Humanidade

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Ford estava mais uma vez perdido em seus pensamentos, mergulhado nos livros e anotações que preenchiam sua cabana. A noite estava quieta, mas aquela quietude não era um alívio, era a calma antes da tempestade.

— Então, Fordsy. — Uma voz familiar soou de repente, mas desta vez, havia algo diferente nela. Ford virou-se rapidamente, e a visão que encontrou fez seu coração pular uma batida.

Bill Cipher estava ali, mas não na forma triangular e distorcida que ele conhecia tão bem. Em vez disso, um homem alto e de aparência impecável estava parado no meio da sala. Cabelos loiros, olhos amarelos penetrantes, um sorriso afiado e arrogante. Ele usava um terno preto elegante, com uma gravata amarela brilhante, uma representação quase cômica de sua forma original.

— Surpreso, Fordsy? — Bill falou, sua voz suave, mas carregada de malícia. — Decidi que era hora de experimentar algo novo. Que tal? Gosto do que vejo no espelho.

Ford sentiu seu estômago revirar. Não era que Bill não fosse atraente, essa nova forma humana parecia projetada para ser irresistível. Mas Ford sabia melhor. Ele sabia o que estava por trás daquela aparência encantadora, e isso o enchia de repulsa.

— Isso não vai funcionar, Bill. — Ford respondeu, com um tom firme, recusando-se a deixar a confusão interna transparecer. — Você pode mudar sua aparência o quanto quiser, mas eu sei o que você realmente é.

Bill deu um passo mais perto, seu sorriso se alargando, mas havia algo nos seus olhos, um brilho que mostrava que ele estava se divertindo com aquilo.

— Ah, Fordsy, sempre tão difícil de agradar. Mas você tem que admitir... Essa forma é um glow up, não é?

Ford manteve a expressão séria, mesmo quando Bill se aproximou mais, quase invadindo seu espaço pessoal.

— Isso é só mais um dos seus truques. Não importa o que você faça, eu nunca vou... Me sentir atraído por você.

Bill riu suavemente, e a proximidade entre os dois aumentou, ao ponto de Stanford poder sentir a energia estranha que emanava de Bill.

— Não é sobre você sentir atração, Fordsy. É sobre você não conseguir me ignorar.

Ford engoliu em seco, tentando não se abalar, mas era difícil, essa nova forma de Bill era inquietantemente convincente. Ele odiava admitir que, em um nível superficial, qualquer outra pessoa poderia achar Bill atraente. Mas ele se recusava a cair nessa armadilha.

— Você pode vestir qualquer máscara que quiser, Bill. — Stanford disse, afastando-se levemente. — Mas ainda vejo o monstro por trás dela. Isso não vai mudar.

Bill observou Stanford com uma expressão que misturava frustração e uma espécie de afeto torto.

— Sempre tão teimoso. — Ele murmurou, os olhos amarelos fixos em Stanford. — Mas é isso que eu gosto em você. Você nunca facilita as coisas para mim.

Ford desviou o olhar, tentando ignorar o incômodo que essa proximidade causava. Ele sabia que Bill estava tentando desestabilizá-lo, forçando-o a reagir de alguma maneira, qualquer que fosse. Mas ele se recusava a dar a Bill essa satisfação.

— Por que você faz isso, Bill? — Ford perguntou, tentando manter o controle da situação. — Por que se incomoda em mudar de forma, em tentar parecer humano? O que você realmente quer de mim?

Bill deu um sorriso triste, que parecia quase sincero, mas Stanford sabia que confiar nele não era uma opção.

— Talvez eu esteja cansado de ser apenas uma sombra. — Bill respondeu, com uma voz carregada de algo que parecia ser arrependimento. — Talvez eu queira... Algo mais. Algo que só você pode me dar. — Sorriu malicioso, sabendo que Stanford havia entendido o que ele estava insinuando.

Ford sentiu um nó na garganta. Ele não sabia se era verdade ou mais uma das manipulações de Bill, mas a ideia de que o demônio poderia ter algum tipo de sentimento ou atração o perturbava profundamente.

— Eu não tenho nada para te dar. — Ford respondeu, frio. — Você escolheu ser o que é, Bill. E eu nunca vou te ver como nada além disso.

Bill olhou para Ford por um longo momento, sua expressão indecifrável. Então, ele deu um passo para trás, a máscara de confiança e charme começando a rachar.

— Talvez você esteja certo, Fordsy. — Ele disse, sua voz quase um sussurro. — Talvez eu nunca possa ser algo além de um monstro para você.

Ford não respondeu, apenas observou enquanto Bill dava um último sorriso, um sorriso cheio de provocação, mas com um traço de dor que ele não conseguiu esconder.

— Mas isso não significa que eu vou parar de tentar. — Bill murmurou, antes de desaparecer, deixando Ford sozinho mais uma vez.

Stanford soltou um suspiro, sentindo a tensão finalmente começar a se dissipar. Ele sabia que aquilo não tinha terminado, Bill voltaria, tentando outra coisa, usando outra tática. Mas, por agora, ele só queria esquecer o olhar nos olhos de Bill, um olhar que, por um breve momento, quase o fez acreditar que havia algo humano por trás da monstruosidade.

(...)

oii👋👋❣️

imaginem o bill humano como quiserem, eu só descrevi algumas características da comic que eu vi dele, tem muitas no Pinterest
estão gostando????😥 digam e votem pra eu saber por favorr
tchau lindinhoss👋👋💋

One Last Kiss - Billford Onde histórias criam vida. Descubra agora