Ragnar - velhos tempos!

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— Isso foi estúpido da sua parte

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— Isso foi estúpido da sua parte. — você disse a ele, enquanto passava um pano molhado pelos ferimentos abertos no rosto e nos braços dele. Aqui e ali você pressionava contra o corte com mais força do que o necessário, só para fazê-lo sibilar de dor. Você achava que ele precisava aprender um pouco disso para parar de ser tão imprudente.


— Eu não ouvi você reclamando com seu irmão sobre isso. — Ragnar respondeu, suas costas encostadas na parede atrás de sua cama. Claro que ele tinha vindo até você depois de retornar. O relacionamento dele com Aslaug só piorava.

— Mas veja, eu espero que Floki faça coisas estúpidas e imprudentes. Sempre fez. Mas você... — você pressionou o pano com força no antebraço dele e ele olhou para você com algo que chegou perto de irritação. Ótimo. — Você é o Rei. Você tem que ser mais esperto do que isso!

— Às vezes eu desejo que eu nunca tivesse saído da fazenda. — ele também encostou a cabeça na parede, e a mudança repentina em seu tom fez você parar de reclamar. Ele parecia triste, quase. Como se aquela vida que ele conhecera na fazenda simples que ele dividia com sua esposa e filhos tivesse acabado há muito, muito tempo. E a questão é que realmente acabou. Não havia como voltar atrás, mesmo que ele às vezes ansiasse por isso.

— Lembra quando ajudei Floki a construir seu primeiro barco? — você disse, a pressão que você colocou para limpar as feridas agora muito mais leve enquanto você pensava nos velhos tempos. Parecia que isso tinha acontecido eras atrás.

— Ele comprou a âncora do ferreiro e guardou uma mecha do cabelo da filha para garantir a entrega — Ragnar também sorriu com isso. Seus olhos azuis estavam fixos no telhado acima de suas cabeças, mas você sabia que o que ele estava realmente vendo eram imagens do passado. Velhas e felizes memórias de dias distantes.

— Ele ameaçou matá-la, a pobrezinha. — você disse, o olhar no rosto daquela garota claro em sua mente como já tinha estado antes na sua frente. — Mas funcionou. A âncora foi entregue. — você levou o pano até o jarro que você tinha enchido com água antes e o molhou novamente.

— E nós navegamos para o oeste — ele olhou para você então, sabendo que você pensaria nas mesmas coisas que ele estava pensando. Northumbria. Lindisfarne. Wessex. O tesouro, as lutas, a alegria. Todas essas coisas caminharam juntas naquele tempo, nublando seus julgamentos e decisões, mas ainda assim, essa foi uma fase feliz da vida. — O que me lembra. — Ragnar levantou um dos dedos no ar, dizendo para você esperar. Você franziu a testa quando ele enfiou a mão dentro da bolsa de couro que ele havia trazido para sua casa e quando ele a tirou, você viu que ele estava lhe oferecendo um colar. A pedra era tão azul quanto o mar, não muito grande e tinha um formato redondo. — É um presente. Eu e Floki — ele deu de ombros, sorrindo novamente. — Nós o encontramos sendo estúpidos

Você tocou o colar, e a pedra estava fria de uma forma agradável que fez você tremer. — Obrigado — você disse a Ragnar, olhando-o nos olhos. Ele acenou com a cabeça em sua direção, os olhos observando atentamente enquanto você colocava o colar em volta do pescoço. — É lindo!

— É mesmo. — ele disse, olhando para você.

A intensidade do olhar dele fez você sentir seu corpo esquentar mais, então você pegou o pano novamente, um pouco mais nervosa do que antes. Você procurou por sangue e percebeu que havia sangue no peito dele, vindo de baixo da camisa. Sem pensar muito, você pegou a camisa em duas pontas e a abriu. Como a camisa já estava rasgada em muitos pontos, não foi nada difícil.

— Se você queria que eu rasgasse minhas roupas, você deveria ter pedido — Ragnar disse, com aquele tom que ele só usava quando estava flertando ou tirando sarro das pessoas. Você não tinha certeza de qual dessas situações era essa.

— Cale a boca, Ragnar. — você pressionou o pano contra o ferimento em seu abdômen, o ferimento mais profundo de todos até então.

O Rei, surpreendentemente, obedeceu. Enquanto você continuava a limpar seus cortes, ele apenas olhava para você. E isso era algo que ele conseguia fazer por um longo tempo sem nunca ficar entediado.

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