Capítulo 20

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P.o.v. Melody

Entrei no quarto, me deixei cair na cama, olhando para o teto enquanto tentava entender tudo o que acabei de descobrir. Trigêmeos? Quem poderia imaginar que isso era possível?
A confusão era palpável, mas com ela veio um senso de alívio. Finalmente, eu entendia por que sempre senti uma conexão estranha com Arthur e John. Eles eram meus irmãos. Sangue do meu sangue. A ideia era surreal, mas também emocionante.

No entanto, não pude deixar de pensar nos meus pais adotivos. Eles eram tudo para mim. Como eles reagiriam a essa revelação? Eles se sentiriam magoados? Preocupados? Compreensivos?

Eu sabia que tinha que encontrar uma maneira de explicar tudo a eles, de uma forma que não os machucasse. Eles sempre me apoiaram, sempre estiveram lá por mim. Não queria que se sentissem deixados de lado ou substituídos de alguma forma.
Mas, ao mesmo tempo, sentia uma necessidade urgente de conhecer mais sobre minha família biológica. Não apenas Arthur e John, mas meus pais verdadeiros também. Quem eram eles? Como devo reagir quando nos encontramos?
Com um suspiro, sentei-me na cama e prometi a mim mesma que encontraria uma maneira de todos se darem bem. Porque, no final das contas, ambas eram importantes para mim. Minha família adotiva sempre seria meu lar, mas agora eu tinha a oportunidade de conhecer meus pais biológicos que sempre tive vontade de conhecer.
Depois de um tempo pensando demais, percebi que estava morta de cansaço. Meus olhos estavam pesados e a cama parecia ser a melhor opção no momento. Com um suspiro, me joguei na cama e me acomodei sob as cobertas. Estou cansada por ter lutado mais cedo.
"Essa Stephany ainda me paga por me fazer me preocupar com ela..." _ penso sonolenta e logo acabo dormindo.

P.o.v. Arthur

Logo após sair do apartamento, ligo para Eduardo, que é praticamente meu beta e ele é mais novo que eu por alguns meses.

Ligação

— Fala Arthur, em que posso ajudar? Ainda não conseguimos achar sua companheira._ Eduardo atendeu após um único toque da chamada.

— Já a encontrei. Pode transmitir isso para todos e organizá-los. Parece que os puros-sangue estão atrás dos híbridos. Minha companheira foi atacada por um vampiro puro-sangue. Estou indo com o Henry para interrogá-lo no castelo e ver se consigo mais informações._ Digo rapidamente enquanto ia em direção ao reino vampírico.

— Entendido. Vou manter todos atentos e prontos para qualquer confusão que possa ocorrer. Mas deixando de lado o trabalho, quando você vai apresentar sua companheira para os seus amigos? Estamos curiosos para ver quem conseguiu mexer com esse seu coração que sempre está focado no trabalho._ escuto a pergunta dele e acabo franzindo a testa. 

— Franzir a testa pode dar rugas!_ uma voz zombeira veio do celular e suspiro.

— Estava falando com o Eduardo, por que você pegou o celular Gabriel?_ suspiro, esse Gabriel é muito agitado.

— Ah, líder, eu quero conhecer nossa cunhada logo, mas você nunca nos diz quando vamos conhecer ela._ Ele responde, desviando da minha pergunta.

Consigo imaginar ele fazendo bico como uma criança.

— Gabriel, eu disse que já a encontrei, e assim que tudo estiver resolvido, vocês terão a chance de conhecê-la. Agora, me deixe focar na situação atual, ok?_ Respondo, tentando manter o foco na conversa com Eduardo.

— Mas vocês não haviam terminado os assuntos sérios? Foi o Edu que perguntou sobre ela primeiro._ a voz dele parecia ter um leve tom de confusão.

— Você está certo, vou deligar_ digo pronto para desligar a chamada.

— Espe-_ escuto a voz do Gabriel antes e ignoro. Desligando.

A Princesa Perdida - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora