2 - Briga

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- Lauren

- Preciso ir pra casa e ligar pra minha família - eu digo desesperada, enquanto busco minha bolsa.

- Calma, Lauren, não podemos sair assim! - Normani diz, tocando meu braço, e eu nego com a cabeça, sentindo meus olhos se encherem de água.

- Ela tem razão, Laur. Precisamos de um plano. A cidade está um caos; é muito perigoso sair agora - Manuela diz, me olhando com seriedade.

- De qualquer forma, estamos mais seguras aqui, por ser um local mais isolado - Ally diz, pensativa.

- Está decidido, vamos ficar aqui! - Camila afirma de forma autoritária, e eu solto uma risada nervosa.

- Eu estou saindo! - eu digo, me dirigindo à porta, mas antes que eu possa abrir, sou barrada por Camila, que me encara com firmeza.

- Você não vai! - ela diz, e lá estava ela novamente, a Camila acostumada a ter as coisas do jeito dela.

- Você não manda em mim - eu digo entre dentes, e ela ergue uma sobrancelha em desafio.

- Vamos ver - ela diz, e eu tento empurrá-la para sair.

- Me solta, Camila! - eu digo alto, e ela nega.

- Não, pare de birra, Lauren! - ela diz alterada, e eu dou uma risada nervosa.

- Olha aqui, loirinha, me deixa passar! - eu digo, já alterada.

- Ih, rapaz, o negócio vai ficar doido - Dinah diz, segurando o riso.

- "Loirinha", olha como você fala comigo. Aposto que está querendo sair para ver a Sarah. Você gosta de um chifre, né, minha filha? - Camila diz, debochando, e eu a empurro novamente.

- Olha aqui, sua Barbie depois do corte químico, você não tem o direito de mandar na minha vida! Se eu fosse você, iria correndo ao salão para pintar de castanho de novo, porque quando começar a crescer e não tiver mais tinta, você vai ficar igual a um porco-espinho - eu digo com raiva, e escuto Dinah gargalhando.

- E você pode ir ao veterinário para tirar os chifres que aquela Jurandir colocou em você! - ela gritou com raiva.

- Vamos nos acalmar, meninas. Vamos tentar pensar com clareza! - Ally diz, interrompendo nossa discussão. Eu respiro fundo e vejo que Camila continua me segurando pela cintura.

- Você já pode me soltar - eu digo sem graça.

- E se eu não quiser? - ela pergunta, abaixando o olhar.

- Camila, não provoca ela! - Normani diz baixinho, e Camila me solta.

- Espera, Camren foi real? - Manuela pergunta com expectativa, e eu lhe lanço um olhar mortal. Antes que Camila diga algo, eu tampo sua boca com a mão, e ela morde.

- Aí! Sai pra lá, ouriço! - eu digo com dor, e ela sorri.

Depois da pequena discussão, resolvo ligar para meus pais. Após conversarmos, ele me disse que estão bem e que vão ficar em casa, em segurança.

Quebra de tempo

Alguns dias se passaram, e nos mantivemos na casa de Dinah. Recebemos algumas notícias sobre a cidade, mas até onde sei, está um caos total, tudo destruído e zumbis por toda parte. Infelizmente, estávamos ficando sem esperança. A comida já estava acabando e a conexão com a internet cada vez mais instável.

A convivência com as meninas tem sido tranquila de certa forma, tirando Camila, que parece ter feito da provocação um novo hobby. Conviver com ela tem sido um dos meus maiores desafios. Ela é linda e adorável com todos, mas parece que comigo a situação é diferente.

Renascer - camren Onde histórias criam vida. Descubra agora