Assim que chegaram em casa, Rebeca saltou do carro, segurando a mão de Nikolai e já pensando em levá-lo para o quarto.
— O que vocês querem comer? — Joaquim perguntou, enquanto destrancava a porta da frente.
Rebeca se aproximou do amigo e sussurrou:
— Você gosta de macarrão com carne moída?
Ele respondeu:
— Só se não tiver suco de tomate.
— Macarrão com carne moída sem molho! — ela gritou, e seguiu com seu plano.
Eles chegaram ao quarto dela e a garota se apressou, para pegar sua lousa branca de desenho e um marcador azul.
— A gente passou um tempão brincando de forca na escola, você quer brincar também?
O menino jogou a mochila no chão e se sentou em frente a ela na cama, balançando a cabeça e dizendo que sim.
Primeiro ela fez com a palavra Avião, o que foi meio fácil demais, então usou a palavra Borboleta que é muito grande e por isso foi tão difícil pra ele conseguir.
— Você ficou com medo daquele cara que te levou? — ela perguntou de repente, enquanto apagava a lousa.
— Só quando o meu tio apareceu — ele comentou, parecendo meio envergonhado. — Ele foi muito normal, só que ele quis segurar minha mão. Eu não gosto que quem eu não conheço pega na minha mão.
— Ainda bem que você me conhece! — Rebeca afirmou, animada.
E eles continuaram a brincar.
*
Joaquim colocou a panela com água no fogo, para ferver e olhou para Felipe:
— Russos são iguais a italianos que não gostam que quebrem o macarrão?
— Se eles são eu não sei, mas eu sou brasileiro, o importante é comer — ele se aproximou por trás de Joaquim, colocando as mãos sobre sua cintura. — Quebra esse macarrão aí!
Joaquim soltou um risinho e se permitiu ficar agarrado por ele só por mais um minutinho, rindo dos beijinhos que estava recebendo no pescoço, até que se afastou para ir até a geladeira pegar a carne moída.
Felipe soltou um resmungo frustrado e Joaquim o encarou, vendo-o fazer biquinho e cruzar os braços.
— Tem duas crianças, logo ali, mortas de fome — Joaquim argumentou. — Se eu não terminar isso logo, vamos ter que aguentar a birra!
— Tá bom, chato, então vou te ajudar!
Mas Felipe não sabia fazer nada, então Joaquim o colocou para cortar cebola e pimentão, e o fez ficar de olho no macarrão, o mexendo com um garfo para que não ficasse tudo grudado.
Felizmente logo ficou tudo pronto, e Joaquim chamou Nikolai e Rebeca, ligando a TV para que eles pudessem comer e assistindo desenho.
— Bora comer também? — Ele estendeu um prato para Felipe, que o pegou de sua mão, mas deixou encima da mesa da cozinha.
— Antes eu preciso abrira meu apetite!
Ele segurou na mão de Joaquim e o puxou para o lado da geladeira, onde as crianças não poderiam vê-los, e encostou o padeiro contra a parede.
— Olha, eu acho que aqui em casa não tem biotônico Fontoura!
— Tá tudo bem, tem um Joaquim!
Ele se inclinou, o beijando e apertando o peito direito dele, enquanto a mão esquerda prendia o pescoço do padeiro, como se para ter certeza de que ele não se afastaria. Joaquim retribuiu o beijo, apertando a cintura dele, e logo abaixando uma das mãos para apertar em sua bunda.
VOCÊ ESTÁ LENDO
KravtQuim - Máfia e Pão (Romance gay hot)
RomanceNão faz muito tempo que os Kravtsov se estabeleceram em Minas Gerais, mas o pouco tempo foi suficiente para que se tornassem a família mais importante de Belo Horizonte. Entre contrabandos e a gestão da multinacional KravInc, os irmãos Aleksei e Fel...