Capítulo Seis

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Eu não abandonei a história não, tá? Só estava sem tempo pra escrever.

xx - Autora

Ficamos a noite toda trocando carinhos e conversando. Harry me levou em um restaurante bem chique. A mesa estava reservada e era um pouquinho escondida, diz ele que era pra ter mais privacidade, até porque ninguém sabe que ele está no Rio, quer dizer, sabem sim, o lance na escola, impossível não saberem. Mas então, comemos muito. Ele que se arrume comigo, porque eu como demais. Por um momento começo a pensar em Londres. Daqui um dia estou lá, e isso me deixa tensa. Nunca andei de avião, nunca tive um namoro tão sério de chegar a me mudar. Com o Caleb foi sério, mas não falávamos em se mudar. Só em pensar que vou ter que terminar meu ensino médio lá, meu estômago se pronuncia e levo a mão a barriga apertando com força por causa da dor. Acho que Harry percebeu e se preocupou.

-- Bela, o que houve? - Dava para ver seu tom de voz preocupado.

-- Na-nada Harry. - Gaguejei na hora errada e Harry se levantou vindo até mim.

-- Fala logo. Você está gelada, o que aconteceu?

-- Só uma dorzinha chata na barriga. Ta tudo bem, relaxa. Nada de grave. - Tentei o tranquilizar, mesmo sabendo que eu não estava bem.

-- Nada disso. Vamos para o meu hotel. Ainda falta 3 horas pro voo.

-- Não Harry, eu quero ficar aqui. Eu to bem, já disse. Vamos terminar de jantar, por favor?

-- Olha lá em, qualquer coisa fala e vamos embora.

-- Eu sei. Obrigada. - Eu acho que já estava voltando ao normal. O que me deixou mais tranquila.

Harry de 5 em 5 minutos me perguntava se eu estava bem, e isso me deixou feliz, porque deu pra ver que ele se importa comigo. "Ou talvez ele só não quer sair nas notícias como o cantor que matou a fã com um jantar" meu subconsciente maldito me desanimou. A hora passou meio rápido e a dor não voltou, o que me deixou bem aliviada. Harry foi pagar a conta e eu fiquei esperando. Quando ele voltou, fomos para o carro e logo chegamos no aeroporto na qual ele me guiou para um local escondido e vi um jatinho que ele disse que era da banda. Entramos no jatinho e minha boca foi ao chão, era tudo na cor bege e marrom, mega lindo, tinha até televisão.

-- Nossa. - Deixei escapulir.

-- O quê? - Harry perguntou meio confuso.

-- Isso tudo. - Falei apontando para tudo que estava na minha frente.

-- Nunca andou de avião? - Balancei a cabeça negando. - Ah então aproveite, pequena.

-- Primeira vez que eu ando, e já posso tirar onda. Isso é lindo.

-- Que nada. Vem cá. - Ele me levou para uma das poltronas de couro. - Senta no canto pra você poder ver tudo. É lindo daqui de cima.

-- Eu acredito que seja. - Falei enquanto me acomodava na poltrona bege.

[...]

Acordei com uma dor horrível na coluna e no pescoço. Estava encostada no Harry e as janelas estavam fechadas o que deixou tudo escuro. Tentei me mover sem acordar o Harry, mas não deu certo, ele acabou acordando mesmo.

-- Bom tarde pequena.

-- Boa tarde? Que horas são?

-- Aqui são 4 horas da tarde.

-- Meu Deus. No Brasil são meio dia, certo? - Ele confirmou com a cabeça. - Caramba, que voo demorado em. Sem contar que é beeeem cansativo.

-- Verdade. Estamos quase chegando.

E acomodei na cadeira ignorando a dor no pescoço e olhei pela janela que já estavam abertas e tudo bem claro. "Londres é lindo". Não pode ser que eu estou aqui, deve ser tudo um sonho. É tudo tão surreal. O jatinho aterrissou rapidamente e saímos do mesmo.

-- Daqui a pouco eles levarão as malas, vamos para o carro. - Harry disse e eu assenti.

Quando aparecemos no aeroporto um grande número de fãs e papparazis nos viram e vieram pra cima de Harry. Agarrei em sua mão e ele a soltou passando seu braço em volta do meu pescoço e abaixando a cabeça. Fiz o mesmo.

-- Só anda. - Ele disse.

Andamos até fora do aeroporto com a cabeça meio abaixada. Lá fora tinha poucos fotógrafos, então pudemos andar naturalmente. Entramos no carro e logo as minhas malas e uma bolsa de mão que deduzi ser do Harry, já estava no carro. O motorista deu partida e eu abri um pouco as janelas para poder ver tudo. Passamos perto da London Eye e meus olhos brilharam.

-- Um dia te trago aqui, ta bom pequena? - Concordei sem o olhar.

Chegamos a um apartamento enorme e todo branco por fora.

-- Você mora aqui?

-- Sim, e agora, nós. - Sorri com o que ele disse e sai do carro. De seguida ele saiu e pegou na minha mão me puxando pra dentro do apartameto.

Fomos direto para o elevador e paramos no 10º andar, na qual só tinha uma porta.

-- Esse andar é todo seu?

-- Sim, e como eu disse, agora nosso. - Ele disse enquanto abria a porta indo de encontro com uma sala enorme e na cor amarela ouro.

-- Ah Harry, não por muito tempo.

-- O quê? Porque? Nem pense que sairá daqui.

-- Sim, penso. Não vou ficar te incomodando não.

-- Você vai incomodar se sair daqui, isso sim.

-- A gente vê.

Fui até a pequena varanda, abrindo as portas e sentindo o vento frio de Londres.

[...]

Depois de arrumar minhas coisas no closet de um quarto que havia ali enquanto Harry falava que era à toa porque depois ele iria mudar tudo pro quarto dele, fui tomar banho e coloquei uma bermuda com uma blusa verde de cetim, e peguei meu chinelo branco. Fui até a cozinha e procurei algo pra comer, mas não tinha nada, então resolvi fazer um macarrão com salsicha. Estranhei Harry não ter aparecido em nenhum momento enquanto eu fazia a comida. Fui arrumar a mesa e enquanto coloca dois pratos sinto um par de braços me rodear na cintura, e depositar um beijo no meu pescoço.

-- Aposto que essa comida está deliciosa. - Ele disse no meu ouvido.

Quando me virei, vi um Harry sem blusa, com uma bermuda de moletom, descalço e seu cabelo molhado. Ele deu um sorriso e fiquei olhando suas covinhas.

-- E está. - Falei saindo de seus braços.

-- Fez o quê? Eu ia pedir comida no Nando's.

-- Não precisa mais gastar tanto dinheiro com comida, enquanto eu estiver aqui. E é macarrão com salsicha. Coisa simples e rápida.

-- Você não vai sair daqui, Bela, já falei. - Ele disse se aproximando de mim.

-- Harry, não sei, mas pretendo. - Ele ficou quieto. - Vamos comer? E não fica assim, eu penso, ok? - Ele assentiu e me largou indo sentar na mesa.

Peguei a travessa com o macarrão e a salsicha e botei na mesa, depois fui na geladeira e peguei um suco de morango que havia feito.

-- Bom apetite. Só não pode gamar na minha comida, baby. - Falei dando uma risadinha.

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