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      Na manhã do dia seguinte, acordei com uma dor de cabeça muito forte, me sentei na cama e tomei um copo de água

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      Na manhã do dia seguinte, acordei com uma dor de cabeça muito forte, me sentei na cama e tomei um copo de água. — Porra... Me levantei e fui até a caixa de remédios, e tomei um comprimido de dipirona, me arrumei e fui para o trabalho. Helena não estava lá, mas fingi não ter me afetado com isso, até por que foi a primeira vez que ela deixou de ir. Sentei-me em minha mesa e passei a mão pelo meu rosto e abri o notebook, logo, minha advogada entrou. — Já organizei os papéis do divórcio, só falta a reunião com a presença de vocês dois para assinarem o papel. — Certo, não me encha com esses assuntos uma hora dessas... São oito da manhã, Marta. — Pare de ser rabugento... Ah, outra coisa, alguém enviou estas rosas pra você, mandou em anônimo e pediram para eu te entregar. Olhei para as rosas vermelhas e as recebi de Marta.
     — Tá bom... Obrigada, pode ir agora. Assim que ela saiu, observei as rosas em busca de achar algum bilhete, ou carta... Mas só tinham as rosas. — Quem será que deve ter sido...? Helena? Esquece. Eu já tinha preocupações demais para ficar pensando em rosas, quando eu chegasse em casa eu iria resolver isso.

       Com mangas longas, andei com a mão em meu bolso enquanto guiava meu cachorro na coleira com a outra, me tranquilizei ao sentir um pouco do ar livre daquele parque, mas logo me lembrei que eu tinha mudado meu emprego de novo

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       Com mangas longas, andei com a mão em meu bolso enquanto guiava meu cachorro na coleira com a outra, me tranquilizei ao sentir um pouco do ar livre daquele parque, mas logo me lembrei que eu tinha mudado meu emprego de novo. Meu turno de atendente de bar começava às 11 da noite e terminava às 5 da manhã, ótimo para mim... Eu nem dormia mesmo. Um rapaz que estava correndo esbarrou em mim, fazendo eu acidentalmente soltar a coleira de meu cachorro, que saiu correndo. — Desculpa! Você quer que eu vá atrás dele? Quase mandei ele ir para a merda. — Seria bom... Disse em um tom meio seco, apesar de estar preocupada com meu cachorro, permaneci irritada com o rapaz, ele foi correndo atrás de meu pet e eu me sentei no banco ao lado e passei a mão no cabelo.
     


    — Que inferno... Ninguém presta atenção no que faz hoje em dia. Resmunguei baixinho, apesar de assumir uma parcela de culpa por não ter segurado meu cachorro direito também, senti meus pulsos latejarem dolorosamente e ignorei os sinais de meu corpo, apenas ajeitei as mangas e coloquei os pés na cadeira, esperando aquele homem voltar com meu cachorro. Assim que ele chegou, parecendo meio exausto, entregou a coleira na qual meu pet estava preso. — Ele corre, hein...?! É treinado? — Deve ser. Talvez o problema fosse eu. Nunca gostei de interagir com pessoas, além de estar abalada por conta de meus problemas, e pelos acontecimentos recentes, eu não queria conversas com ninguém, apenas ficar em paz na minha e fazer o que eu preciso fazer, isso incluía passear com meu cachorro, por mais que envolvesse dialogar com alguém uma vez ou outra, eu não podia deixar ele preso em casa toda hora, afinal de contas ele é um animal.
      

    — Vem cá, você tá legal? — O quê? Peguei o olhar dele um pouco abaixo, olhei também para achar o que tinha de errado em mim e vi o sangue em minha blusa, que foi transferido de meus pulsos. Cobri com as mãos, peguei meu cachorro e me levantei. — Sim, às vezes ele me arranha... Você sabe como é, um cachorro grande é difícil de cuidar. — É... Você vem aqui sempre? — Sim, só nesses dias de sexta-feira. — Entendi... Todo dia eu venho correr aqui, a não ser que eu tenha compromisso. Ele pegou um papel e me entregou. — Esse é meu número, se quiser marcar de ir em algum canto para me conhecer melhor... Meu nome é Oliver. Sorri pra ele e ele voltou a correr, peguei o papel e amassei, e joguei no lixo. Sinceramente, me senti culpada por isso mas eu estava com medo de me aproximar de qualquer homem novamente, eu nunca vou me esquecer de ontem. Voltei a passear com meu cachorro e depois da última volta eu fui para a minha casa, esperando não encontrar aquele rapaz novamente apesar de provavelmente ver ele sempre que eu vier.

       Decidi faltar ao trabalho hoje, me encontrei sentindo uma cólica insuportável, indicando que minha menstruação estava perto de chegar

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       Decidi faltar ao trabalho hoje, me encontrei sentindo uma cólica insuportável, indicando que minha menstruação estava perto de chegar... Que inferno. Me levantei da cama e fui até a cozinha preparar algo para comer, eu mal comia direito na verdade, então os armários estavam quase sempre com pouca coisa, mas nesse dia eu estava sentindo uma fome insuportável. Troquei de roupa e saí de casa, dirigi até uma lanchonete que tinha ao lado e pedi um café da manhã, eu nunca soube cozinhar direito e achei que eu não iria sentir fome novamente, então decidi comer apenas aquela vez. Sempre fui insegura com o meu corpo por acabar ficando magra demais durante o meio de minha adolescência, pensei em Michael, ele parecia ser a única pessoa que não ligava para isso, na verdade, ele nem comentou sobre isso ontem, talvez realmente não se importasse.
      

   Isso era bom, mas eu senti que era ruim ao mesmo tempo, talvez ele não tivesse dito nada pra não me magoar, ou por que ele não dava a mínima? Por que estou pensando nisso? Só transei com ele uma vez, e foi por um motivo, por mais que eu estivesse totalmente apaixonada por ele desde o dia em que comecei a trabalhar naquela empresa, e sobre o casamento? Já estava dando errado, só aproveitei a chance. Se ele tivesse filhos e um relacionamento saudável, eu claramente não estaria me sentindo assim sobre ele, por mais que meu coração quisesse.

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!! 𝑫𝑶𝑵𝑨 𝑴𝑶𝑹𝑻𝑬 - (🔞)Onde histórias criam vida. Descubra agora