Capítulo 9

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┆︎ Rindou Pov. . . ┆︎

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Ultimamente eu andava com péssimo-humor. Reclamava sem necessidade, ou brigava com alguém sem motivos. Essa irritabilidade frequente atrapalha nas tarefas que Manjiro exige. Tudo isso começou por culpa do Sanzu...

E a única forma de descontar esse aborrecimento, é simplesmente torturar minhas vítimas. Usá-las para satisfazer meus desejos sádicos que cresce cada vez mais conforme meu nível de estresse aumenta.

─── P-Por favor! Chega! ─ o homem rastejava no chão, o medo transparecendo em sua face, e lágrimas de desespero descendo pelo rosto.

Seu corpo com hematomas e feridas tremia, suas roupas rasgadas e desgrenhadas, por eu ter lhe espancado. Eu apenas estava começando minha diversão...

─── É tão excitante ouvir você implorar por salvação~ ─ meus lábios abrem um sorriso sinistro, saboreando seus protestos. Me agacho para ficar frente a ele, tombando minha cabeça para o lado, o encarando impiedosamente ─ Acha mesmo que alguém vai te salvar?

Sem esperar por uma resposta, agarro seu braço, torcendo suas articulações, fazendo-o berrar de dor. Seus gritos de agonia ecoam pelo beco vazio, era tão satisfatório...Isso é música para meus ouvidos.

─── Vamos, grita mais~ Essa voz distorcida pela imensa dor é como ouvir uma bela canção~ ─ forcei ainda mais seu braço, ouvindo o estalo do seu osso enquanto observava suas reações. Ele soltava suspiros fortes, fechando os olhos com força. As sobrancelhas se apertam em sofrimento e aflição.

─── M-Meu braço...Anhg...Deixe-me, por favor...

─── Tarde demais para você.

Torço o braço de uma vez, o quebrando completamente. O homem berra mais alto, chorando e gemendo em devastação. Eu me sentia mais leve e calmo, no entanto, ainda não era o suficiente.

─── Que tal arrancarmos seus dentes? Um por um? ─ pego um alicate do meu bolso, o mostrando com movimentos de aceno com a mão.

Seus olhos se arregalam, as pupilas menores que o normal tremendo após ouvir minhas palavras e ver o objeto na minha mão.

─── Não faça essa carinha, isso me deixa ainda mais animado~! ─ meu tom de voz era psicopático, dando uma risada que sai pela garganta.

─── N-Não...Não, NÃO, POR FAVOR! NÃO!

...

Minha diversão havia acabado. O homem estava morto, sem os dentes e com os membros quebrados. O corpo sem vida sangra devido às feridas. Eu me sentia melhor, mais leve após dias de estresse, ainda assim, eu precisava de algo a mais.

─── Rindou, terminou? ─ Ran perguntou, se aproximando olhando o corpo no chão.

─── Infelizmente sim. ─ respondi com desânimo.

─── Hum. ─ ele olhou fixamente para mim ─ Pode falar, o que tanto te incomoda? ─ ele percebeu meu comportamento estranho.

─── Nada, apenas queria torturar alguém.

─── Rindou...Eu conheço meu irmão. Desembucha, o que te incomoda?

─── Tsk. ─ estalo a língua no céu da boca, franzindo a sobrancelha. Eu não queria falar o motivo, mas ele iria insistir até conseguir tirar as palavras da minha boca ─ Apenas de mau-humor. ─ coloco as mãos no bolso, desviando o olhar dele.

─── Hum, é o Sanzu, né? ─ sorriu de lado, entendendo o motivo.

Franzo a boca, modendo o lábio inferior. Fiquei em silêncio por alguns segundos antes de responder.

─── Sim, é ele. Agora podemos ir? ─ tento fugir do assunto.

─── Ah! Maninho! Está com ciúmes que ele conseguiu se aproximar do Angry? ─ ele riu, passando o braço em volta do meu ombro. Resmunguei baixo com suas palavras.

─── Até parece... ─ faço beicinho.

─── Ao invés de fazer provocações, conversa normalmente com ele, comporta-se como uma pessoa madura. Estuda a personalidade dele, ou, devolva na mesma moeda.

Penso na lógica dele. Certamente isso pode mudar alguma coisa.

─── É. Tem razão...

─── Agora temos que voltar, senão o Manjiro vai nos matar pela demora.

Saímos do beco, seguindo para a base. No momento, havia anoitecido. A rua estava bem movimentada, pessoas caminhando e voltando de seus compromissos e trabalho.

Caminhamos normalmente. E por coincidência, encontramos Angry carregando sacolas de compras, vindo na nossa direção. Pelo raciocínio do meu irmão, tenho que parar de agir feito adolescente na puberdade e ser indiferente com ele.

Então, com a cabeça erguida, mãos no bolso e olhar neutro, segui meu caminho sem ter contato visual. Ran, acena para cumprimentá-lo, e eu o ignoro passando reto sem me importar. Desta vez devolverei na mesma moeda.

Após chegar, eu me joguei no sofá. Meus músculos estavam tensos e sentia meu corpo pesado. Mesmo aliviando pouco desse mau-humor, eu precisava de alguma massagem. Que saco.

─── Onde vocês estavam?! ─ exclamou Takeomi.

─── Não te interessa. ─ digo grosseiro.

─── Rindou! Manjiro estava no meu pé querendo saber dos dois! Amanhã o Angry aparecerá aqui para mais uma missão acompanhada.

─── E o que tenho a ver com isso? ─ indago sem ânimo.

─── Não me tira do sério! Ele irá precisar de você para a tarefa.

─── Nossa, estou tão empolgado. ─  finjo entusiasmo.

─── A cada dia que passa você está mais insuportável. ─ desprezou-me, negando com a cabeça, saindo da sala.

Bufei. Olho para o teto deixando minha mente vagar pelos diversos pensamentos passando pela cabeça. Tudo começou no dia em que eu o vi na cafeteria pela primeira vez. O terno branco perfeitamente moldado em seu corpo, os cabelos lisos turquesa brilhando diante do sol, e aquele olhar frio, porém penetrante, não demonstrando nenhuma emoção. Sua pessoa me cativou, pois sabia que ele era difícil e fechado.

Naquele momento eu queria tê-lo.

E saber que o assassino de aluguel era ele, essa minha obsessão piorou.

Mas, a partir de amanhã, será diferente.

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Continua. . . 🥀

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Espero que tenham gostado! Perdoem qualquer erro ortográfico.

𝐀𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨 𝐃𝐞 𝐀𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 (𝑹𝒊𝒏𝒔𝒐𝒖)Onde histórias criam vida. Descubra agora