A Princesa Perdida - Livro 2

capitulo 28

P.o.v. Melody

Sinto minhas mãos suadas, meu coração parecia que vai sair do meu peito e minha respiração está rápida e curta. Respiro fundo, tentando acalmar meus nervos. Sinto eu me acalmar quando lembro que não estou sozinha.

"Finalmente vou conhecer meus pais biológicos" _ penso feliz e ansiosa.

Não demorou muito para eu perceber as quatro pessoas logo à frente, todas com expressões que misturavam expectativa e emoção. Minhas pernas tremem um pouco enquanto me aproximo, e logo percebo os cabelos vermelhos de um dos homens e seus olhos castanhos claros.

"É igual o meu cabelo..." penso em transe.

Meus olhos passam para a mulher com cabelos loiros claros; fico um pouco em dúvida se eram brancos, mas rapidamente noto que nossos olhos são iguais. Desvio meus olhos dela, surpresa, quando percebo que eles mudaram de cor.

Olho para os outros dois homens. Um deles tem o cabelo loiro com um pouco de cachos e olhos verdes, parecendo uma esmeralda. O outro tendo o cabelo preto um tanto comprido e olhos castanhos.

Seus nomes me vem à cabeça quando lembro do que Arthur disse, eu sou parecida com o Liam, Arthur com o Diego, John com o Ryan e nossos olhos são da nossa mãe Tatiane.

Sinto meu coração se agitar enquanto me aproximo. A Tatiane dá um passo à frente, um sorriso trêmulo em seu rosto.

— Melody? — ela pergunta, a voz suave e carregada de emoção.

— Sim, sou eu — respondo, tentando controlar a mistura de sentimentos que me invade.

Vejo seus olhos mudarem constantemente de cor, e até seu cabelo parecia fazer o mesmo. É como se ela fosse uma paleta viva de cores.

Ela olha para os homens ao seu lado, que também dão um passo à frente, formando uma espécie de círculo ao meu redor. Liam, com seus cabelos vermelhos, Diego, com seus olhos verdes brilhantes, e Ryan, com seu cabelo preto. Todos sorriem para mim e sinto a ligação se formar.

— Somos seus pais, Melody — diz Tatiane, a voz firme e cheia de carinho.

— Eu... eu nem sei o que dizer — murmuro, sentindo as lágrimas se formarem.

Tatiane se aproxima mais, estendendo a mão. — Não precisa dizer nada. Só queremos que saiba que estamos aqui, agora e sempre.

Não consigo controlar as lágrimas quando escuto essas palavras. Ela vem me abraçar e logo sinto meu ombro molhado pelas lágrimas dela também. Ficamos assim, abraçadas, por um momento que parece durar para sempre.

Liam, Diego, e Ryan se juntam ao abraço, e sinto-me envolvida por um calor e amor que nunca havia sentido antes. É como se todas as peças do meu quebra-cabeça finalmente tivessem se encaixado.

Estou em casa, finalmente.

Após um tempo, nos separamos e limpo as lagrimas. Minha mãe Manu se aproxima com o meu pai Tiago.

— É um prazer te conhecer e peço perdão por deixar sua filha longe de vocês por tanto tempo. — Seus olhos vermelhos denunciaram que ela também chorou.

— Não foi sua culpa, então não peça perdão e eu agradeço por cuidarem tão bem dela. Vocês sempre serão pais dela também — responde Tatiane, com um sorriso caloroso.

Manu e Tiago sorriem em resposta, e sinto a tensão se dissipar.

— Obrigada — digo, minha voz ainda embargada pela emoção. — Obrigada por tudo.