𝐀𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨 𝐃𝐞 𝐀𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 (𝑹𝒊𝒏𝒔𝒐𝒖)

Capítulo 15

┆︎ Nahoya Pov. . . ┆︎

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Odeio admitir isso, mas conviver com a companhia do Ran está sendo uma experiência boa. Mas, não vou dizer que é totalmente tranquilo. Ele é irritante na maior parte do tempo, com aquele jeito preguiçoso e sorriso provocador que parece estar sempre um passo à frente de todo mundo. No entanto, por trás desse comportamento despreocupado, percebo que ele tem uma inteligência afiada e um senso de humor que, de alguma forma, complementa o meu.

No começo, quando nos conhecemos, foi um inferno. Era ele me perseguindo, me deixando presentes com flores na porta da minha casa, ou então aparecendo sem aviso, com aquele sorriso de quem está prestes a causar algum problema. Ele fazia de tudo para se aproximar de mim, e eu não conseguia entender qual era a dele, no entanto, era perturbadora essa perseguição.

Com o tempo, as coisas começaram a mudar. A persistência dele, que eu tanto odiava, passou a ser algo... confortante, de certa forma. Comecei a perceber que, por trás daquela fachada de brincalhão, havia alguém que realmente se importava comigo. Ele conseguiu se infiltrar nos meus pensamentos, nas minhas rotinas, até que sua presença se tornou essencial.

Ainda assim, não era fácil. Ele sabe exatamente como me tirar do sério, como provocar minhas reações mais intensas, e isso me deixava furioso. Mas, ao mesmo tempo, havia algo na maneira como ele me olhava, um brilho nos olhos que eu não conseguia ignorar. Era como se ele soubesse algo que eu ainda estava tentando entender.

Agora, já passamos bastante tempo juntos, e eu comecei a ver o quanto ele se preocupa, mesmo que não demonstre isso da maneira mais óbvia. Ele tem essa maneira peculiar de mostrar afeto, através de pequenas provocações e desafios. E, por mais que eu odeie admitir, comecei a esperar por essas provocações. Elas fazem meu dia mais interessante.

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No momento, estava eu, Takemichi, Hakkai, Mitsuya, Chifuyu e meu irmão, bebendo e conversando tranquilamente na minha casa. A conversa estava leve, com todos rindo e compartilhando histórias. As garrafas de cerveja vazias se acumulavam nas mesas, enquanto a conversa fluía.

─── Nossa, nem lembro qual foi a última vez que nos reunimos assim. ─ pronunciou Mitsuya, com uma risada leve e um sorriso simples no rosto.

─── Verdade, faz tempo mesmo. ─ confirmou Hakkai, balançando a cabeça enquanto pegava uma nova cerveja ─ É bom ver todo mundo junto novamente.

─── Foi bom você decidir abrir sua casa para isso, Nahoya. ─ disse Takemichi, com um sorriso satisfeito ─ Eu estava começando a sentir falta desses encontros.

─── Qualquer oportunidade para fazer bagunça, e comigo mesmo! ─ ri, querendo ao máximo descontrair um pouco da minha própria mente.

Todos estavam à vontade, rindo e relembrando momentos que, para qualquer um de nós, eram inesquecíveis ─ principalmente as merdas que eu faço, todos amam relembrar isso. Mas, enquanto todos estavam distraídos, minha mente não conseguia se afastar dos meus pensamentos. Eu estava aéreo, quieto e distante.

─── É, você sempre foi o mestre em criar histórias memoráveis, Nahoya. ─ disse Chifuyu, piscando para mim antes de tomar um gole da sua cerveja ─ Lembro daquele dia no karaokê, quando você subiu no palco e cantou aquela música ridícula.

─── No final de tudo, fomos expulsos pelo escândalo. ─ Takemichi ri, relembrando essa memória.

Eu não o ouvi direito, estava absorto em meus pensamentos. Os sons e vozes ao meu redor parecia distante, quase como se eu estivesse em um mundo à parte. E obviamente, meus amigos percebem que algo de errado há comigo. Uma pessoa energética que está sempre fazendo barulho, não é normal ficar quieta sem motivos.

─── Smiley? Tá me ouvindo? ─ Chifuyu me chamou a atenção, interrompendo meus pensamentos. ─ Tá tudo bem, cara?

─── Mano, só porque ele é grande, ele pensa que é dois...

─── Quem?

─── Meu pau. ─ respondi, segurando a risada.

Todos riem, o barulho das risadas me distraem por um breve segundo.

─── Eu não estou achando graça nenhuma! ─ bufou, tomando um gole da cerveja ─ Você não muda nunca.

─── Hahah! Qual é Chifuyu, se ele te ver assim vai ficar tristinho.

─── Quem, porra?!

─── Minha pica.

─── Aí você pediu por isso, Chifuyu! Hahaha! ─ disse Mitsuya.

─── Deve estar mesmo, essa rola véi murcha. Por isso que você broxou quando ficou com aquela menina. ─ retrucou, com um sorriso malicioso.

─── Eh?!! Vai explanar mesmo?! ─ exclamei irritado, quase me levantando do sofá para pegar ele pelo pescoço.

A risada do pessoal se ouvia por toda a sala. Aquele pensamento constante da imagem do Ran, some da minha cabeça, assim, podendo aproveitar esse momento com meus amigos, me envolver na conversa e rir junto com eles.

À noite foi longa, repleta de piadas, brincadeiras da minha parte, e muitas gargalhadas. Quando a madrugada começou a chegar, o grupo foi se dispersando aos poucos. Takemichi foi o primeiro a se levantar, esticando os braços com um bocejo exagerado.

─── Acho que é minha deixa, pessoal. Se eu não for agora, a Hina vai me matar. Está bem tarde ─ ele disse, ainda sorrindo.

─── Verdade, já está bem tarde. ─ confirmou Hakkai, olhando para o relógio na parede.

─── Já deu a hora de ir! ─ disse Mitsuya, levantando do sofá.

Os outros começaram a se mexer também, pegando seus casacos e se despedindo com abraços rápidos e promessas de nos reunirmos novamente em breve. Logo, só restou eu e meu irmão. Juntei as latinhas para não deixar elas jogadas pelo chão, e comecei a limpar um pouco da bagunça. O ambiente estava mais calmo, com a energia e o barulho da festa dando lugar a um silêncio reconfortante. Souya me ajudou, com um semblante visivelmente cansado.

─── Posso dormir aqui hoje? ─ perguntou, a voz suave e baixa.

─── Pode. ─ afirmei, jogando o lixo fora.

Após um tempo limpando. Souya deita no sofá e capota. Ele nem esperou eu arrumar a cama do quarto de hospedagem. Ele parecia bem cansado…Me pergunto o que está acontecendo com meu irmão. Mas não pensei muito no caso e fui apagando as luzes.

Entro no meu quarto e me joguei na cama, minha cabeça repousa no travesseiro, sentindo a maciez e o conforto da superfície. Minhas pálpebras estavam pesadas, e não demora muito para cair no sono.

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[...]
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Escuto o barulho da janela sendo aberta, mas eu continuo meio adormecido e não dou muita atenção no início. Porém, sinto a brisa gelada entrando pelo quarto, seguido pelo leve ruído da janela sendo fechada com cuidado. Eu resmungo pelo frio repentino. Sinto algo ou alguém se acomodar ao meu lado, e antes que eu possa reagir, o peso se firma na cama, e a respiração se torna mais pronunciada.

Abro um olho, tentando identificar o que está acontecendo. O quarto está escuro, exceto pela luz da lua que entra pelas frestas da cortina. Com um esforço, consigo distinguir a figura. E ao ver era...

Ran?!

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Continua. . . 🥀

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Vcs querem dois capítulos lançados de uma vez por semana, ou dois por semana separadamente?

Espero que tenham gostado! Perdoem qualquer erro ortográfico.