Capítulo 36

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Maraisa

– Alô? – meu coração ficou pequenininho ao ouvir a voz da minha amiga.

– Nai?

– Carla? Meu Deus, onde você se enfiou? Eu te liguei como nunca, o que diabos você fez com o seu telefone?

– Tive que trocar o número, meu Deus, que saudade! Desculpa ter sumido.

– Não desculpo, você não tinha o direito de sumir assim, garota, eu posso te estrangular, sabia?

– Me mata depois, você sabe que amanhã é meu aniversário, certo?

– 17, baby! Eu nem acredito que meu bebê tá crescendo, vamos encher a cara? Precisamos colocar o papo em dia.

– Eu não posso encher a cara, mas vamos colocar o papo em dia sim! Vou fazer uma festa, te mando o endereço, traga o Bruno, Edu e Julyer, ok?

– Carla, você vai me explicar muita coisa, ok? Até amanhã, te amo e por favor não some mais?

– Eu prometo! Amo você. Até amanhã.

Marília

– Você que é expert em cabelos, acha que um cabelo curto ficaria muito horrível em mim?

– Marília, você tem o rosto mais lindo que eu já vi em toda a minha vida, e o seu cabelo é incrivelmente perfeito, vai ficar linda de qualquer jeito.

– Corte. Mas corte antes que eu diga qualquer outra coisa!

Nunca fui muito fã de cabelo curto, mas eu tenho a necessidade de mudar agora, nova vida.

Maraisa

– Carla, você anda no mundo do crime?! Caralho, esse bairro é onde os multimilionários moram. Você me deve explicações!

– Vou explicar tudo, babe. Amanhã!

Respondi Naiara e me joguei na cama, olhando o teto e fazendo nada. Saco.

– Filha, você também acha tudo isso um saco? Eu odeio não fazer nada. Sua mãe desapareceu, espero que ela não esteja aprontando!

Marília

Maraisa me proibiu de lhe dar qualquer presente, alegando que a festa já é exagero suficiente, mas eu decidi fazer algo por ela. Agora estou na porta de sua casa.

– Lila, que saudade! – recebi um abraço apertado da Maiara. – A Isa não veio?

– Não, meu amor, ela ficou em casa, ajudando a Lau.

– A mamãe saiu!

– Mai, quem está aí? – ouvimos o Marco se aproximar e mesmo com a Maraisa por quase seis meses, eu nunca o encarei e ele me é um paradoxo, ao mesmo tempo que é duro e frio, é super protetor e carinhoso.

– Papai, essa é a Lila, lembra que eu falei dela?

– Claro, meu amor! Marília, minha esposa não está.

– Eu sei, a Mai já me avisou, eu preciso falar com você, sozinho.

– Já sei, vou subir! Lila, não vá embora sem se despedir de mim, ok?

– Ok!

– Ah, Lila?

– Oi, princesa!

– Você agora parece uma rainha!

– Obrigada! – depositei um beijo no topo de sua cabeça e ela saiu saltitante, me deixando em um silêncio constrangedor com o Marco.

– Então, não vai me convidar para entrar?

Sensitive - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora