Capítulo Vinte e Um

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[...]

Depois de comprada, espero quase umas 3 horas com a Bela para chamarem seu voo. Agora, estou eu aqui olhando a mulher da vida do Harry partir de volta para o Brasil. Odeio despedidas, por isso a disse pra ir sem dizer tchau.

Pov's Harry

Eu a deixei ir. De novo. Mais uma vez eu fui idiota demais e a perdi.

Que se dane isso, pensei já recomposto. Nunca ia dar certo mesmo. Ri seco, sozinho. É como Sarah falou, um cara de vinte e dois anos não daria certo com uma menina de dezesseis. Sarah... eu amava Sarah. Com ela sim eu conseguiria ter alguma coisa de verdade. Era ela que eu precisava, porque gostava mesmo dela, porque ela faria bem para minha imagem... por tudo!

-- Gemma! - gritei. Tendo só o silêncio como resposta. A procurei pela casa, percebendo que estava sozinho. Ótimo, até minha irmã me deixou para ir com Bela. Sou o único que entendo que Bela não é a pessoa certa para mim?! Não que isso importe mais, aah, que se dane também!

Mas ainda assim, a imagem de Bela saindo correndo de casa ainda vinha a minha mente, e só havia uma jeito de eu esquece-lá.

*Chamada on*

-- Sarah? - Falei quando o celular parou de chamar.

-- Sim amor? - respondeu.

-- Está em casa?

-- Em casa e esperando por você! - disse com uma voz sexy.

*Chamada off*

Pov's Bela

Antes de entrar no avião dou uma olha para trás e vejo quem estou deixando atrás de um vidro com lágrimas nos olhos. E lembro também do babaca que me trocou e agora está me deixando partir. Entro no avião e não demoro para achar meu lugar, na janela, que sorte. A aeromoça dá todas as instruções para um voo confortável e logo estamos no ar. Pego meu celular, o fone e o coloco no ouvido com uma música que me faz pensar diretamente em Harry (Hello - Adele). Encosto a cabeça na janela e decido adormecer, já que a viagem é bem longa.

[...]

Depois de 12 horas praticamente, chego no Brasil e eram umas duas horas da manhã. Pego meu celular e penso um pouco, se espero amanhecer ou troco o dinheiro aqui no aeroporto mesmo e pego um taxi. Acabo por decidir pegar um táxi agora.

O motorista me ajuda a pegar as malas e em pouco tempo estou em casa.

Procuro as chaves na bolsa de mão e acho rapidamente. Abro a porta o mais silenciosamente que consigo e coloco as malas para dentro. As deixo no canto e vou para meu quarto, deitando logo depois de deixar algumas lágrimas cair de saudade. Sei que acordaria cedo pelo fato de meus pais acordarem primeiro, e irão ver as malas na porta.

Decido deixar para ver mais tarde. Viro pro lado e adormeço bem rápido.

[...]

Quando acordo vejo que já passa de meio dia. Ouço conversa vindo da sala ou da cozinha e me pergunto porquê meus pais não me acordaram. Levanto devagar e me sento na cama. Olho ao redor e aí sim cai a ficha que estou em casa, no Brasil. Decido levantar e tomar um banho para despertar de vez.

Entro no banheiro e me dispo rapidamente. Deixo a água gelada cair sobre meu corpo e desperto em meros segundos. Aproveito para escovar os dentes e penteiar o cabelo.

Volto ao quarto e escolho uma roupa fresca, visto que aqui faz bastante calor. Coloco um short e uma blusa larguinha. Saio do mesmo um pouco receosa com o que meus pais iriam falar. Depois de querer tanto morar em Londres, volto repentinamente para cá.

Sinto o cheiro maravilhoso da comida da minha mãe quando ainda estou no meio do caminho. Como não tem ninguém na sala, presumo que estejam todos na cozinha, então sigo para lá. Chegando na cozinha, vejo meus pais a conversar e eu me encosto na porta com um tremendo sorriso no rosto, e espero eles acabarem ou sentirem minha presença, que foi o que ocorreu.

-- Bom dia docinho. -- Diz minha mãe.

-- Bom, acho que é boa tarde. -- Digo ainda com um sorriso.

-- Oh, boa tarde. -- Ela corrige e solta uma risadinha.

Meu pai fica me olhando e não diz nada.

-- Oi pai. -- Digo receosa.

-- Que bom que voltou. -- Ele diz meio seco e eu fico meio sentida.

Balanço a cabeça levemente quando começo a pensar sobre o porquê do meu pai estar assim, e me aproximo da minha mãe e do fogão.

- Esse cheiro - Começo, parando para beijar-lhe levemente a bochecha - Está muito bom. O que é?

- Daqui a pouco saberás! Não estás com fome? Não acordaste para o café..

- Para ser sincera, estou sim. Mas esperarei o almoço. - Digo e ela assente com a cabeça.

Ando em direção a porta da cozinha com intenção de ir ao meu quarto, mas paro e me viro.

-- Cadê a minha irmã? -- pergunto meio confusa.

-- Está na escola.

-- E vocês porque não estão no trabalho? -- franzo a testa.

-- Estamos de folga. -- Assinto meio desconfiada e saio de perto decidindo esquecer isto.

Vou na sala e pego minhas malas e as levo pro quarto. Descido desarrumá-las, porém assim que abro vejo uma blusa do Harry, na qual eu usava para dormir. Deixo uma lágrima escapar mas um barulho na porta me faz limpá-la rapidamente.

Era minha mãe.

-- Posso falar com você? -- Ela pergunta e eu concordo com a cabeça. -- O que a fez voltar para o Brasil?

-- Mãe, passei por tantas coisas... -- deixo outra lágrima escapar. -- mas também tive tantas pessoas do meu lado. Eles são geniais, mãe.

-- Sei que pode ter sido difícil, mas agora você está em casa, isso vai passar. Harry não é pra você. -- Quando ela termina eu tento raciocinar direitinho o que disse. E espera, ele não é pra mim?

-- Você o conhece? -- Pergunto.

-- Não filha, mas ele é famoso, você não merece alguém tão irresponsável e que só liga pro dinheiro.

-- Espera aí. -- Digo levantando um dedo para ela se calar. -- Você não os conhece, nem quis conhecê-lo. Então, não fale besteira. Harry é a melhor pessoa que já conheci, não o critique sem saber. -- Minha mãe arregala os olhos.

-- Fale direito comigo.

-- Não, não falo, sabe por quê? Por que você não merece que alguém fale direito contigo. Você não sabe falar direito com ninguém, só trata com ignorância. -- Dou uma pausa para ver se ela fala algo, mas como não diz, termino. -- Vou na escola resolver as papeladas, tchau. -- Levanto. -- E pode deixar que cinco horas eu busco minha irmã.

Pego meu celular, a chave e saio do quarto passando pelo meu pai e nem olhando em seus olhos.


Notas Finais:

Espero que eu esteja os agradando com a história. rss

Beijinhos


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