Capítulo 16

247 30 151
                                    

Meu coração dá um salto e eu me dou conta de que Ran está deitado ao meu lado na cama. A confusão se mistura com a irritação, mas não pude deixar de corar pela pouca distância de nossos corpos.

─── O que você está fazendo aqui?! ─ murmuro, tentando manter a voz baixa para não acordar Souya.

Ran, que estava com os olhos fechados e uma expressão relaxada, abre um deles lentamente e me encara com aquele sorriso de quem está prestes a se divertir às minhas custas.

─── Não é óbvio? Estou aqui para te fazer companhia. ─ ele responde com aquele tom provocador que eu conheço bem.

─── Numa hora dessas?! ─ pergunto, tentando manter a calma apesar da confusão crescente.

Ran dá uma leve risada enquanto agarra minha cintura puxando-me para mais perto, colando nossos corpos. O brilho em seus olhos arroxeados reflete a luz da lua, e ele parece completamente à vontade, enquanto eu estou claramente desconcertado.

─── Não consegui dormir. Achei que seria mais interessante passar o resto da noite aqui, ao invés de ficar rolando na minha cama sozinho. ─ ele diz, com uma serenidade que só aumenta minha frustração. Era apenas uma desculpazinha.

─── Para de graça! Eu sei que você tem algo em mente.

Eu me mexo, tentando me afastar um pouco, mas seu aperto era firme, não deixando criar uma distância confortável. Meu cérebro está girando, tentando processar essa situação.

─── E por qual motivo você acha isso, laranjinha? ─ sussurrou rente ao meu ouvido, a voz rouca e grave me dando calafrios.

─── Eu te conheço muito bem, Haitani. ─ eu sussurro de volta, revirando os olhos ─ Agora me solte antes que o Angry acorde.

─── Oh, seu querido irmãozinho está aqui? ─ sua mão desliza por baixo da minha camisa para tocar minha pele nua. Eu tremo com as pontas dos seus dedos quentes na parte inferior das minhas costas ─ Isso vai ser mais divertido do que eu imaginava~

Ran ri, seus olhos brilhando de malícia na penumbra da noite, o que me deixa nervoso. Ele pode fazer qualquer coisa nesse momento. Seu aperto continua me segurando perto, me impedindo de me afastar, sentindo sua respiração quente contra meu rosto. Ele se inclina, quase tocando seus lábios nos meus. Meu coração dispara, lambendo meus próprios lábios pelo nervosismo.

─── O que voc-

Ele não me deixou falar, e reivindicou meus lábios em um beijo escaldante. Sua língua invadindo minha boca possessivamente, tomando o controle total. Eu tentava recuar e negar, mas meu corpo me trai pedindo mais e mais dele. Sempre neguei esses desejos, devido a um motivo ─ nunca havia transado com um homem antes. Então o fato de ser passivo pela primeira vez, me causa receio.

Sua mão explora minhas costas, podendo subir minha blusa, expondo mais da minha pele sob o ar frio da noite. Eu deveria parar isso, eu sei que deveria, mas não tenho forças para resistir. Minha mente está uma bagunça, cheia de pensamentos e desejos conflitantes. E aos poucos eu estava me cedendo a ele.

O beijo se torna mais exigente, sua língua explorando minha boca com fervor. Retribui na mesma intensidade, segurando sua nuca, enroscando meus dedos em seu cabelo desesperadamente, mantendo nós no lugar. A cada segundo eu estava mais excitado, e necessitado. E a dor familiar apertando minha calça surge.

─── Ran... ─ eu murmuro sem fôlego durante o beijo, meus lábios inchados e sensíveis por seu arrebatamento. Ele apenas sorri, seus olhos queimando com intensidade.

─── Que foi, meu bem? ─ indagou, a voz suave carregada de carinho. Ele começa a beijar meu pescoço, seus lábios traçando beijos suaves pela minha pele. Sinto um arrepio percorrer minha espinha enquanto tento resistir à tentação.

𝐀𝐬𝐬𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨 𝐃𝐞 𝐀𝐥𝐮𝐠𝐮𝐞𝐥 (𝑹𝒊𝒏𝒔𝒐𝒖)Onde histórias criam vida. Descubra agora