𝐀𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨 𝐃𝐞 𝐀𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 (𝑹𝒊𝒏𝒔𝒐𝒖)

Capítulo 10

┆︎ Souya Pov. . . ┆︎

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Saio de casa na madrugada para completar mais uma missão que Manjiro havia solicitado. Andava sentindo tranquilamente o ar fresco da noite, o vento gelado se formando no ambiente, fazendo-me arrepiar completamente pelo frio. As ruas silenciosas portavam um sentimento de paz, mas essa paz não dura por muito tempo, ao lembrar que farei a tarefa com o Rindou. Só de pensar me dá um nó na barriga.

Respirei fundo antes de entrar. Ao abrir a porta, o cheiro de cigarro entra em minhas narinas, a fumaça pairava no ar, enchendo a sala. Tampo meu nariz para não inspirar mais a fumaça e entrar em meus pulmões. Bando de drogados, é impressionante como eles conseguem encher a sala com fumaça de cigarro.

Eles perceberam meu desconforto. Manjiro abre as janelas para permitir a ventilação e a saída da fumaça. Rindou me olhou com a cara feia, parecia, certamente, incomodado comigo. Ele não fará comentários invasivos e desnecessários, como sempre faz ao me ver?

─── Alguém aqui não está habituado ao cheiro de cigarro. ─ comentou Sanzu sarcasticamente, dando uma risada nasal.

─── Tenho um grande ódio por produtos ilícitos.

─── Aposto que você nunca usou, né? Consome um pouco conosco, vai amar sentir a brisa que isso causa.

─── Honestamente, não. Tenho motivos familiares envolvidos que me deram ódio.

─── Não seja sem graça. Pelo menos bebe?

─── Somente em ocasiões específicas. Mas sim, eu bebo.

─── Então vem! Vamos aproveitar um pouco antes de ir à missão.

Sanzu me puxa pelo braço e me serve um pouco de vodka. Eu não disse nada e apenas aceitei. Bebo calmamente, saboreando o amargo da bebida.

─── Angry e Rindou. ─ pronunciou Manjiro, chamando nossa atenção.

─── Senhor. ─ respondemos em uníssono.

─── Vocês irão após o amanhecer. Angry, já sabe o que fazer, certo?

─── Sim, está tudo planejado.

─── Ótimo.

Rindou levantou-se do sofá, me interrompendo antes que eu pudesse falar.

─── Vamos logo com isso. ─ ele me deu as costas, andando até a sala dos equipamentos.

Fiquei indignado com sua atitude. Quem ele pensa que é para mandar em mim desse jeito?! Independentemente do motivo pelo qual ele agiu dessa maneira, não vou deixar meu ego quebrar por conta dele.

Entro na sala com passos apressados.

─── Se quiser acabar com isso, você vai me ouvir e me obedecer. Escutou, Rindou?!

─── Tanto faz. ─ deu de ombros, com um olhar tediante e, ao mesmo tempo, distante.

Eu me aproximo, tentando controlar minha raiva, mas a irritação na minha voz é evidente.

─── Não tem essa de "tanto faz". Se você quiser resolver isso de uma vez por todas, vai ter que colaborar. E não agir como uma criança mimada. ─ cruzo os braços, o encarando seriamente.

─── Mimado? ─ ele riu nasal, me olhando de relance ─ Você não me conhece o suficiente para falar tal coisa de mim.

Eu respirei fundo, tentando não perder a paciência.

─── Talvez eu não conheça, mas sei que não vamos a lugar nenhum com você agindo assim. ─ disse, mantendo meu olhar fixo no dele.

Rindou estreitou os olhos, o sorriso desaparecendo de seu rosto.