Capítulo 3

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┆︎ Souya Pov. . . ┆︎

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Era de madrugada, por volta das uma e sete da manhã. Estava eu deitado olhando para o teto sem conseguir dormir. Tudo que escutava era o barulho do relógio ecoando pelo quarto iluminado com a suave luz da lua. Meus pensamentos estavam vagos, sem preocupações ou algo do tipo, apenas estava com a cabeça voando...

Olho para o relógio marcando uma e oito. O tempo está mesmo passando devagar...

─── Porra, eu só queria dormir. ─ digo frustrado pela insônia, me sentando na cama. Olho para a janela pensando em dar uma volta ─ Uma voltinha pelo bairro talvez não seria uma má ideia.

Pensando um pouco, eu resolvo andar. Desço da cama indo direto para o guarda-roupa, pego um conjunto de moletom e um tênis Nike. Me arrumo, pego meu celular e saio de casa.

Estava frio, um frio bom que não me incomoda. As ruas estavam vazias e silenciosas, sem uma alma viva por perto. Resolvo caminhar sem rumo, concentrado em meus pensamentos, sem afligimento que algo possa acontecer.

Eu me sentia bem podendo caminhar nas ruas vazias, era tranquilo e não tinha nada para me incomodar, acho que farei isso mais vezes. Vejo alguns gatos e cachorros perambulando por aí, paro por um momento para acariciar um cachorrinho que estava me seguindo.

─── Oh, amigão. Melhor não me seguir, não quero que nada aconteça com você. ─ ele inclina um pouco a cabeça, seus olhos implorando para ir comigo ─ Sinto muito. Seja um bom garoto e fique aqui.

Ele se senta, observando eu continuar meu caminho. Posso ser um assassino sem coração, mas com animais sou frágil, e daria minha vida por eles, por serem inocentes e carinhosos, diferente do ser repugnante do ser humano.

Ando por uns bons minutos até chegar em um beco. Estranhei, pois conseguia ver uma luz fraca por meio de uma das portas, de repente escuto um barulho de tiro, e quando eu menos espero dois homens saem de dentro da sala com algumas manchas de sangue nas roupas e nos rostos.

Merda, tinha que ser eles?

─── Hm? ─ resmungou um deles, olhando para mim.

O mais novo percebe minha presença, ele não esconde seu sorriso largo ao me ver.

─── Ora, se não é o carinha que foi grosso comigo no mercado. ─ dizia se apoiando no irmão.

─── Quer ver o que realmente é grosso~? ─ zombo, sorrindo malicioso.

─── Oh…Então você sabe provocar? ─ ele me olha de cima a baixo, me comendo com os olhos.

─── Então é ele? ─ perguntou Ran, me analisando ─ Nada mau irmãozinho, você tem um ótimo gosto.

─── Sei disso. ─ disse convencido ─ Mas a pergunta é; O que você faz aqui?

─── Não é da sua conta. Eu já estou de saída. ─ caminho na direção de onde vim, mas sou impedido com o Ran aparecendo em minha frente.

─── Não tão rápido...Você parece calmo demais para alguém que está vendo dois suspeitos sujos de sangue.

“Caralho, como eles são insuportáveis.”

─── Sou mais um humano que não liga pra mesma laia.

Ran olha fundo em meus olhos, e faço o mesmo sem demonstrar medo ou hesitação. Eu o conheço, ele sabe interpretar a linguagem corporal das pessoas, então saberá que eu não estou mentindo.

─── Para um simples cidadão que odeia a mesma espécie, você é mais um sangue-frio.

─── Estou liberado agora? ─ pergunto sacal.

─── Ainda não. Diga seu nome, meu irmãozinho merece saber, não acha?

─── Não, ele não merece. ─ cruzo meus braços, impaciente com os dois.

Sinto a presença de Rindou se aproximando atrás de mim.

─── Por que tão frio gatinho? Tem algum motivo para não falar seu nome? ─ disse apoiando seu braço em meu ombro, examinando os traços do meu rosto com um sorriso maroto.

O jeito é falar, se não eles não vão me deixar ir, porém, não vai ser meu verdadeiro nome.

─── Angry. Satisfeito? ─ afasto o braço dele de mim.

Homem seboso.

─── Lindo nome, combina com você.

─── Agora posso ir?! Ou vão me interrogar?

─── Poderíamos. ─ ele riu sarcástico.

─── Seja um bom garoto para meu maninho, Angry. ─ ele saiu da minha frente, me liberando.

─── Prefiro a morte. ─ vou andando para fora do beco.

─── Ah! Ele é um amor~ ─ disse todo abobado.

─── Tenta não fazer nenhuma graça. Ele é capaz de arrancar seu pau fora.

─── Não se preocupe, ele não tem a capacidade de encostar um dedo em mim.

Volto para casa às uma e quarenta da manhã. Abro a porta e adentro a residência. Eu só espero não encontrar aqueles dois idiotas novamente, não aguento mais olhar para aquele cabelo de água viva e o ex-trancinhas. Não mesmo.

Vou direto para o meu quarto, visto meu pijama e deitei na minha cama. Dessa vez o sono veio, e pouco a pouco senti meus olhos pesados. Finalmente poderei dormir.

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Continua. . . 🥀

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Desculpem pela demora, bloqueio criativo é foda 🥹

Espero que tenham gostado! Perdoem qualquer erro ortográfico.

𝐀𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨 𝐃𝐞 𝐀𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 (𝑹𝒊𝒏𝒔𝒐𝒖)Onde histórias criam vida. Descubra agora