Maraisa
– Ei, filha, você está com fome? Não precisa se estressar, mini Marília!
– Hey! Eu não sou estressada...
– Então a senhorita estava acordada o tempo todo?
– Talvez... Gosto de observar vocês, são tão lindas!
– Somos mesmo, né, filha?
– Convencida.
Ela se sentou, enterrando o rosto na curva do meu pescoço, fazendo carinho na Liz. Ela sempre faz isso quando eu estou amamentando.
– O que você acha de eu buscar a Mai?
– Uma ótima ideia, vou adorar ter três crianças em casa!
– Três?
– Liz, Maiara e você.
– Nossa, Isa, muito engraçada!
Marília
– Lila, ela já cresceu?
– Ela tem pouco mais de um mês, Mai. Ainda parece aquela sua boneca!
– Vai demorar muito para ela andar?
– Alguns meses.
– Que chatice! Não gosto de esperar.
– Chegamos e não pu...
Tarde demais, ela já havia pulado pra fora do carro.
– Isa, chegamos!
– Hey, meu amor, demorou...
– Paramos para tomar sorvete!
– Maiara, era segredo...
– Marília Mendonça, o que falamos sobre sorvete antes do almoço?!
– Uh... Desculpa?
– Bebezão!
Mostrei a língua pra ela e corri pra brincar com Maiara.
Maraisa
– Marília, eu vou te bater!
– Você não vai bater na Mama! Eu não deixo.
– Mama?!
Caí na gargalhada com a careta que a Marília fez com o novo apelido.
– Sabe, Mama, você deveria fazer pipoca pra gente...
– Você estava me ameaçando agora...
– Não guarde rancor, Mama!
Marília
Passamos um dia divertido, ter a Maiara aqui é sempre uma delícia.
– O que você acha de termos outros filhos?
– Meu Deus, Lila! A Liz só tem um mês e duas semanas.
– E daí? Podemos ter outros!
– Acho que se fosse biologicamente possível, eu teria engravidado umas dez vezes só esse mês.
– Boba!
– Amor, vou levar a Mai, ok?
– Não demora, Isa.
Assim que a morena saiu, eu peguei a Liz que tinha um bico manhoso nos lábios.
– Hey, filha, não vai chorar, né? O que você acha de tomar um banho com a mamãe?
Enchi a banheira e retirei nossas roupas, a deitei sobre meu peito, acariciando de leve suas costas.
– Sabe, meu amor, eu nunca imaginei isso! Nunca pensei em ter um momento tão mágico quanto esse.
Maraisa
– Mãe? Eu já ia levar a Mai!
– Estava aqui perto, filha, cadê a minha netinha?
– Lá em cima, quer entrar?
– Não, meu amor, vamos viajar daqui a pouco, esqueceu?
– Ah verdade! Boa viagem e, Mai, se comporta.
– Se comporta também, Isa! Cuida da Lila e da Lili.
– Vou cuidar!
Quando dei meia volta para entrar em casa, senti meu celular vibrando no bolso do short.
"Carla, você me pediu um mês! Já fazem duas semanas que seu prazo acabou! Espero que você não tenha mudado de ideia."
"Fernando, foi aniversário de morte dos pais dela, paciência. Amanhã, ok?" – respondi.
"Amanhã! Mal posso esperar para ver você."
Guardei o celular e subi, procurei Marília no quarto da Liz e ela não estava, que mania de sumir dentro da própria casa.
Entrei em nosso quarto e ouvi sua voz vindo do banheiro. Parei na porta em silêncio, não queria atrapalhar aquela cena linda.
– Eu vou te contar um segredo... A sua mama foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida! Não fala pra ela, ou você sabe, né? Convencida toda vida! – ela disse. – Eu nunca imaginei que fosse possível tanto amor caber em mim, vai ver é por isso que eu vivo com esse sorriso rasgando o meu rosto!
– Hey, olha quem está ouvindo nossa conversa, bebê!
– Desculpa, não queria atrapalhar!
– Você nunca atrapalha.
– Posso me juntar a vocês?
– Deve!
Retirei minha roupa e me sentei de frente para elas.
Dei um beijo demorado na Marília, que só foi interrompido por alguns resmungos vindos da nossa pequena.
– Ciumenta!
– Puxou você, Marília!
– Você é bem pior que eu.
– Claro, você é tipo uma daquelas deusas gregas. Todos querem você!
– Tão boba! Você não ia levar a Maiara?
– Minha mãe veio buscá-la... Eles vão para Cuba.
– Quando a Liz estiver maior, nós podemos ir também... – sorri sem graça e concordei.
Marília
– Eu amo seu corpo.
Maraisa beijava delicadamente cada parte do meu corpo. Não havia pressa.
Nossos lábios se encontraram num beijo doce, nossas línguas brincavam numa sincronia perfeita.
– Marília, eu amo você!
– Eu também te amo, Isa... Muito.
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Sensitive - Malila
RomanceO que aconteceria se você se visse grávida, aos 16 anos, sendo abandonada pelo cara o qual você julgava ser o grande amor da sua vida e expulsa de casa pelos seus pais, aqueles de quem você esperava o mínimo de apoio? Coração de gelo, rainha má da n...