cap. 29

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No dia seguinte, o sol mal havia começado a brilhar quando Ellie acordou com o som suave das ondas batendo na praia e o aroma reconfortante de café fresco que vinha da cozinha. Ela se espreguiçou preguiçosamente, sentindo o calor da cama, e logo percebeu que Paul já estava de pé.

Ao descer as escadas, encontrou Paul na cozinha, terminando de preparar o café da manhã. Ele sorriu ao vê-la, colocando uma xícara de café diante dela.

— Bom dia, Sra. Lahote — disse ele, com um sorriso brincalhão nos lábios.

Ellie corou, ainda se acostumando a ouvir o sobrenome dele junto ao seu. — Você está adorando me chamar assim, não é?

Paul deu uma risadinha, se inclinando para beijar o topo da cabeça dela. — Sim. E também adoro o jeito que você fica boba toda vez que eu digo.

Ellie sorriu timidamente, sentindo um calor reconfortante no peito. Eles se sentaram juntos à mesa para o café.

— Paul... Por que você decidiu casar de última hora? — sua voz estava suave, mas havia uma curiosidade genuína ali.

Paul respirou fundo, olhando para Ellie com um olhar sério, mas carinhoso. — Com tudo o que está acontecendo, não sabemos o que o futuro nos reserva, Ellie. Eu queria garantir que, independentemente do que aconteça, a gente pudesse ter o nosso momento. O momento mais importante das nossas vidas, antes que algo pudesse nos impedir.

As palavras de Paul fizeram Ellie sentir um arrepio na espinha. Havia tanto em jogo, tanto desconhecido... mas ao mesmo tempo, a certeza do amor entre eles era o que a mantinha firme. Ela alcançou a mão de Paul sobre a mesa, apertando-a suavemente.

— Eu também estou feliz por termos feito isso — disse Ellie, sua voz um pouco trêmula.

Paul sorriu de forma reconfortante. — Ei, não precisa ficar assustada. Estamos juntos nisso, lembra?

Depois do café, o casal se preparou para encontrar Sam e os outros na oficina de Jacob. Enquanto caminhavam pela trilha que levava à oficina, Paul não pôde deixar de brincar novamente.

— Sabe, Ellie Lahote, acho que você fica bem com o meu sobrenome.

Ellie riu e deu um leve empurrão em Paul. — Você realmente não cansa de repetir isso, não é?

Antes que Paul pudesse responder, eles avistaram Sam, que os esperava do lado de fora da oficina. Ele sorriu ao vê-los chegando.

— Não importa quantas vezes você tente, Paul, ela sempre será uma Uley — brincou Sam, com um olhar afetuoso para a irmã.

Paul riu, mas respondeu de volta com um sorriso travesso. — Lahote ainda é mais forte que Uley.

Sam revirou os olhos de maneira exagerada, mas havia um sorriso divertido em seu rosto. — Vamos ver quanto tempo dura essa brincadeira, Paul.

Os três, ainda sorrindo com a brincadeira, entraram na oficina onde os outros já os aguardavam. O vampiro, acorrentado com correntes enfeitiçadas em uma cadeira no centro da sala, parecia mais sombrio e provocador do que nunca.

Dessa vez, o interrogatório foi conduzido de forma mais agressiva. Paul, Sam e os outros não tinham mais paciência para os jogos mentais do vampiro. As perguntas eram rápidas e incisivas, e quando ele hesitava em responder, um empurrão ou um olhar ameaçador o forçava a falar.

— Você vai nos dizer tudo o que sabe, agora — disse Sam, seu tom implacável. — Sem mais rodeios, sem mais mentiras.

O vampiro soltou uma risada seca, mas havia um lampejo de medo em seus olhos. Ele sabia que o tempo para provocações havia acabado.

Corações Sob a Lua - Paul Lahote Onde histórias criam vida. Descubra agora