A Princesa Perdida - Livro 2

Capítulo 32

(imagem acima é +/- como imagino o Gabriel)

P.o.v. Melody.

Conforme caminhávamos, eu tentava afastar qualquer pensamento negativo e me concentrar na presença deles. Meus olhos passavam de Gabriel para Eduardo, notando as diferenças marcantes entre os dois. Gabriel tinha um jeito mais extrovertido, sua energia era quase contagiante, enquanto Eduardo exalava uma calma serena, como se cada movimento seu fosse cuidadosamente pensado.

Senti a necessidade de quebrar o silêncio que se instalava, então resolvi perguntar algo simples.

— Vocês são amigos dos meus irmãos? — perguntei, tentando soar casual, mas minha voz ainda carregava um pouco de hesitação.

Eduardo foi o primeiro a responder, sua voz suave e controlada.

— Sim, somos próximos do Arthur, mas conhecemos o John também — ele disse, lançando um breve olhar para Gabriel, que assentiu em concordância.

Gabriel sorriu, acrescentando com um tom descontraído.

— Somos do grupo dele, digo, somos híbridos liderados pelo Arthur, mas não somos betas dele. 

"Híbridos liderados pelo Arthur?... Eles também são híbridos!" _ penso um pouco aliviada e confusa _ "Porem o que significa ser beta?"

— E... o que significa ser um beta? — perguntei, minha curiosidade finalmente se manifestando.

Gabriel olhou para Eduardo como se o encorajasse a responder. Eduardo respirou fundo, como se pensasse a melhor forma de explicar.

— Betas são subordinados diretos de um alfa, como Arthur. Eles ajudam a manter a ordem, a segurança, e, em muitas situações, são como os braços direitos do líder. Mas nós, Gabriel e eu, somos mais independentes. Fazemos parte do grupo, mas não seguimos essa hierarquia tão rigidamente. Eu faço parte da liderança, mas sou um bruxo e não é possível ser beta de um lobisomem. 

Gabriel se inclinou um pouco para frente, como se quisesse adicionar algo mais à explicação de Eduardo.

Gabriel se inclinou um pouco, adicionando à explicação de Eduardo.

— Exatamente. Temos uma parceria com o Arthur, mas sem estar presos a essa estrutura de betas e alfas. Isso nos dá uma certa liberdade.

Eu balancei a cabeça, tentando entender todas essas camadas de hierarquia e relações.

— Ah, então você é um híbrido de lobisomem e elfo? — perguntei a Gabriel, tentando manter a conversa fluida.

Gabriel sorriu ainda mais, com um brilho divertido nos olhos.

— Sim! É uma combinação bem rara, mas que dá para fazer coisas interessantes. Como correr rápido e ter uma boa visão noturna. — Ele piscou para mim, claramente orgulhoso de suas habilidades.

Eduardo, ao meu lado, observava com um sorriso sutil, mas deixou Gabriel continuar com a explicação.

— E você, Eduardo? — perguntei, curiosa sobre o tipo de híbrido que ele era.

Eduardo se ajustou um pouco, sua expressão serena permanecia intacta enquanto ele falava.

— Eu sou bruxo e dragão. A combinação me dá habilidades mágicas e também características dracônicas. Posso me transformar em um dragão, e isso me proporciona uma força física aumentada, resistência e imunidade ao fogo. Como bruxo, também tenho habilidades em manipulação de água, ar, e fogo, também tenho a linguagem dragônica que outros seres não entendem.