisa, você é transparente demais! E eu sei que você está mentindo.

– Era ele.

– Ele quem?

– O Fernando...

– Maraisa, por que diabos você não me falou nada? Eu vou acabar com esse garoto!

– Por isso, só por isso! Esquece ele, Lila.

– Maraisa, eu quase perdi vocês!

– Por favor, Lila. Esquece isso.

– Ok, mas se ele aparecer de novo, eu não vou hesitar em acabar com ele!

– Tudo bem, wonder woman!

– Vai me contar o que ele fez? – ela só negou e se encolheu no meu abraço, eu vou acabar com esse cara.

– Lila?

– Oi, pequena. – Ela não disse nada, mas me beijou, aquele maldito e irresistível beijo.

– Vamos para o quarto.

– Meu Deus, Maraisa, me ajuda a ter autocontrole. Você só me fode.

– Literalmente.

A vi se livrar da minha blusa com uma agilidade absurda, mesmo com um braço fraturado, e deixar inúmeros chupões em meus seios cobertos pelo sutiã de renda preto.

– Isa..

– Shhh, você fala muito!

Maraisa

Já disse o quanto a Marília fica linda quando está excitada? Seu rosto corado, lábio inferior preso entre os dente na falha tentativa de segurar os gemidos roucos, sua pele brilhando devido a fina camada de suor que está encobrindo seu corpo. Ela rebolando contra a minha boca que está fazendo uma leve pressão em seu sexo.

– Porra, Maraisa, chupa logo!

Obedeci prontamente, chupei e não demorei a meter dois dedos, recebendo um gemido como aprovação. Que saudade eu senti desse corpo.

– Você tem um gosto maravilhoso, Lila.

Ficamos um longo e maravilhoso tempo envolvidas naquela transa, síncrona, perfeita e sem esforços.

Marília

– Acho que eu não sei o que é autocontrole. – falei enquanto me recuperava do segundo e intenso orgasmo que Maraisa me proporcionou.

– Não precisamos disso!

– Banho?

– Terceira rodada no banho?

– Maraisa, por Deus, sossega! Não podemos abusar.

– Ok, chata!

Preparei a jacuzzi e tomamos um banho regado a carícias, mãos bobas e beijos intensos. Ela pegou minha blusa do "The 1975", ela rouba todas as minhas blusas preferidas.

– Lila? Me ajuda a vestir.

– Claro.

A ajudei a colocar a blusa, mas só depois de me deliciar naqueles seios. Mendonça, controle. Controle.

Adeus, repouso.

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